Alckmin apresenta emendas para ampliar programas de Segurança, Saúde e Transporte

Emenda pede também recursos para ações de combate às enchentes

qui, 07/11/2002 - 21h05 | Do Portal do Governo

O governador Geraldo Alckmin esteve nesta quinta-feira, dia 7, em Brasília, para apresentar quatro emendas à bancada paulista da Câmara Federal. O objetivo das emendas é conseguir recursos para ampliação do sistema penitenciário, execução de obras do programa de combate às enchentes, compra de equipamentos para hospitais e obras de expansão do metrô.

Para a área da Segurança, prioridade número 1 de seu governo, Alckmin disse serem necessários R$ 80 milhões. ‘Precisamos de mais unidades prisionais no Estado de São Paulo. Já passamos de 109 mil presos no Estado, 43% da população carcerária do Brasil, inclusive com as penitenciárias de segurança máxima mais modernas do País’, disse. Ele lembrou que a proposta abrange a construção de 4 centros de detenção provisória, 4 alas de progressão penitenciária, 5 centros de ressocialização e 4 penitenciárias compactas.

Alckmin solicitou outros R$ 100 milhões para a execução de programas de combate às enchentes. ‘Esses recursos são para saneamento básico que teremos por meio da construção de piscinões e recuperação dos assoreamentos de rios no alto Tietê, na Região Metropolitana de São Paulo’, afirmou. Ele também falou sobre a terceira prioridade do Governo paulista, na área da Saúde. ‘Nós construímos vários hospitais para atender o SUS e precisamos de equipamento nesses hospitais’.

A quarta emenda apresentada, é relativa à utilização de parte do imposto de Contribuição de Intervenção de Domínio Econômico (Cide) arrecadado por meio da venda de combustíveis e que, atualmente, é destinado a obras rodoviárias. ‘É um valor expressivo, relevante e não pode ser só rodoviarista. Temos que prever o transporte de massa de alta capacidade e de qualidade, como é o metrô, o trem, corredor de ônibus, corredor de trolébus’, disse Alckmin, destacando a importância desses transportes para a população. ‘Para se ter uma idéia, só o metrô e o trem em São Paulo transportam 4,2 milhões de passageiros por dia. O serviço precisa ser ampliado. Só temos 59 quilômetros de metrô’.

Ao reafirmar a necessidade da bancada conseguir os recursos, Alckmin destacou o grande bolsão de pobreza na periferia paulista .’A Região Metropolitana de São Paulo é a segunda maior do mundo, tem quase 18 milhões de pessoas e com problemas muito graves como favelas, enchente, segurança, e atendimento à saúde’.

O governador lembrou ainda que apesar de São Paulo ter o Produto Interno Bruto (PIB) muito alto tem também uma miséria muito grande. ‘Além disso, grande parte dos recursos que o Governo Federal arrecada são obtidos no Estado de São Paulo, responsável por mais de 40% dos recursos do País. Acho que seria importante conseguirmos os recursos até por que, no caso de São Paulo, as universidades são todas mantidas pelo Estado: USP, Unesp e Unicamp. Os hospitais são todos mantidos pelo Estado. As rodovias são mantidas pelo Estado, diferentemente dos demais estados brasileiros.

Logo que chegou à Brasília, o governador Geraldo Alckmin esteve com o presidente do Senado Federal, Ramez Tebet, para cumprimentá-lo por sua reeleição, e encontrou com os líderes do PFL. ‘Foi mais uma visita de cortesia, um encontro até para cumprimentá-los, porque em São Paulo a nossa coligação foi PSDB e PFL e foi muito bem sucedida. O Cláudio Lembo foi eleito vice-governador na nossa chapa e o senador Romeu Tuma foi reeleito.

Alckmin participou de almoço na residência do presidente da Câmara Federal, deputado Aécio Neves, que contou com a presença do presidente Fernando Henrique Cardoso e dos governadores atuais e eleitos do PSDB.

Ercília Della Méa