O comitê Força-tarefa contra a’ morte súbita’ dos citros lançou nesta terça-feira, dia 18, a campanha ‘A Informação é a sua Melhor Arma’, de orientação aos produtores e também definiu o início da varredura para o próximo dia 31, em Bebedouro.
O trabalho de campo se estenderá nos 312 municípios das regiões citrícolas , e eventos regionais em Ibitinga, Limeira, São José do Rio Preto e Matão em quinzenas sucessivas, ou seja, quinze dias após o início do levantamento em um município, inicia-se o trabalho em outro.
A varredura será realizada nas cerca de 80 mil propriedades com plantação de laranja em São Paulo e o trabalho deverá envolver 600 fiscais da Defesa Agropecuária e da Cati (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral), órgãos ligados à Secretaria de Agricultura e Abastecimento, e 3.500 inspetores do Fundecitrus (Fundo de Defesa da Citricultura).
Dois mil técnicos e engenheiros agrônomos da Cati funcionarão como agentes multiplicadores de informações junto aos produtores. Minas Gerais e Paraná também irão desenvolver campanhas de orientação e o trabalho de varredura.
No lançamento da campanha, foram apresentados cartazes, manuais de orientação sobre a morte súbita e folhetos que serão distribuídos nas Casas de Agricultura, Sindicatos e Cooperativas, além das praças de pedágios instaladas nas regiões citrícolas. Também estará à disposição o telefone 0800 11 21 55 do Fundecitrus para esclarecimento de dúvidas e também fornecimento de orientação aos produtores
A Secretaria de Agricultura de São Paulo irá investir cerca de R$ 7 milhões para o trabalho da varredura e desenvolvimento de pesquisa e o orçamento do Fundecitrus para a operação é de R$ 26 milhões. O Ministério da Agricultura deverá contribuir com R$ 10 milhões, distribuídos para os três Estados e também para o Fundecitrus.
São Paulo possui o maior parque citrícola do mundo com cerca de 211 milhões de pés e é responsável por 97% das exportações nacionais de suco. O agronegócio dos citros gera 400 mil e U$ 5 bilhões de movimentação financeira anualmente.
Doença
A ‘morte súbita’ dos citros leva este nome devido à rapidez com que mata a planta, às vezes em questão de dias. A causa desta doença ainda não foi identificada. O que já se sabe é que as árvores suscetíveis a esta nova praga são aquelas de porta-enxertos limão cravo, o que corresponde a 80% das plantas em solo paulista.
‘A orientação principal é para que o produtor procure utilizar outros porta-enxertos, não transporte mudas das áreas contaminadas e contacte as Casas de Agricultura locais ou o Fundecitrus se suspeitar que suas árvores estão contaminadas ‘, explica Nogueira.
A doença apareceu primeiramente nos pomares do norte de São Paulo e sul do Triângulo Mineiro e, de acordo com levantamento feito no ano passado, o número de árvores afetadas já chegava a 1 milhão.
Para combater a doença, foi constituída uma força-tarefa, formada pelas Secretarias de Agricultura de São Paulo, Minas Gerais e Paraná, os maiores Estados produtores de laranja, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Fundecitrus e representantes de todos os elos da cadeia produtiva.
C.A