Agrishow 2003: Instituto Agronômico expõe a variedade de feijão IAC-Carioca Tybatã

Vantagem para o agricultor é a alta produtividade e resistência às doenças mais freqüentes nessa cultura

sáb, 03/05/2003 - 12h22 | Do Portal do Governo

Da Assessoria de Imprensa do Instituto Agronômico


Pioneiro no Brasil nos programas de melhoramento genético de feijão, o Instituto Agronômico (IAC) traz para a Agrishow 2003, em Ribeirão Preto, a última variedade de feijão desenvolvida, lançada em 2002 — é o IAC-Carioca Tybatã. Recomendada para o plantio nas três épocas de cultivo em todo o Estado de São Paulo e com características de alta produtividade e resistência, a variedade é benéfica para o mercado e também para o ambiente. O IAC-Carioca Tybatã apresenta maior resistência a patógenos, alta capacidade produtiva, boa arquitetura de planta – que facilita a mecanização da colheita —, e bom teor protéico.

Para o produtor, a nova variedade permitirá a redução no custo de produção por ser resistente a vários patógenos, como o mosaico dourado, a ferrugem e a mosca branca. Com isso, reduz-se aplicação de agrotóxicos, o que beneficia também o ambiente e a saúde dos trabalhadores, livrando-os de intoxicação. A queda do custo de produção deverá representar mais reais por hectare e menor preço para o consumidor.

Segundo um dos pesquisadores responsáveis, Antonio Sidney Pompeu, do Centro de Análise e Pesquisa Tecnológica do Agronegócio de Grãos e Fibras do IAC, o objetivo principal da pesquisa, iniciada em 1989, foi produzir um material resistente ao mosaico dourado e com isso aumentar a produção e sua estabilidade. A produtividade média do IAC-Carioca Tybatã também é um de seus destaques. Considerando-se as três épocas de plantio no período 1997-98, em 32 ensaios, a produtividade foi de 2.404 kg/ha, comparada a 2.169 kg/ha do controle IAC-Carioca.

Na década de 1970, no Paraná, não se cultivava feijão em razão dessa doença — que infecta toda a planta, reduz sua produção e até hoje prejudica essa cultura naquele Estado.

Fartura

Seguindo a tradição que os pesquisadores têm de dar nomes Tupi Guarani às novas variedades, Tybatã significa fartura. A expectativa dos pesquisadores é que com a redução do custo de produção para o agricultor, o preço para o consumidor também sofra queda e, com isso, permita maior consumo da principal fonte de proteína vegetal na alimentação do brasileiro. Na década de 60, o consumo de feijão era de 30 quilos por pessoa ao ano. Hoje, esse número está em 15 quilos.

Pesquisa

Parte integrante do Programa de Melhoramento Genético do Feijoeiro do IAC, a pesquisa do IAC-Carioca Tybatã teve início em 1989. O trabalho foi feito com cruzamentos, então aplicados em Votuporanga, no plantio da seca, situação em que há alta incidência do mosaico dourado e da mosca branca. Foram feitas seleções, avaliações e ensaios nas regiões produtoras do Estado. Em 1998, foi encerrada a parte experimental. Os pesquisadores iniciaram então a fase descritiva do feijão, para levantamento de informações necessárias para registrar o cultivar. Naquele período, iniciou-se também a produção de sementes, com a plantação de 40 toneladas.

(LRK)