O comitê criado para estudar medidas no combate à doença da morte súbita, que ataca os laranjais de três estados, se reúne nesta quinta-feira, dia 20.
É formado pelas secretarias de Agricultura dos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná, Ministério da Agricultura, Fundecitrus (Fundo de Defesa da Citricultura), prefeitos e representantes de todos os elos da cadeia produtiva.
O objetivo da reunião é detalhar as ações propostas pelos três grupos (defesa, pesquisa e desenvolvimento e comunicação) formados no primeiro encontro, realizado na última quinta-feira para agilizar o trabalho do comitê.
A primeira medida definida foi a realização de uma varredura nos pomares dos três Estados com o objetivo de se localizar os focos da doença, a direção para onde ela se propaga e a velocidade de transmissão. A operação será iniciada em meados de março, após o período das chuvas, e se estenderá até setembro.
O grupo de pesquisa e desenvolvimento irá intensificar os estudos sobre o diagnóstico precoce da doença, a identificação do agente causador da morte súbita.
De cada dez copos de suco de laranja consumidos em todo o mundo, cinco são originários de pomares de São Paulo, principal produtor e exportador mundial de suco de laranja, com 50% do mercado externo mundial. Mais da metade dos 645 municípios paulistas tem a laranja como um componente de peso em sua economia. Toda a cadeia da laranja movimenta anualmente US$ 5 bilhões e gera 400 mil empregos diretos.
Morte súbita
Levantamento realizado no final do ano passado mostrou que a maior incidência da morte súbita está na região sul de Minas Gerais, no Triângulo Mineiro, região onde 93% das plantas inspecionadas apresentavam a doença. Em São Paulo, há, de acordo com a Fundecitrus, 1 milhão de plantas contaminadas, concentradas na região norte do Estado.
As pesquisas ainda não detectaram o agente causador da doença e se a morte súbita vem de uma mutação do vírus da tristeza, praga que dizimou 9 dos 11 milhões de pés da laranja em São Paulo na década de 40.
Hoje, o Estado possui o maior parque citrícola do mundo com cerca de 200 milhões de pés. A morte súbita tem se mostrado mais feroz nas árvores com combinação de copa/porta-enxerto de limão-cravo (80% de nossos pomares), destruindo o sistema radicular e provocando a morte da planta
Local: Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo – Av. Miguel Stefano, 3.900 – São Paulo
Horário: 10 horas
Da Secretaria da Agricultura
C.A
