Agronegócio: O Poder do Interior

Responsável por 21% do PIB do País, o agronegócio é uma das forças da economia nacional

qui, 18/12/2003 - 9h23 | Do Portal do Governo

Do Jornal da Unesp
Por Genira Chagas

Responsável por 21% do total do Produto Interno Bruto (PIB), 37% de todos os empregos criados no País e 41% das nossas exportações, o agronegócio é uma das forças da economia nacional. A UNESP, por intermédio de suas unidades, disseminadas pelo Interior do Estado, participa ativamente desse universo, formando profissionais qualificados e desenvolvendo pesquisas de ponta.

O universo do agronegócio representa, hoje, aproximadamente, 21% do total do Produto Interno Bruto (PIB), sendo responsável por 37% dos empregos criados no País e por 41% das nossas exportações. Para administrar números dessa magnitude, há uma demanda crescente por profissionais de alto nível que aprimorem, principalmente, a gestão e o planejamento dos sistemas de produção.

Capaz de gerar emprego e renda para um vasto leque de profissionais – do pequeno agricultor ao cientista com pesquisas de alcance internacional –, abarca a soma total das operações de produção e distribuição de insumos e novas tecnologias agrícolas, incluindo a produção propriamente dita, o armazenamento, o transporte, o processamento e a distribuição dos produtos agrícolas e de seus derivados.

O agronegócio brasileiro, que contabiliza a produção da agricultura e da pecuária, e inclui também os resultados das indústrias de insumos e de processamento de produtos de origem animal e vegetal, além da distribuição, tem sido motivo de constantes notícias positivas na mídia, que ressaltam o seu potencial de geração de emprego e de renda. Basta lembrar que, sucessivamente, o País vem batendo recordes na produção de grãos.

Segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram produzidos 122,2 milhões de toneladas, 25,7% a mais em relação à safra passada. “É um crescimento fantástico”, comemora o ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, docente licenciado do Departamento de Economia Rural da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV), da UNESP, campus de Jaboticabal.

Tal crescimento não é obra do acaso. Ele está em boa parte atrelado à expansão da ciência e da tecnologia nas universidades, nos anos 1990, e a sua divulgação para os produtores. “Com o apoio fundamental da pesquisa, nossos agricultores estão colocando o Brasil no Primeiro Mundo, com agricultura e pecuária altamente competitivas”, enfatiza Rodrigues.

As universidades públicas paulistas, principalmente a UNESP, com 31 de suas 33 unidades no Interior do Estado de São Paulo, têm um importante papel no desenvolvimento de pesquisas para o agronegócio nacional. Até 2002, a instituição já contava com três cursos de Medicina Veterinária (Araçatuba, Botucatu e Jaboticabal) e dois de Agronomia, em Botucatu e Ilha Solteira, cidades que também abrigam cursos de Zootecnia.

A partir de agosto de 2003, com seu plano de expansão, apoiado pelo Governo do Estado de São Paulo e o Legislativo paulista, dentro dos princípios estabelecidos pelo Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp), foram criadas, no Interior de São Paulo, com seu imenso potencial para o agronegócio, sete novas unidades, além de novos cursos em faculdades já existentes.

“Como um dos critérios foi a criação de cursos superiores voltados para as vocações regionais, estabelecemos cursos de Zootecnia em Dracena; Agronomia, em Registro; e cursos voltados para a relação entre a Administração de Empresas e Agronegócios, em Jaboticabal e Tupã”, afirma o reitor da UNESP, José Carlos Souza Trindade.

Para o agrônomo Elias José Simon, diretor executivo da Unidade Diferenciada (UD) da UNESP em Tupã, a importância da inserção de universidades públicas de qualidade em regiões com potencial de crescimento econômico pode ser observada no incremento do desenvolvimento social e cultural do Interior do Estado. “Quando o setor primário vai bem, ele movimenta toda a cadeia produtiva”, esclarece.

O curso de Administração de Empresas e Agronegócios de Tupã foi criado justamente para formar profissionais que tenham a consciência de que, como já ocorre nos países mais desenvolvidos, o importante não é apenas produzir. “Há que fazê-lo da forma mais eficiente possível, com tecnologias adequadas, custos baixos e com a qualidade exigida pelo mercado”, avalia Simon.

A íntegra desta matéria encontra-se no site www.unesp.br

V.C.