Melhorar a qualidade de vida do agricultor e aprimorar o produto que chega à mesa. Esse é o objetivo que se pretende alcançar ao oferecer o ‘Treinamento sobre Tecnologia de Aplicação de Agrotóxicos em Frutas e Hortaliças’. Esse evento será realizado pelo Instituto Agronômico (IAC-APTA), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, nesta quarta-feira, 20 de novembro, em Jundiaí.
O público – produtores, técnicos, estudantes e engenheiros agrônomos – será informado sobre os conceitos básicos de aplicação de agrotóxicos, regulagem em calibração de pulverizadores e segurança. O Treinamento contará ainda com parte prática no campo, em que serão comparadas técnicas adequadas e inadequadas.
Segundo o pesquisador Hamilton Humberto Ramos, do Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica de Engenharia e Automação do IAC, há cinco variáveis na aplicação de defensivos – praga, produto, máquina, momento da aplicação e condição ambiental. Essas variáveis interagem para dar o resultado na pulverização. No treinamento, o participante poderá aprender como um aspecto interfere na ação do outro. Com essas informações, o público irá entender como um pulverizador com um sistema de filtro inadequado pode interferir na eficiência do produto e quanto se pode perder com o uso errado desses recursos.
A regulagem será também tema do evento. Quando os equipamentos estão bem regulados, evita-se o desperdício, fazendo com que o produtor perca o mínimo possível de agrotóxico. Além da economia para o bolso, esse procedimento, é claro, contribui também para a preservação do ambiente e para a proteção da saúde do trabalhador. No Treinamento, o público poderá saber como configurar o pulverizador para cada situação e para cada tipo de cultura.
Como avaliar se o equipamento de segurança é adequado e eficiente e qual a forma de trabalho para ter o menor contato entre o agrotóxico e o corpo do trabalhador. Essas questões estão relacionadas à segurança e também serão abordadas no evento.
Todos esses aspectos compõem o conhecimento em aplicação de agrotóxicos. Os reflexos estão no bolso do produtor, na saúde do trabalhador e do consumidor e na sustentabilidade ambiental.
‘Em termos econômicos, a pulverização representa de 15 a 60% dos custos de produção das diferentes culturas’, diz Hamilton Ramos. Mas essa despesa pode ser reduzida de 30 a 70% se o agrotóxico for usado corretamente, afirma o pesquisador. O consumidor também é beneficiado com a aplicação correta. ‘O uso adequado não deixa resíduo no produto final.’
A difusão desse tipo de conhecimento é fundamental para que o trabalhador tome consciência das perdas que podem resultar da má aplicação de agrotóxicos. Conhecedor das conseqüências, esse produtor torna-se um ‘pólo difusor’ desse saber e leva as informações para outros agricultores. Formar esse difusor – que o pesquisador chama de ‘produtor-parceiro’ – é outro objetivo do evento. A divulgação cria demanda por tecnologia, que nem sempre custa dinheiro, bastando, às vezes, uma adequação de técnica.
Neste ano, o IAC já realizou outros 50 treinamentos de aplicação de agrotóxicos em São Paulo e em outros Estados.
Serviço
Data: Quarta-feira, dia 20 de novembro de 2002
Local: Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio de Frutas
Av. Luiz Pereira dos Santos, 1500 – Bairro Corrupira – Jundiaí – SP
Fone: (11) 4582-3455 e (11) 4582-7284
Programa
8h – 8h30 – Inscrições
8h30 – 10h – Conceitos básicos da aplicação de agrotóxicos
Sérgio Roberto Filipini – Centro APTA de Engenharia e Automação/IAC/SAA
10h – 10h15 – Intervalo
10h15 – 12h – Regulagem em calibração de pulverizadores
Hamilton Humberto Ramos – Centro APTA de Engenharia e Automação/IAC/SAA
12h – 13h – Almoço
13h – 14h30 – Segurança do trabalho na operação de aplicação de agrotóxicos
João Batista de Almeida – Centro APTA de Engenharia e Automação/IAC/SAA
14h30 – 14h45 – Intervalo
14h45 – 17h – Instruções práticas no campo
Carla Gomes – Assessoria de Imprensa do IAC
R.K.
