Num país como o Brasil, de dimensão continental, muitas vezes os pontos de produção dos alimentos ficam muito longe dos pontos de consumo, exigindo um cuidado especial na conservação, tanto ao natural como na forma processada.
O processo de urbanização crescente aliado à falta de tempo para preparar as refeições em casa, tem exigido criatividade por parte da indústria na produção de alimentos processados de boa qualidade, de bom valor nutritivo e de fácil preparação para o consumo. Esta tarefa exige pesquisas e preparação de pessoal para um domínio dos mecanismos de deterioração dos alimentos, possibilitando com isso um maior controle das reações e um prolongamento da vida-de-prateleira dos alimentos.
A maioria dos alimentos, por serem de origem vegetal ou animal, estão sujeitos a diferentes processos de deterioração, sendo os mais emergentes aqueles de origem microbiana que recebem o máximo de atenção. Mesmo com a prevenção adequada a esse tipo de deterioração, o alimento está sujeito, durante o seu ciclo de vida útil, a uma série de outras reações, cuja velocidade varia em função de fatores como temperatura, umidade, acidez, teor de oxigênio, embalagem, entre outros.
Para esclarecer fatores como estes, o Instituto de Tecnologia de Alimentos – ITAL -, órgão da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Governo do Estado, vai promover um curso que tem como objetivo mostrar o controle das reações de deterioração dos alimentos, estimar a vida-de-prateleira de alimentos processados, falar da importância da embalagem e discutir técnicas que visem a aceleração dos testes de vida-de-prateleira, o que proporciona resposta com prazos mais curtos e custos geralmente menores.
Destinado a profissionais ligados a pesquisa, ensino, indústria e fiscalização de alimentos, o curso ‘Conservação de Alimentos e Vida-de-Prateleira’ será realizado nos dias 5 e 6 de junho, no prédio central do ITAL, na Av. Brasil, 2880, Jardim Brasil, em Campinas. Os interessados devem entrar em contato pelo telefone (0 xx 19) 3743-1758.
