Transferir conhecimento e apresentar aos produtores paulistas novas variedades de tangerina tolerantes à alternaria. Estes foram os objetivos do 5º Dia da Tangerina, realizado nesta quinta-feira (16/06), em Capão Bonito. O evento, organizado pelo Instituto Agronômico (IAC) e pelo Pólo Regional do Sudoeste Paulista, ambos da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, reuniu produtores, técnicos e pesquisadores em torno do debate sobre o controle da doença e o custo de produção de tangerinas para mesa no Estado.
Durante o encontro, pesquisadores da Secretaria apresentaram as variedades IAC Fremont e Thomas, que, até o momento, não apresentaram sintomas da alternaria e representam por isso, uma alternativa para os agricultores que não pretendem mudar de cultura. As tangerinas Cravo e Clementina Nules (variedades sem sementes) apresentaram também, durante as pesquisas, baixos níveis de suscetibilidade à doença, podendo por isso ser utilizadas em cultivos comerciais, desde que adotado o manejo adequado. De acordo com o IAC, os materiais das quatro variedades apresentadas deverão estar disponíveis aos produtores em cerca de quatro meses.
A alternaria é uma doença limitante que, em variedades suscetíveis, pode provocar intensa queda de folhas, seca de ramos e queda prematura de frutos, comprometendo a produtividade das plantas. Nos frutos, as lesões da doença reduzem o valor comercial dos produtos no mercado de frutas frescas.
De acordo com os pesquisadores do IAC, por apresentar tolerância à doença e outras características que agradam ao mercado de fruta in natura, as variedades oferecerão boas opções aos agricultores, já que a doença ataca a Murcott e a Ponkan, que representam 80% dos plantios comerciais. As novas cultivares criam, portanto, a possibilidade de manter o agronegócio de tangerina, que representa cerca de 4% dos plantios de citros.
Assessoria de Imprensa Secretaria de Agricultura
J.C.
