Agronegócios: Normas adotadas para a fruticultura paulista elevam exportação

O objetivo é atender as exigências internacionais e elevar as exportações do setor

ter, 21/01/2003 - 19h06 | Do Portal do Governo

O programa paulista Produção Integrada de Frutas (PIF), implementado em 2001 pela Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento, em parceria com o Ministério da Agricultura, entra em uma nova fase em 2003 com a criação de normas técnicas específicas para cada uma das oitos frutas (banana, caqui, figo, goiaba, lima ácida, manga, maracujá e uva) desenvolvidas no projeto.

As normas, que estão em fase final de elaboração, devem ficar prontas neste primeiro semestre, para atender as exigências internacionais e elevar as exportações do setor.

Sob a responsabilidade da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), órgão ligado à Secretária de Agricultura, e com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o projeto PIF congrega produtores de frutas dos principais pólos do Estado de São Paulo. Entre os pólos, destacam-se a banana do Vale do Ribeira, importante centro produtor da fruta (a cultura representa mais de 70% do valor total da produção agropecuária dessa região); a uva das regiões de Jales, Itapetininga, Sorocaba e Dracena; o maracujá da região de Marília e do Vale do Ribeira; a manga de Jaboticabal, Presidente Prudente e Andradina, entre outros.

Em frutas processadas, São Paulo é líder absoluto nas exportações, com uma participação de US$ 875 milhões ou 94% dos embarques totais de 2001, que totalizaram US$ 935,5 milhões, segundo dados do Instituto de Economia Agrícola (IEA), órgão da Secretaria de Agricultura.

O suco de laranja é o principal produto exportado pelo Estado, com um rendimento de US$ 854 milhões em 2001, 98,4% dos embarques totais do Brasil. Em frutas frescas, São Paulo participa com cerca de 15% dos embarques nacionais (US$ 340 milhões) ou US$ 51 milhões, de acordo com o IEA.

As normas estabelecidas para a produção e comercialização das frutas dentro do projeto PIF ainda servirão de base para outro programa desenvolvido pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento, o projeto Selo de Qualidade ‘Produto de São Paulo’, que certifica produtos que possuam qualidade superior diferenciada, por meio do controle de todo o processo produtivo.
Esse programa, que teve início no segundo semestre do ano passado com a criação do Selo de Qualidade para o café industrializado, também tem como um dos objetivos finais o avanço no mercado internacional. No futuro próximo, os produtores de frutas que cumprirem todas as Normas estabelecidas pelo PIF receberão a autorização para comercializar os produtos com o Selo de Qualidade.

O PIF tem como um das funções orientar e reeducar os produtores de frutas no Estado de São Paulo, interferindo em todas as etapas de produção até atingir a comercialização. O sistema permite identificar a origem e os procedimentos de cultivo, colheita e embalagem dos produtos. Atentos às novas exigências do mercado internacional, os técnicos envolvidos no programa PIF também cuidam das questões relacionadas ao meio ambiente, com o uso correto de agroquímicos, além dos problemas referentes à quantidade de resíduos de agrotóxicos nas frutas.

Cada vez mais o programa PIF recebe adesão de grupos de produtores interessados na melhoria de sua atividade. É o caso da empresa Confru, exportadora de limão, localizada no município de Urupês, região de Catanduva. Formada por um grupo de 14 produtores-exportadores, a Confru resolveu aderir ao programa PIF para se manter competitiva no mercado internacional.

Para fazer parte do programa da CATI basta que o produtor paulista se comprometa a conduzir seus pomares de acordo com as regras estabelecidas nas Normas.

Da Secretaria da Agricultura
C.A