Agronegócio: Instituto de Pesca promove curso sobre criação de rãs

Mercado interno e externo apresentam-se promissores, já que a procura pela carne de rã é superior à oferta

qua, 04/06/2003 - 11h41 | Do Portal do Governo

Será de 5 a 7 de junho, com aulas teóricas na Capital e práticas em Pindamonhangaba

De 5 a 7 de junho, o Instituto de Pesca, vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento, realiza o curso “Introdução à Ranicultura”. O objetivo é repassar a tecnologia desenvolvida por essa instituição na criação de rãs-touro, bem como oferecer treinamento a produtores rurais, zootecnistas e outros interessados na área de ciências agrárias. Há 50 vagas à disposição e a inscrição custa R$ 120.

Com 14 horas de duração, o curso aborda: histórico da ranicultura nacional; condições necessárias para a montagem de um ranário; biologia da espécie comercial (hábitos e ciclo de vida); climatização e produção mensal em ranários comerciais; manejo profilático e sanidade; instalações, manejo físico e alimentar em ranários comerciais; produção do mercado nacional e internacional e comercialização; manipulação e triagem; transporte e anestesia (pré-abate); criação de mosca doméstica e cochos vibratórios; e visita à Cooperativa dos Ranicultores do Vale do Paraíba, Tremembé (SP). As aulas teóricas ocorrem no auditório do Instituto de Pesca, Av. Francisco Matarazzo, 455, bairro da Água Branca, na Capital. As aulas práticas, no Pólo Apta Regional de Desenvolvimento Tecnológico dos Agronegócios do Vale do Paraíba, em Pindamonhangaba.

A rã-touro é uma espécie adaptada às condições geoclimáticas brasileiras, é um animal de fácil reprodução e apresenta baixa taxa de mortalidade durante a fase embrionária. Segundo a pesquisadora Cláudia Maris Ferreira, coordenadora do curso, “o consumo desse tipo de rã deve-se ao excelente sabor e às qualidades nutricionais de sua carne, que apresenta elevado teor de proteínas, e boa digestibilidade”. Além disso, é um alimento rico em aminoácidos e ácidos graxos, essenciais para o ser humano, contendo baixos teores de gordura e calorias.

Além dessas vantagens, Cláudia Maris explica que os mercados interno e externo apresentam-se promissores, já que a procura pela carne de rã é superior à oferta. Como subproduto, o couro da rã pode ser aproveitado para a fabricação de calçados, bijuterias, roupas etc. Para a pesquisadora, o local destinado à instalação de um ranário deve, preferencialmente, estar próximo de um centro consumidor, possuir energia elétrica, ter uma topografia levemente inclinada e água abundante e de boa qualidade.

Outras informações podem ser obtidas pelo e-mail: cmferreira@sp.gov.br ou pelo telefone: (11) 3871-7548.

(LRK)