Alckmin abre 35º Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão

E como de costume, a abertura foi realizada no auditório Cláudio Santoro, com apresentação da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), sob a regência de Roberto Minczuk. A Orquestra fez dois bis a pedido do público. A cerimônia contou com a presença do governador Geraldo Alckmin.

O festival recebeu investimento de aproximadamente R$ 3 milhões, sendo R$ 1 milhão do Governo do Estado e o restante da iniciativa privada. O festival reunirá alguns dos maiores nomes da música clássica brasileira e estrangeira, como o Quinteto de Metais da Filarmônica de Nova York, entre outros. Serão oferecidas 160 bolsas, concorridas por 1.171 inscritos (871 a mais que no ano passado), dos quais 20% vindos de outros países. “Assim o festival desse ano torna-se internacional, pois além dos músicos serem consagrados no exterior, há bolsistas que vieram de diversos países”, explicou Alckmin.

O governador lembrou também que o Festival de Inverno de Campos do Jordão é inteiramente dedicado à música erudita. Segundo ele o evento voltou a ter apenas música erudita, pois há mais oportunidades para a música popular do que exclusivamente para musica erudita ‘Tivemos a apresentação da Orquestra Sinfônica do Estado que tem hoje um padrão internacional, mas não é apenas entretenimento e sim um lazer saudável utilizando a sensibilidade da música erudita para dar oportunidades para os jovens’.

O maestro Roberto Minczuk destacou que o festival conta com grandes músicos, não só da Osesp, mas de todas as orquestras do Brasil, que já passaram por Campos do Jordão. Ele também agradeceu ao governador e a secretária da Cultura Cláudia Costin, pelo apoio que vem sendo dado à música servindo como um exemplo não só para o Brasil, mas pra todo mundo. ‘Essa orquestra, que recebe todo o apoio desse governo, viaja hoje o mundo inteiro sob a direção do maestro John Nescheling, e por onde passa deixa admirada a platéia’.

E completou: Hoje do Brasil não se ouve falar apenas de grande seleção de futebol, mas também de grandes orquestras sinfônicas, grandes cientistas e uma das maiores fábricas de aviões do mundo, que é a Embraer”.

Minczuk ressaltou o quanto importante é a realização de um festival que tem o intuito de descobrir os melhores talentos do País e trazê-los para um lugar onde terão contato com artistas consagrados e grandes mestres da música que ministram os cursos. ‘Isso mostra quanto o festival se tornou importante pois vêem pessoas de vários países estudar aqui e o primeiro lugar, o mais talentoso, vai ganhar uma bolsa do Estado no valor de R$ 48 mil para aperfeiçoar seus estudos no exterior, explicou o governador Alckmin.

O destaque desse ano é o jovem pianista e solista Pablo Rossi, de 15 anos, que revelou seu talento no festival há três anos como bolsista e hoje é considerado virtuosi do piano. “Há três anos não imaginava que em tão pouco tempo estaria abrindo o festival”, disse Pablo.

A secretária Costin lembrou que o próprio maestro Minczuk foi bolsista no Festival de Inverno de Campos e que hoje Pablo também segue esses passos. ‘Esse festival vem formando artistas com esse vigor’.

Este ano, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo está completando seu cinqüentenário. Foi fundada em 1954, por Souza Lima e, de 1972 a 1996, ficou sob a direção do maestro Eleazar de Carvalho. Para atender ao público crescente — que passou da média de 200 para 1.300 pessoas por apresentação, a Orquestra implantou séries de concertos, distribuídas em um sistema de assinaturas que já supera as 7.000 inscrições.

O governador informou que fará um grande junto aos patrocinadores para que a Osesp se apresente nas principais capitais brasileiras, ‘para que todos possam ter a oportunidade de assistir a essa belíssima apresentação’.

Além do auditório Cláudio Santoro, a Osesp se apresentará durante o Festival de Campos no Palácio Boa Vista e gratuitamente na Praça do Capivari e nas Igrejas Santa Teresinha e São Benedito.

Cíntia Cury/Carlos Prado