Agricultura: Coordenadoria de Defesa Agropecuária se reúne com cadeia produtiva de ovos

Encontro será realizado nesta terça-feira, dia 7, em Bastos

ter, 07/10/2003 - 9h07 | Do Portal do Governo

Nesta terça-feira, dia 7, os responsáveis pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária, órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, irão se reunir com os avicultores e toda a cadeia produtiva de ovos da região de Tupã para discutir as medidas sanitárias que estão sendo tomadas para erradicar o vírus da laringotraqueíte infecciosa das aves, doença respiratória que ocorre principalmente em galinhas de postura e menos frequentemente em frangos de corte. A reunião será realizada às 19h, na sede social da Acemba, na rua Ademar de Barros, no centro de Bastos, e terá a presença do secretário-adjunto da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, Alberto José Macedo Filho.

A doença foi notificada por representantes dos produtores ao Departamento de Defesa Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no final de dezembro do ano passado e desde o início de janeiro a coordenadoria proibiu o trânsito interestadual de aves de posturas adultas oriundas de 14 municípios da região de Tupã, onde foi detectada a doença. O objetivo da medida foi prevenir a difusão da doença para outras áreas de produção avícola do país.

Além disso, foi realizado uma série de trabalhos envolvendo toda a cadeia produtiva para fornecer informações para os avicultores incrementarem as medidas de biosseguridade em seus sistemas de produção para evitar a disseminação da doença. Após uma série de diagnósticos laboratoriais para o isolamento do vírus causador da doença e da definição da área de abrangência, o Comitê Nacional de Sanidade Avícola e a Gerência Nacional do Programa de Sanidade Avícola referendaram as medidas de restrição de trânsito de aves, excretas de aves e a introdução de vacina na região.

Na última quarta-feira, resolução publicada pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento no Diário Oficial do Estado estabeleceu a interdição de 180 propriedades na região de Tupã. A resolução também criou um bolsão, formado por esses municípios. A interdição é feita com a visita de veterinários da coordenadoria a cada uma das 180 propriedades e esse trabalho deve estar concluído até esta segunda-feira, dia 6.

Com a interdição, a propriedade não pode movimentar nenhuma ave sem a emissão da GTA (Guia de Trânsito Animal), pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária. Além disso, o abate das aves só pode ser feito em frigorífico localizado na área do bolsão. Outra medida é o monitoramento da descontaminação das excretas, feita por tratamento térmico, acompanhada pelo serviço oficial.

Após a implantação de toda a área de interdição e consolidação das medidas sanitárias, está previsto uma vacinação em massa e obrigatória contra a laringotraqueíte infecciosa das aves. Em outras regiões do Estado a vacinação continua proibida.

A laringotraqueíte infecciosa não é transmissível ao homem e o ovo também não é disseminador do vírus. A doença provoca queda na produção de ovos e morte das aves adultas principalmente em época quente e úmida.

No ano passado, São Paulo produziu 25,3 milhões de caixas com 30 dúzias de ovos e, desse total, a região de Tupã foi responsável pela produção de 9,3 milhões de caixas, seguida pelas regiões de Mogi das Cruzes, Araçatuba, Presidente Prudente, Limeira e Ribeirão Preto. O ovo é o oitavo item no valor da produção agropecuária paulista. Em 2002, o setor teve uma participação de 3,12% no valor total da produção agropecuária do Estado, que foi de R$ 20,93, bilhões.

São Paulo é o líder nacional na produção de ovos, respondendo por cerca de 40%, bem à frente do segundo colocado, que é o Paraná, que detém em torno de 15%. A produção paulista é também direcionada a outros Estados do país.