Agricultura: Mercado de fertilizantes pode crescer até 5% este ano

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qui, 06/06/2002 - 19h18 | Do Portal do Governo

O consumo brasileiro de fertilizantes deverá crescer entre 4% e 5% este ano, segundo estudo publicado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA). A demanda por adubos deverá atingir de 17,3 milhões a 17,5 milhões de toneladas em 2002, favorecida pelo aumento da área plantada de grãos neste ano-safra.

No primeiro trimestre deste ano, as entregas de fertilizantes no país totalizaram 2,9 milhões de toneladas, um acréscimo de 16,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. O aumento foi motivado principalmente pela maior demanda verificada nas culturas de milho safrinha (colheita de inverno) e de trigo, além da antecipação de compras para o plantio da safra 2002/03, especialmente para a cultura de soja.

O consumo brasileiro de adubos atingiu volume recorde no ano passado, com 16,63 milhões de toneladas comercializadas, um crescimento de 1,4% sobre o volume do ano anterior, de 16,39 milhões de toneladas.

Entre os fatores que colaboraram para o bom desempenho do setor, destacam-se a antecipação das aquisições de fertilizantes por parte dos produtores de soja, além do crescimento estimado de 4,7% na área cultivada no Brasil na safra 2001/2002, em relação a safra anterior, de acordo com levantamento feito pela Companhia Nacional de Abastecimento(Conab).

No caso da soja, principal cultura consumidora de fertilizantes, a área plantada atingiu 15,65 milhões de hectares na safra 2001/2002, um acréscimo de 14,4% sobre a temporada anterior. Em contrapartida, as culturas do café, algodão e milho registraram redução de consumo de fertilizantes em 2001, devido aos baixos preços recebidos pelos produtores ao longo do ano.

De acordo com dados do Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas do Estado de São Paulo (Siacesp), houve aumento nas entregas de fertilizantes nas regiões Centro e Nordeste e baixa na região Norte. O líder nas entregas foi o Estado de São Paulo, com 667,2 mil toneladas do produto, seguido do Paraná, com 487,1 mil toneladas, e de Minas Gerais, com 443,8 mil toneladas.