No encontro para discutir a nova doença dos laranjais paulistas, coordenada pelo secretário de Agricultura Duarte Nogueira, que reuniu representantes do Fundecitrus, do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento e o corpo técnico da Secretaria ficou estabelecido duas principais frentes no combate ao greening: a da informação e a da pesquisa.
Na área de comunicação, será lançado no próximo dia 12 de agosto no Centro Apta Citrus, o maior centro especializado em citricultura da Secretaria, um boletim informativo e manual técnico sobre greening. Neste dia estarão reunidos produtores de laranja e toda a cadeia citrícola, neste mesmo encontro será realizada reunião da Câmara Setorial da Citricultura. ‘A arma mais importante é a informação. O produtor, de posse dela, pode identificar através dos sintomas e contar ainda com o apoio dos técnicos da Secretaria e do Fundecitrus’, afirma o secretário. No manual deve constar ilustrações apresentando sintomas do greening, orientação recomendando a erradicação de plantas doentes, substituição por uma muda sadia e sobre os insetos transmissores.
Paralelamente à informação, a Secretaria e o Fundecitrus continuam o trabalho de mapeamento de talhões com sintomas, realizando testes com vetores e a adoção de podas sanitárias para controle da doença. O greening foi constatado em 14 municípios da região central do estado. “Por se tratar de doença nova, temos que aplicar as informações de outros países para o que está acontecendo aqui”, explica Nogueira. Na Àfrica do Sul, o controle da doença é feito pela poda.
Greening – No dia 14 de julho último, técnicos do Centro Apta Citrus, depois de analisar amostras vindas de plantas da região de Araraquara ( municípios de Casa Branca, Luiz Antonio, Araraquara, Itirapina, Rincão e Matão que já apresentam pomares com os sintomas), chegaram a conclusão que se tratava de greening , causada por uma bactéria que habita o sistema vascular da planta (neste caso o floema – artérias responsáveis por carregar os nutrientes). O vetor da doença é um psilideo da espécie Diaphorina citri (inseto que suga o floema da planta onde fica a bactéria). Este vetor é endêmico no Estado de São Paulo desde a década de 60. A doença é considerada uma praga quarentenária A1, isto é, inexistente no Brasil.
Os principais sintomas na planta são esverdeamento e amarelecimento das folhas das árvores, crescimento reduzido e deformação dos frutos, comprometendo a columela (porção central branca da fruta), eles também caem com mais facilidade, afetando a produção.
Da Assessoria de Imprensa da Secretaria da Agricultura
M.J.
