Os melhores cafés paulistas serão colocados em teste a partir da colheita deste ano com a realização do I Concurso Estadual de Qualidade do Café, promovido pela Câmara Setorial de Café do Estado de São Paulo, órgão vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Com inscrições abertas até 20 de outubro, o concurso de qualidade – semelhante ao respeitado ‘Prêmio Illy’ da torrefadora italiana Illycaffè – irá premiar os melhores cafés vencedores dos Concursos Regionais de Qualidade, marcados após o período de colheita da nova safra brasileira, a 2002/03, que começa oficialmente no dia 1º de julho.
Poderão participar do Concurso Estadual os cinco primeiros produtores classificados de cada Concurso Regional, organizado por cooperativas ou associações e que envolverá seis regiões produtoras de São Paulo – Parapuã, Piraju, Marília, Garça, Pinhal e Franca. Segundo Nathan Herszkowicz, presidente da Câmara Setorial de Café do Estado de São Paulo, o grande diferencial da competição paulista em relação aos outros concursos de qualidade já existentes será a aceitação de dois tipos de cafés, os chamados ‘naturais’ (secagem com casca) e os ‘cerejas despolpados’ (secagem sem casca). Cada região produtora poderá inscrever no Concurso Estadual até 5 lotes de café arábica (variedade predominante no Brasil). Os vencedores serão conhecidos no início de dezembro.
Premiação
O Concurso Estadual de Qualidade do Café de São Paulo abrirá oportunidades para que os produtores vendam o produto a preços acima das cotações de mercado. ‘Uma das intenções do concurso é agregar valor ao café paulista e atrair a atenção das empresas exportadoras e torrefadoras, que deverão oferecer preços mais altos para os cafés premiados’, ressalta o presidente da Câmara Setorial de Café.
Durante a Campanha de Qualidade 2002, iniciada no começo de maio, os produtores espalhados pelas regiões do Estado de São Paulo recebem informações sobre o mercado, a safra e sua comercialização, além de tendências de consumo. No entanto, as equipes da Câmara Setorial de Café e da Secretaria de Agricultura e Abastecimento focalizam o trabalho na propriedade do cafeicultor, ensinado boas técnicas na hora da colheita e preparação do café, como a redução do índice de grãos defeituosos – verdes, pretos, ardidos e fermentados. A campanha compreende ainda dezenas de ‘Manhãs de Campo’, realizadas nas fazendas dos produtores por agrônomos das cooperativas e da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), órgão da Secretaria de Agricultura.
