Governador disse que os metroviários não estão cumprindo a determinação do Tribunal Regional do Trabalho
A paralisação do Metrô nesta terça-feira, dia 17, foi considerada descabida pelo governador Geraldo Alckmin. Ele disse em entrevista coletiva, no município de Jaguariúna, que o processo jurídico ainda não foi concluído, pois o Governo do Estado entrou com um recurso no Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Alckmin também destacou que os funcionários não estão cumprindo a determinação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de que 80% dos trens deveriam circular e que a capacidade teria de estar em 100% no horário de pico. “Isso não foi feito”, observou.
De acordo com o governador, a população não pode ficar refém de um sindicato ou de uma categoria. “O Governo é firme na sua posição. Vamos ter o exato cumprimento da Lei e a multa será de R$ 200 mil por dia, pois estão descumprindo a decisão judicial”, alertou.
Os gastos do Metrô com a folha de pagamento chegarão a mais de 82% da receita, se for dado o aumento pretendido de 18,13%. “Isso não é possível, pois é preciso manter a segurança, os sistemas, energia elétrica, manutenção e aquisição de equipamentos”, citou Alckmin. Ele lembrou que os salários pagos pela empresa não são baixos – a média é de R$ 2.200 – e há 90 cláusulas no contrato que garantem benefícios indiretos aos funcionários. “A proposta do Metrô (16%) não é pequena e não vamos permitir que a população fique refém”, reafirmou.
Rogério Vaquero