Alckmin assina contratos para início da Linha 4 do Metrô

Obra terá 11 estações, 12,8 km de extensão que irão interligar as linhas da CPTM e demais linhas do metrô

qua, 01/10/2003 - 18h48 | Do Portal do Governo


‘Esta é a mais importante linha do metrô de São Paulo, com 12,8 km de extensão, que vai transportar mais de 900 mil passageiros por dia, interligando várias linhas e cruzando praticamente toda a cidade’, afirmou o governador Geraldo Alckmin, ao assinar os contratos para o início das obras da Linha 4 – Amarela do metrô, nesta quarta-feira, no Palácio dos Bandeirantes.

A obra, considerada pelo Governo do Estado como prioritária na solução do transporte de massa, terá 11 estações entre o pátio de Vila Sônia, na Zona Oeste e a Estação da Luz, no Centro. Vai integrar todas as linhas do Metropolitano paulista: com as linhas 1-Azul, na Estação Luz; com a 3-Vermelha, na Estação República; e com a 2-Verde, na Estação Paulista. Além disso, fará conexão com a Linha C da CPTM, na Estação Pinheiros, que está interligada com a Linha 5-Lilás na Estação Santo Amaro.

Os investimentos previstos são de R$ 3,1 bilhões, sendo 1,9 bilhão na primeira fase e R$ 1,2 bilhão na segunda etapa, com recursos do Tesouro do Estado, Bird (Banco Mundial), Japan Bank for International Cooperation (JBIC) e também da iniciativa privada. ‘Num momento de retração da atividade econômica, com crescimento de menos de 1% do PIB, essa é uma decisão que significa mais o emprego e renda’ destacou Alckmin. Calcula-se que cerca de 30 mil novos postos de trabalho serão criados na construção civil, fabricação de equipamentos, montagens e serviços.

Os consórcios responsáveis pela construção da linha, são: Via Amarela, formado pela CBPO, OAS, Queiróz Galvão e Alstom; e Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e Siemens. O primeiro vai construir os 12,8 quilômetros de vias e estações; e o segundo executará as obras do pátio de manutenção de Vila Sônia. ‘Fico feliz quando vejo a engenharia e a tecnologia brasileiras na ponta deste trabalho’, comentou o governador.

A primeira etapa da obra inclui a construção dos 12,8 quilômetros de vias entre o pátio de Vila Sônia e a estação Luz. Nesta etapa, estão previstas a construção e operação de cinco estações (Butantã, Pinheiros, Paulista, República e Luz). A demanda prevista para este trecho é de 962 mil passageiros/dia e deve ser concluído até meados de 2007.

Para a segunda etapa, está prevista a operação de outras cinco estações (Morumbi, Faria Lima, Fradique Coutinho, Oscar Freire e Higienópolis). O prazo de conclusão desta etapa é de 36 meses, após o início das obras.

A expectativa, com a operação da nova linha, é que os paulistanos tenham ganhos significativos na qualidade de vida, com um sistema de transporte de alta capacidade rápido, seguro, eficiente e não poluente. A operação da Linha 4 irá desafogar o trânsito de corredores tradicionalmente carregados como os das avenidas Francisco Morato, Rebouças, Ipiranga e Rio Branco, da Rua da Consolação e da Rodovia Raposo Tavares.

Para Alckmin, os habitantes da Região Metropolitana de São Paulo terão ganhos significativos na qualidade de vida, com um sistema de transporte de alta capacidade rápido, seguro, eficiente e não poluente. ‘Na questão dos transportes está envolvida a qualidade da saúde, da segurança, do emprego numa cidade que hoje é a mais motorizada do mundo, com 5,2 milhões de veículos, suplantando Tóquio e Nova York’, afirmou.

Linha 2-Verde – Paralelamente à Linha 4, o Metrô agiliza a retomada das obras do prolongamento da Linha 2-Verde, que deverá ser estendida até o Sacomã. A primeira etapa de 2,6 quilômetros, incluindo as estações Chácara Klabin e Imigrantes, deverá estar concluída em 2006.

A previsão é de que, com a entrada em operação dessas duas estações, a demanda da Linha 2-Verde, que hoje atende de Ana Rosa à Vila Madalena, seja elevada de 300 mil para 372 mil passageiros/dia. Estima-se que em 2008, com a chegada dos trens na Estação Sacomã, a Linha 2-Verde atinja 528 mil passageiros/dia.

Com essas obras, o Metropolitano paulista, principal meio de transporte da cidade, ganha um substancial aumento na sua rede. Serão mais 17,9 quilômetros de linhas e 14 novas estações, que facilitarão os deslocamentos das pessoas na terceira maior metrópole do planeta.