Agroporto em Cubatão vai ajudar na exportação da micro e pequena empresa

Estado busca parceiros para instalação do Terminal de Comércio Exterior de Produtos Agropecuários de São Paulo - Agroporto

sex, 18/07/2003 - 11h09 | Do Portal do Governo

Detectar as necessidades do micro e pequeno empreendedor para ajudá-lo a aumentar suas exportações. Com esta finalidade, o Governo do Estado está em busca de parceiros para a instalação do Terminal de Comércio Exterior de Produtos Agropecuários de São Paulo – Agroporto, na cidade de Cubatão, na Baixada Santista. O empreendimento será um grande entreposto e servirá como apoio às empresas que precisem armazenar suas mercadorias, fazer a finalização e embalagem, e não conseguem espaço no Porto de Santos, cuja locação é mais cara e está voltada às grandes companhias.

A região escolhida para instalar o Agroporto fica a menos de um quilômetro do Porto de Santos – por onde serão escoados os produtos do agronegócio, dos Arranjos Produtivos Localizados (APL’s), entre outros – o terminal estará localizado próximo à Rodovia Piaçaguera-Guarujá e utilizará o cais da Companhia Siderúrgica Paulista (Cosipa). O projeto abrange uma área de 200 mil metros quadrados, sendo 30 mil para pátios e armazéns, e três mil, para escritórios e instalações de apoio. Os recursos estão orçados em R$ 41,7 milhões e serão financiados pela iniciativa privada.

Ao Governo do Estado caberá fornecer suporte estratégico-político, além de ajudar na infra-estrutura, como a pavimentação de acesso entre a rodovia Piaçaguera-Cubatão até a entrada do Agroporto. A primeira fase da obra, que inclui os 30 mil metros quadrados, deverá ser iniciadas em 2004, e levará seis meses para ser concluído. A segunda fase compreende o armazenamento e a manipulação final do produto.

O terminal terá instalações adequadas para o tratamento e armazenamento de produtos derivados do agronegócio. Também atenderá os empreendedores dos APL´s como os setores calçadistas de Birigui (infantil); Jaú (feminino); Franca (masculino); os produtores de cerâmica de revestimentos em Santa Gertrudes; de cerâmica vermelha em Vargem Grande do Sul; de móveis, em São José do Rio Preto; de bordados, cama/mesa/banho, em Ibitinga e de bijouterias em Limeira, entre outros.

Para o secretário da Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo, João Carlos de Souza Meirelles, a construção do terminal vai ajudar a fortalecer as vendas do agronegócio, que representa 39% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado paulista. Segundo ele, por exemplo, de cada 100 copos de suco consumidos no mundo, 53 são feitos com as laranjas plantadas nos pomares do Estado de São Paulo.

O assessor especial da Secretaria, que cuida deste assunto, Carlos Lessa da Fonseca, disse que o Agroporto será um espaço menos disputado, oferecendo melhor preço ao micro e médio empresário. Entre as vantagens para a instalação do terminal, ele destacou a proximidade com o maior mercado consumidor do País e o fácil acesso rodo-ferroviário – como a nova pista da Rodovia dos Imigrantes.

Fonseca acentuou ainda que além do Agroporto, o Governo vai criar o Centro de Logística de Exportação – também chamado de Poupatempo da Exportação – que funcionará numa área da Secretaria da Agricultura e Abastecimento. O programa visa tirar dúvidas sobre exportação e contará inicialmente, com uma central de informações, via telefone e também internet.

Valéria Cintra