A produção paulista de grãos deve crescer 7,8%, para 6,2 milhões de toneladas, na safra de verão 2004/05, de acordo com o levantamento de novembro passado realizado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta) em conjunto com a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), ambos da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. A área plantada é estimada em 1,77 milhão de hectares, 1,20% superior aos 1,75 milhão de hectares da safra anterior, o que demonstra um aumento na produtividade.
Este levantamento considera grãos e fibras, são eles: algodão, amendoim das águas, feijão das águas, soja, arroz e milho para a safra de verão 2004/2005. O destaque fica por conta do aumento da produtividade do algodão, que deve alcançar 297,65 mil toneladas, crescimento de 37,68% quando comparado com a safra 2003/04, que foi de 216,19 mil toneladas. O crescimento da produtividade de algodão ficou em torno de 7% e a área plantada salta de 87,29 mil hectares para 112,17 mil ha (+28,5%).
“O algodão acompanha as nossas melhores expectativas e aponta para uma recuperação da cultura no estado, o que permitirá atender uma parcela maior da demanda da industria têxtil paulista”, afirma o secretário de agricultura e abastecimento, Duarte Nogueira.
Já o milho, um dos principais produtos importados pelo estado de São Paulo aponta uma pequena retração da área (de 728 para 724 mil hectares) e produção de 3,49 milhões de toneladas, aumento de 3,7% na produção.
De acordo com o diretor do IEA, Nelson Martin, os preços do milho, que se encontravam em forte queda no plantio devido a supersafra americana e das fortes quedas das cotações no mercado internacional desencorajaram os produtores do Estado em expandir a área plantada na presente safra.
A primeira safra de soja deve crescer mais (12,85%), para 2,03 milhões de toneladas, com apenas 0,3% de aumento de área, mostrando o aumento da produtividade em torno de 12,5%. “Na safra passada, enfrentamos uma estiagem que prejudicou a produtividade, o que não devemos ter nesta safra”, afirma Martin.
O feijão, produto importante no mercado paulista, nesta primeira safra das águas deve cair de 118,79 mil toneladas para 99,60 mil toneladas, cerca de 16% de queda, acompanhado de redução da área em 15%. Essa expressiva queda na oferta de feijão se deve ao atraso no plantio e os baixos preços que ocorreram no período de agosto a setembro de 2004, quando os produtores estavam tomando suas decisões do quanto plantar.
Laranja e café
A primeira estimativa de produção de laranja no ano agrícola 2004/05 aponta ligeira queda (1,8%), para 354,30 milhões de caixas de 40,8 quilos, o que indica tendência de menor oferta, a confirmar nas estimativas futuras. A área plantada deve registrar decréscimo de 0,7% devido às doenças que afetam os pomares e à maior competição com outras atividades agropecuárias. No ano passado, São Paulo produziu 360 milhões de caixas.
Já a produção paulista de café poderá alcançar 3,51 milhões de sacas beneficiadas na safra 2004/05, com redução de 15,3% em relação à safra anterior, enquanto a área deve praticamente manter-se (0,4%) em 240,02 mil hectares.
Final da cana-de-açúcar
A produção de cana-de-açúcar destinada à indústria encerrou o ano agrícola 2003/04 com volume de 239,53 milhões de toneladas (aumento de 5,1%), numa área cultivada de 3,42 milhões de hectares (3,1%). A expansão deu-se basicamente pela recuperação dos preços de açúcar e álcool e pelas perspectivas de maior participação do Brasil no mercado internacional.
Assessoria de imprensa da Secretaria da Agricultura
C.A.
