Alckmin assina liberação de verba para incentivo ao cinema paulista

Após cerimônia, governador seguiu a pé com os cineastas até a Secretaria da Juventude, para inauguração de Infocentro

qua, 14/01/2004 - 19h22 | Do Portal do Governo

Os 21 cineastas premiados pelo Programa Extraordinário de Fomento ao Cinema Paulista estiveram no Edifício Cidade, no Centro da Capital, para a assinatura, pelo governador Geraldo Alckmin, da liberação dos recursos. Ao todo, serão repassados R$ 5,78 milhões para a produção, finalização e comercialização de filmes paulistas. A medida tem como objetivo incrementar a indústria cinematográfica para aumentar a geração de empregos.

Os recursos foram repassados por empresas estatais (Nossa Caixa, Sabesp e empresas do setor Elétrico) e pelo Banco Santander Banespa, por meio da Lei do Audiovisual.

A escolha dos filmes que receberiam a verba foi feita por um júri formado por pessoas da área da cultura e do cinema. “Mesmo quem não foi contemplado elogiou o aspecto democrático. Não houve questão político-partidária, apenas critérios técnicos de especialistas”, afirmou o governador.

“Estou completando 40 anos de um personagem e, pela primeira vez, estou recebendo um prêmio para terminar uma trilogia”, afirmou José Mojica Marins, o Zé do Caixão. O governador observou que o cineasta é um dos mais antigos do País e já realizou 155 filmes.

Alckmin também destacou o crescimento do cinema nacional. Ele lembrou que, há um ano, cerca de 90 milhões de pessoas freqüentaram as salas de cinema, sendo que 7% desse público assistiu a filmes nacionais. Em 2003, o número de freqüentadores apresentou crescimento de 10%, subindo para cerca de 100 milhões de pessoas, enquanto o cinema nacional teve aumento de público, atingindo 25% dos freqüentadores das salas.

Loteria da Cultura

O governador anunciou também que, na próxima segunda-feira, dia 18, a secretária da Cultura, Cláudia Costin, assinará um contrato com a Caixa Econômica Federal para que as lotéricas voltem a vender os bilhetes da Loteria da Cultura.

De acordo com Costin, a Caixa Econômica voltará a comercializar a ‘raspadinha’ criada para fomentar a produção cultural paulista imediatamente após a assinatura do contrato.

A Loteria da Cultura também é vendida nas portas de cinemas, teatros e eventos culturais.

Revitalização do Centro

Após a cerimônia de liberação de recursos, o governador, acompanhado dos cineastas, seguiu a pé até a Secretaria da Juventude, Esportes e Lazer, para a inauguração do Infocentro Espaço da Juventude.

“Eu gosto muito do Centro da cidade. Quem não gosta? O Centro é encantador, tem história, tem gente”, afirmou Alckmin. Ele lembrou que o Governo paulista está trabalhando pela revitalização da região. No ano passado, o Estado adquiriu um conjunto de sete prédios para abrigar três secretarias (da Habitação, do Emprego e dos Transportes Metropolitanos) e seis estatais (Metrô, CDHU, CPTM, Emplasa, DAEE e Companhia do Serviço Público de Energia).

“Não se recupera o Centro se não trouxer as pessoas de volta para a região. E estamos trazendo cerca de 2,5 mil funcionários para cá. Eles vão trabalhar, se alimentar, fazer compras, andar no Centro da Cidade, revitalizando a economia e a região”, destacou.

Além do aspecto da revitalização, a mudança também significou economia aos cofres paulistas. O Governo gastava cerca de R$ 1,1 milhão por mês com aluguéis dos prédios que abrigavam as três Secretarias e seis empresas, em áreas nobres da Capital. Atualmente, o Estado paga R$ 300 mil por mês pelos sete prédios, que estão sendo comprados, portanto, incorporados ao patrimônio.

“Ainda temos alguns órgãos pagando aluguel. A idéia é zerar, transferir todas as secretarias que estão em prédios alugados para a região central da Capital, que ainda tem muitos prédios fechados”, afirmou o governador. A Secretaria da Assistência e Desenvolvimento Social foi apontada por Alckmin como uma das principais candidatas a mudança de sede.

O governador informou também que está sendo constituído um grupo de trabalho para iniciar as obras de recuperação do Palácio dos Campos Elíseos, que atualmente abriga a Secretaria de Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo. “O Palácio dos Campos Elíseos era sede do Governo de São Paulo, antes de ser o Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi. É uma construção muito antiga e ficou muito deteriorada, inclusive com ação de cupins”, explicou. O prédio será recuperado, com recursos da Lei Rouanet.

Após a revitalização do Palácio dos Campos Elíseos, o Estado estuda a possibilidade de dar outra finalidade ao prédio, transferindo a Secretaria para outro local.

Cíntia Cury