Criado para pesquisar o café em 1887, o Instituto Agronômico, vinculado à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (IAC-APTA) iniciou a pesquisa do Genoma Café. A primeira fase da pesquisa deve terminar em dezembro e é destinada à formação de um banco de 200 mil seqüências genéticas.
De acordo com o pesquisador do IAC e coordenador do Genoma Café em São Paulo, Carlos Augusto Colombo, o objetivo maior do IAC é aplicar na pesquisa genômica sua experiência história. “O IAC esteve sempre na vanguarda das pesquisas cafeeiras”.
Colombo explica que o café arábica foi melhorado pelo IAC e representa 70% do café cultivado no mundo. Nesse total, pretende-se identificar cerca de 30 mil genes.
O genoma estudado é do tipo EST – só uma região do DNA que codifica uma informação genética. Segundo Colombo, a idéia é sequenciar o maior número possível de RNA de diferentes órgãos da planta: raiz, caule, flor e fruto. E também de plantas em diferentes situações de estresse causado por variações do ambiente, pragas e doenças. “A finalidade é saber quais genes a planta usa para se defender”.