Agrishow 2003: IAC leva novidades para Feira de Tecnologia Agrícola em Ribeirão Preto

Tipo especial de arroz, utilizado na culinária japonesa, é um dos destaques

seg, 28/04/2003 - 10h30 | Do Portal do Governo

Carla Gomes, da Assessoria de Imprensa do IAC


Os visitantes da Agrishow 2003 terão muito para conhecer dentre as tecnologias e variedades que o Instituto Agronômico (IAC), órgão da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, irá expor na Feira. A Agrishow foi aberta hoje e estará aberta até 3 de maio, em Ribeirão Preto.

Além de observar as culturas e conhecer técnicas que alavancam as plantações, os produtores e demais profissionais da agricultura terão a oportunidade de receber de pesquisadores explicações sobre as características das culturas e os benefícios a serem colhidos com o conhecimento IAC.

Nesta segunda-feira, o Instituto Agronômico lança oficialmente o sistema de Automatização e Informatização da Rede de Estações Meteorológica. A modernização do sistema resulta em maior eficiência e agilidade na coleta e divulgação de dados meteorológicos. Para se ter uma idéia do avanço que a automatização e informatização representam, em caso de geada, é possível coletar os dados em cerca de duas horas. Nas Estações Mecânicas seriam necessários de um a dois dias.

Durante toda a feira o estande do IAC apresentará outras novidades e tecnologias que devem atrair a atenção do público, como uma nova variedade de arroz. O IAC adotou um sistema de apresentar as variedades na Feira para os produtores conhecerem e, posteriormente, lançar oficialmente a variedade.

A nova variedade de arroz foi selecionada para atender ao nicho específico de mercado – a culinária japonesa, especialmente para produção de sushi. Esse tipo de arroz é o que apresenta maior demanda dentre os tipos especiais. Apesar da grande demanda, até então, não havia nenhuma variedade especial selecionada para o cultivo em São Paulo. O Estado tem condições de clima favoráveis para esse tipo de arroz, com padrão compatível com a produção da melhor região do Japão. Por enquanto, as variedades cultivadas em campos paulistas vêm de outros Estados ou importadas de outros países. Esse fator, além de encarecer o produto, tem outra agravante: as variedades importadas não são adequadas para as características de solo e clima paulistas, além de serem suscetíveis a doenças.

Para a cadeia produtiva de amendoim, nova variedade será apresentada pelo Instituto Agronômico durante a Agrishow 2003. É a chamada IAC 8112, que será exposta junto a outras duas variedades de características semelhantes, a IAC 5 e a IAC 22, cultivares do grupo ereto precoce.

Essas variedades podem ser produzidas em locais onde a precocidade é um requerimento importante, como nas regiões de cana-de-açúcar, pois elas têm ciclo de até 120 dias, do plantio à colheita. Nessas regiões, o amendoim é cultivado nas áreas destinadas à renovação dos canaviais onde, em geral, o ciclo da cultura anual não pode ultrapassar 120 dias.

É importante salientar que, em São Paulo, a viabilidade da produção de amendoim em áreas de cana representa um importante fator econômico para muitos municípios. A cadeia de produção de doces, em que o amendoim se insere, é eficiente geradora de empregos e renda, complementando significativamente a atividade da agroindústria canavieira.

O público da Agrishow 2003 também poderá conhecer e receber explicações sobre os resultados de pesquisas em milho. Estarão expostas a IAC 8333 e a variedade Airã, esta adequada para a safrinha e com características valorizadas pelo mercado. A IAC 8333 é um híbrido muito mais barato que os existentes, por isso deve atender às necessidades do pequeno e médio produtor. Com a redução do preço da semente, a expectativa é viabilizar economia ao produtor, para que possa realizar outros investimentos e aumentar sua renda. Esses resultados poderão contribuir também para a fixação do agricultor no campo.

O Instituto Agronômico também irá expor na Agrishow variedades de mamona, cultura geradora de óleo destinado à indústria. O óleo de mamona ou de rícino, extraído da prensagem das sementes, contém 90% de ácido graxo ricinoléico, o que confere ao óleo suas características singulares, possibilitando ampla gama de utilização industrial, tornando a cultura da mamoneira importante potencial econômico e estratégico ao Brasil. Na agricultura, a torta de mamona é utilizada como adubo orgânico possuindo, também, efeito nematicida.Também estarão expostas cultivares de feijão, soja, girassol, pupunha, frutas e café. O público também terá acesso a cursos na área de mecanização agrícola, sobre pulverizadores. A estufa de hidroponia, onde pesquisadores explicam sobre essa tecnologia de cultivo na ausência do solo, será outro ponto de visita quase obrigatória para os produtores que buscam diferentes nichos de mercado.

(LRK)