Agricultura: Instituto de Tecnologia de Alimentos desenvolve projetos de segurança alimentar

Fruto cupuaçu está em estudo para o uso de seu óleo na fabricação de chocolate

qua, 03/09/2003 - 16h29 | Do Portal do Governo

Centro de excelência na avaliação e controle de qualidade de alimentos e embalagens de produtos, o Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital) atua no desenvolvimento e assistência tecnológica-industrial para a indústria alimentícia (quarta maior do País).

Em seus 40 anos de existência, completados dia 29, conquistou o ISO 9001, certificado de qualidade, e obteve destaque com os projetos de segurança alimentar e avaliação de qualidade de café.

“Quando vamos ao supermercado ou consumimos alimentos, não temos a noção da participação do Ital na análise dos produtos e na formulação das embalagens. O instituto está presente no nosso dia-a-dia quando se trata de alimentação. Sua atuação abrange leque variado de empresas e clientes’, afirma o secretário da Agricultura e Abastecimento, Duarte Nogueira, pasta a que o instituto está vinculado.

Chocolate de cupuaçu

Instituição de pesquisa científica e tecnológica, o Ital analisa carnes, laticínios e seus derivados, frutas, vegetais, chocolate, macarrão, pães, bolos e biscoitos. Um dos mais recentes estudos refere-se ao uso de gordura de cupuaçu na fabricação de chocolate em substituição à manteiga de cacau. Os pesquisadores trabalham também com a maturação de queijo prato e criação de embalagens inovadoras.

‘Desde a sua fundação, em Campinas, o instituto tem papel importante na indústria alimentícia e na construção de novas tecnologias. Cresceu com as fábricas, na época, ainda caseiras. Hoje muitas se tornaram complexos industriais. Temos tradição em atuar com as micro, pequenas, médias e grandes empresas na transformação dos produtos in-natura em industrializados’, explica o vice-diretor do Ital, Airton Vialta.

Análise e controle

O diretor informa que o Ital também participa dos programas estaduais Viva Leite e Bom Prato. Os alimentos de ambos os projetos passam, regularmente, por monitoramento e controle microbiológico. No caso do leite, analisa o que é destinado ao consumo no Interior do Estado.

‘Colhemos amostras dos produtos, analisamos no laboratório e emitimos laudos relativos à sua qualidade. Oferecemos treinamento de cuidados básicos no trato com o alimento para a equipe de nutricionistas, cozinheiros e pessoal integrado no Programa Bom Prato.’

Com orçamento de R$ 17 milhões, o Ital emprega 108 pessoas, sendo 77 pesquisadores e os demais, técnicos, pessoal de apoio e administração. Por mês, são realizadas mais de seis mil análises – avaliações laboratorial, física, química, microbiológica e embalagem.

Em seus vários projetos, conta com parcerias das agências de financiamento – Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

‘Ao longo dessas quatro décadas, o Ital buscou um caminho baseado num tripé de atuação, do qual participam o governo do Estado de São Paulo, as agências de fomento e o setor privado, promovendo equilíbrio de ações estratégicas nos projetos desenvolvidos’, disse Luís Madi, diretor-geral do instituto.

Da Agência Imprensa Oficial/Claudeci Martins/L.S.