Os preços agrícolas subiram 5,43% no mês de outubro, segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. O índice de preços recebidos pelos agricultores (IPR), porém, recuou 3,40 pontos percentuais em relação a setembro, embora mantenha forte tendência de alta.
De acordo com Nelson Martin, coordenador da pesquisa, vários fatores contribuíram para este aumento, destacando-se a alta do dólar, a estiagem que está atrasando o plantio da nova safra de grãos e a subida das commodities no mercado internacional.
Entre os vegetais, o aumento nos preços de dez produtos, apesar da redução nos de outros quatro, resultou na evolução de 4,46% no índice de preços do grupo. Já no segmento animal, a ascensão nos preços de boi gordo, leite e ovos e a estabilidade nas cotações das aves, apesar da queda nos preços dos suínos, levaram ao crescimento de 7,21% nos preços deste grupo de produtos.
Nos últimos dez meses, a variação acumulada no IPR foi de 17,71%, em comparação com a variação de 14,82% no IGP-M e de 4,97% no IPC-Fipe (estimativa). Isto significa ganho no poder de troca dos agricultores de 2,89 pontos percentuais em relação ao IGP-M e de 12,74 pontos percentuais frente ao IPC-Fipe.
Já no período de um ano, a variação mensal anualizada do IPR indica que, a partir de abril, se iniciou uma fase de recuperação. O IPR atingiu em outubro 22,99%, em comparação com o IGP-M de 16,34% e o IPC-Fipe de 5,88%. Assim, os preços agrícolas estão ganhando 6,65 pontos percentuais sobre o IGP-M e 17,11 pontos percentuais em relação ao IPC-Fipe.
Mais informações podem ser obtidas no site www.iea.sp.gov.br