Agricultura: Novo serviço divulga cotação diária do boi rastreado

Norma é do Mercado Comum Europeu, que só autoriza compra de carne de animais que tenham registro mínimo de 40 dias

seg, 25/08/2003 - 17h09 | Do Portal do Governo

O Instituto de Economia Agrícola (IEA), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento, divulga desde o início do mês a cotação diária do boi rastreado.

O serviço é inédito no País e atende à determinação do Mercado Comum Europeu (MCE), que agora só autoriza a compra de carne de animais que tenham registro mínimo de 40 dias no Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov).

O boi rastreado tem cadastro no Sisbov, serviço criado pelo Ministério da Agricultura no ano passado para identificar, registrar e monitorar, individualmente, todos os bovinos e bubalinos nascidos no Brasil ou importados.

Transparência e informação

As informações são fornecidas pelos Escritórios de Desenvolvimento Rural (EDRs) da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), órgão vinculado à secretaria, e por fontes como empresas de leilões de gado, frigoríficos, sindicatos rurais e associações.

O mercado europeu absorve 70% das exportações brasileiras de carne bovina e a exigência do rastreamento vem influenciando a cotação do produto no País, gerando diferencial de preço para esses animais.

Para atender à demanda, o IEA avisa a cotação diária do boi rastreado, com o objetivo de oferecer aos agentes da cadeia produtiva informações sobre os rebanhos. A medida garante que os negócios ocorram com transparência e mantém os produtores informados.

Rebanho cadastrado

Segundo as normas do Ministério da Agricultura, até o fim de 2005 a carne exportada deve ser proveniente de animais rastreados, e até 2007, o rebanho nacional terá de estar cadastrado no Sisbov. A segurança na alimentação e nas vendas é importante para a sobrevivência dos pecuaristas e só será garantida com a certificação

A origem dos animais está vinculada a aspectos de segurança alimentar. É uma ferramenta na busca pela qualidade, que permite identificar um lote de carne de características diferenciadas e associar esse produto aos animais geradores, identificar seu manejo e os produtores. Essas informações são o ponto de partida para o constante aumento da qualidade e produtividade no campo.

O tratamento dos dados é fundamental para criar inovações tecnológicas e promover a integração da cadeia produtiva.

Da Assessoria de Imprensa da Secretaria – de Estado da Agricultura