Agronegócio: Saiba como funcionam os Pólos Regionais de Desenvolvimento Tecnológico

Criado pela Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, o pólo regional propõe mudanças no modelo atual

qui, 21/11/2002 - 16h08 | Do Portal do Governo

Gerar, adaptar e difundir conhecimentos científicos e tecnológicos para as cadeias de produção do agronegócio de uma região específica.

Foi com base neste princípio que nasceu a idéia da implantação dos Pólos Regionais de Desenvolvimento Tecnológico dos Agronegócios, projeto que envolve municípios paulistas para o desenvolvimento regional a partir da realidade de suas cadeias produtivas e das suas potencialidades.

Criado pela Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA), o pólo regional propõe mudanças importantes no modelo atual, sobretudo na pesquisa e na integração de informações ao redor de uma única região e que tem como objetivo final a geração de renda e emprego no campo.

Segundo a nova visão nascida a partir do surgimento dos pólos, não basta gerar conhecimento para o eixo Campinas-Ribeirão Preto, a região de maior desenvolvimento do agronegócio paulista. É preciso reforçar o trabalho nas demais regiões do Estado, de estruturas similares e tão eficientes quanto, diminuindo, assim, as conhecidas e indesejáveis disparidades regionais verificadas em São Paulo.

Cada um dos 15 pólos regionais, previstos para serem criados ainda este ano, receberão o reforço dos seis institutos de pesquisas de renome internacional, pertencentes à APTA e que passam a atuar em conjunto. O Instituto Agronômico (IAC) oferece total apoio aos produtores na parte de solos, clima e lavouras, enquanto o Instituto Biológico (IB) cuida das áreas de análise laboratorial e sanidade animal e vegetal.

As informações de preços, mercado e outras estatísticas do agronegócio ficam a cargo do Instituto de Economia Agrícola (IEA). Já os dados sobre qualidade de alimentos, processamento de produtos agroindustriais e embalagens ficam sob responsabilidade do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL). E ainda os Institutos de Pesca (IP), ligado não só à pesca como à criação de animais aquáticos, e o Instituto de Zootecnica (IZ), que atua na produção animal.

Todos os institutos irão atuar para o desenvolvimento local, ou seja, eles sairão da esfera estadual para se concentrar nos problemas e nas atividades agrícolas dos municípios que envolvem os pólos regionais.

Com escritórios espalhados pelas cidades paulistas, outros órgãos da Secretaria Estadual de Agricultura, como a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) e a Agência de Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo (ADAESP), também são parceiros importantes no projeto.

Na prática, o que se propõe é a fusão de unidades isoladas numa consistente estrutura regional de pesquisa e desenvolvimento. A iniciativa ainda representa uma enorme economia de recursos pela racionalização de estruturas duplicadas.

Funcionando como uma espécie de ‘poupa-tempo’ rural, os pólos possibilitarão acesso rápido às informações e às novas tecnologias, trazendo benefícios principalmente aos pequenos e médios produtores, que passam a contar com todo o suporte necessário para o desenvolvimento de suas atividades e a melhoria de seu negócio. Os pólos estarão interligados com as sedes dos institutos e da Secretaria em sistema ‘on line’, o que ajudará a acelerar a rede de informações.

Cada Pólo Regional de Desenvolvimento Tecnológico dos Agronegócios terá uma área de abrangência específica, que fixa os limites geográficos de sua atuação, em função das realidades de clima, solo, hidrografia, cadeias de produção e perfis socioeconômicos.

Serão 15 pólos, cada qual funcionando como um centro irradiador de ação representado pela unidade central, o município sede, à qual estarão associadas uma gama de estações experimentais.

É importante ressaltar que os pólos estão sendo instalados em fazendas onde a APTA já mantinha uma estação experimental. Portanto, a implantação do projeto não parte do zero, mas sim de uma estrutura e experiência acumuladas por meio dos trabalhos nas estações.

C.A

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