Agricultura: Pesquisa da morte súbita dos citros terá recursos da Fapesp

O secretário Duarte Nogueira apresentou projeto de pesquisa sobre a morte súbita dos citros e obteve a parceria da instituição

qui, 14/08/2003 - 18h11 | Do Portal do Governo

Nesta quinta-feira, dia 14, o Secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Duarte Nogueira, obteve resposta positiva da Fundação para o desenvolvimento de pesquisa na área de combate à morte súbita dos citros, doença que vem atacando os laranjais paulistas. O projeto prevê recursos da ordem de R$ 5 milhões para ampliar os estudos em torno da doença.

O ‘sim’ foi dado pelo presidente da Fapesp, Carlos Vogt, que reconhece a importância do setor e a gravidade do problema. ‘Nossa instituição já trabalhou em conjunto com o corpo técnico-científico da Secretaria em outros programas na área da citricultura, como o do sequenciamento do genoma da Xyllela fastidiosa, a doença do amarelinho’, afirmou.

‘A laranja é responsável por 400 mil empregos diretos e movimenta uma cadeia produtiva de US$ 5 bilhões por ano. São Paulo tem o maior parque cítricola do mundo e temos que nos adiantar aos problemas, daí a importância de termos a Fapesp conosco na pesquisa contra esta doença. Agora é só uma questão de gestão do projeto’, explica o Nogueira.

O projeto envolverá três linhas de pesquisa: a etiologia da doença – descobrir se é um vírus mutante da tristeza, doença que devastou os pomares durante a década de 40; a epidemiologia – para estudar o tamanho e a evolução dos focos da doença; e controle incluindo aqui os estudos com porta-enxertos alternativos e resistentes.

A doença da morte súbita do citros foi registrada pela primeira vez em 2001 no município de Comendador Gomes, no Triângulo Mineiro e desde então tem avançado sobre os pomares paulistas principalmente na região fronteiriça de Barretos.

A doença leva este nome pela rapidez com que mata a planta. A proposta apresentada à Fapesp faz parte das principais linhas de Pesquisa e Desenvolvimento estabelecidas pela força-tarefa criada em fevereiro deste ano, sob recomendação do Governo de São Paulo, e reuniu o Governo Federal, e os Governos estaduais de São Paulo, Minas Gerais e Paraná – todos produtores de laranja. ‘Como nosso estado possui 211 milhões de pés, dos quase 225 milhões dos três estados, temos que juntar esforços para que o problema seja solucionado’, explica o secretário.

Assessoria de comunicação da Secretaria da Agricultura
C.A