Agronegócio: Plantio de manjericão pode proteger o ambiente aumentar a renda do produtor

Constatação é de uma pesquisa do Instituto Agronômico

seg, 27/05/2002 - 13h50 | Do Portal do Governo

Uma pesquisa realizada pelo Centro de Análise e Pesquisa Tecnológica do Agronegócio de Horticultura, do Instituto Agronômico (IAC-APTA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado (SAA) traz novas perspectivas para a preservação ambiental e o produtor paulista. Os estudos revelam que o manjericão, usado na culinária, produz o linalol, óleo essencial na composição de perfumes, que vem sendo extraído do pau-rosa – árvore da Amazônia que está em extinção.

Essa conquista coloca o Brasil entre os primeiros em um dos maiores congressos de todos os tempos. Na área de Plantas Aromáticas e Medicinais, o trabalho, coordenado pelo agrônomo Nilson Maia, foi um dos quatro escolhidos para ser apresentado durante o XXVI Congresso da Sociedade de Horticultura Científica do Canadá, que acontecerá em agosto.

O trabalho obteve um óleo com as mesmas características dos principais componentes de perfumes. Com uma nova alternativa, será possível aumentar a renda do produtor e livrar o pau-rosa de uma exploração que começou no século XVII, quando a madeira era usada para carpintaria naval e mobiliária.

Para a atividade do produtor, a pesquisa trará uma mudança significativa. Com o cultivo de manjericão, é possível alcançar um rendimento alto em áreas relativamente pequenas. O agricultor que se dedicar à produção de manjericão e tiver sua própria destilaria poderá gerar cerca de dois mil dólares por hectare. Outra vantagem é que da produção da muda à colheita, a planta requer quatro meses, enquanto o cultivo do pau-rosa toma aproximadamente três décadas.

‘O nosso negócio é o agronegócio. Nosso objetivo é criar uma opção agrícola, sustentável ecologicamente, para que o produtor tenha um produto de qualidade e em quantidade, para concorrer com a exploração na Amazônia’, afirma Maia. A idéia é abrir uma opção econômica para eliminar a exploração ou, no mínimo, diminuir o ritmo dessa atividade predatória.

Para obter mais informações acesse o site: www.iac.br