Agronegócios: Instituto de Zootecnia é detaque na geração de energia renovável

O Intituto será premiado com Medalha de Prata pelo resultado do 'Projeto Integrado de Biomassa'

sex, 13/09/2002 - 16h10 | Do Portal do Governo

O Instituto de Zootecnia (IZ), órgão de pesquisa da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (SAA), será premiado com Medalha de Prata pelo resultado do ‘Projeto Integrado de Biomassa (PIB)’, escolhido entre os 10 melhores do triênio 1999-2001.

O PIB, contendo oito subprojetos, tem por objetivo, demonstrar o potencial do capim-elefante (Pennisetum purpureum cv. Guaçu, lançamento do IZ), como alternativa renovável para geração de energia. É vantajoso em relação a energéticos fósseis e competitivo com respeito a outras fontes de biomassa.

A iniciativa da ‘Hopes for the Future’ é organizada pela União Internacional de Prevenção da Poluição do Ar e Associações de Proteção do Meio Ambiente (IUAPPA – The Internacional Union of Air Pollution Prevention and Environmental Protection Associations), localizada em Brighton, na Inglaterra em cooperação com a Academia Internacional de Ciência – Saúde e Ecologia e sob a coordenação do laureado Nobel Presidente Professor Y.T.Lee da Academia Sinica Taipei, que emitirá o respectivo diploma.

As medalhas são entregues a cada três anos aos trabalhos mais significativos, selecionados de documentos fornecidos pelos Congressos Mundiais da IUAPPA’S e Conferências Regionais. De acordo com o diretor do IZ, Gilberto Bufarah, as contribuições são julgadas em função da qualidade científica e originalidade, com base ética e epistemológica, ‘bem como na relevância com relação à saúde pública e meio ambiente sustentado’.

O Instituto de Zootecnia, Unicamp e Embrapa fazem parte desse projeto de pesquisa científica , coordenado pelo IPT. Inicialmente os projetos foram implantados na sede do Instituto de Zootecnia, em Nova Odessa (SP) e na Estação Experimental de Zootecnia de Brotas (SP).

O capim elefante Guaçu-IZ tem uma produtividade média ao ano de 40 a 60 toneladas de massa seca por hectare, já o eucalipto, outra fonte de energia, atinge de 7,5 a 15,0 toneladas de massa seca. O Guaçu revelou-se economicamente competitivo, potencialmente gerador de empregos no campo e nas indústrias fabricantes de equipamentos de colheita e secagem. ‘É considerado um relevante gerador de calor e principalmente um produto ecológico, devido ao seqüestro de carbono da atmosfera’, destaca Bufarah.

Dentro dessa ótica outras pesquisas estão sendo desenvolvidas, no Instituto, em Nova Odessa, através de quatro subprojetos, enfocando freqüências de corte, adubação e fixação biológica de nitrogênio atmosférico. Em novembro de 2001, as Instituições que desenvolvem o PIB também receberam a ‘Menção Honrosa 2001’, de Inovação em Ciência e Tecnologia e o Prêmio ‘Thomas Kuhn – Internacional Academy of Sciences – Hopes for the Future’. A medalha de prata e o diploma serão entregues em São Paulo, em Conferência Mundial, no mês de outubro de 2002, com dia a ser definido.