O setor agropecuário tem sido um dos mais dinâmicos da economia estadual por incorporar novas tecnologias, sobretudo na operação de colheita, elevando a produtividade do trabalho. No período de 1995 a 2002, o valor da produção agropecuária paulista cresceu, em termos reais, à taxa média anual de 4,65%. Essas conclusões resultam de estudos feitos pela pesquisadora Maria Carlota Meloni Vicente, do Instituto de Economia Agrícola, instituição vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento.
Na composição da produção agropecuária, a cana-de-açúcar permanece como principal produto agrícola do Estado. Em 2002, sua participação foi de 29,55% do valor total. A seguir aparecem a laranja (indústria/mesa) com 15,82%; a carne bovina, com 15,75%; e o frango com 5,45%.
Os setores de cana-de-açúcar, café e laranja são os que mais contratam trabalhadores rurais. Juntos foram responsáveis por quase 60% do total de postos de trabalho no setor, em 2001. Apesar do crescimento da colheita motomecanizada, a cana-de-açúcar empregou cerca de 35% da mão-de-obra necessária para o cultivo dos principais produtos da agricultura paulista.
Modernizar para sobreviver
Diante do panorama atual, marcado pelo desafio da competitividade, os produtores rurais modernizaram-se para sobreviver aos baixos preços e às oscilações de mercado. Buscaram tecnologias disponíveis nos centros de pesquisa e adaptaram-se às novas práticas de mercado, constata a pesquisadora.
“Vale lembrar, que, mesmo diante da tecnificação, uma safra maior sempre ocupa mais trabalhadores auxiliando na colheita, transporte e ensacamento dos produtos nas propriedades rurais. Da mesma forma, o desenvolvimento do agronegócio gera novos empregos nos centros urbanos por meio da venda de máquinas, equipamentos, sementes, insumos agrícolas, prestação de serviços de assistência técnica e melhoria nos transportes.”
Da Agência Imprensa Oficial
(Fonte: www.iea.gov.br)
A.M.