Agricultura: São Paulo avança na reposição de florestas

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qui, 27/12/2001 - 18h52 | Do Portal do Governo

O Brasil poderá se tornar, nos próximos dez anos, o maior exportador de produtos extraídos de florestas cultivadas do mundo. Um dos fatores para alcançar esse objetivo deverá ser a conclusão do sequenciamento genético do eucalipto, que deverá estar pronto nos próximos seis meses. A Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo tem se empenhado em transformar os negócios florestais uma alternativa viável para o campo. O Agronegócio representou uma receita de US$ 23 bilhões de exportações neste ano, com um saldo positivo de US$ 16 bilhões.

O crescente aumento do consumo de produtos derivados de florestas registrado nos últimos tempos levou a um déficit na disponibilidade de florestas em São Paulo. O papel é um desses produtos que tiveram um incremento na demanda devido ao aumento do padrão de vida da população.

Para enfrentar esta crescente escassez, o Fundo Florestar e a Fundação Florestal propuseram a recuperação florestal do Estado. Nos próximos 20 anos deverão ser replantados 4 milhões de hectares, o que elevará a cobertura florestal para 25% do território paulista.

Ao mesmo tempo, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento está implantando o programa de Microbacias Hidrográficas, parcialmente financiado pelo Banco Mundial, com o objetivo de promover o desenvolvimento rural sustentável. O programa visa, entre outras coisas, proteger os mananciais e nascentes, recompor e manter as matas ciliares e eliminar os problemas causados pela erosão.

Projeto Araucária

Um dos projetos de reflorestamento em curso pelo Fundo Florestar prevê a recomposição de um milhão de mudas de Araucária em várias regiões do Estado de São Paulo. Cem mil delas já foram produzidas em viveiro existente na cidade de Itapetininga (SP). A iniciativa é uma ação conjunta do Projeto Florestar, da International Paper, e do Colégio Objetivo de Itapetininga, que cedeu o parque ecológico lá existente. O viveiro emprega 20 menores carentes da região, que recebem um salário mínimo, alimentação, além de orientação escolar.