Agricultura: Centro de Citros do IAC testa variedade de laranjas resistente à doenças

Pomares experimentais estão localizados em SP, MG e PR

sex, 13/02/2004 - 12h10 | Do Portal do Governo

Desde o mês passado, a busca por pés de laranja mais resistentes às principais doenças que assolam a citricultura nacional conta com uma rede de novos aliados. Num trabalho que literalmente fincou raízes em seis localidades da Região Sudeste, agrônomos e técnicos do Centro de Citricultura Sylvio Moreira – unidade de pesquisa ligada ao Instituto Agronômico de Campinas (IAC), situada na cidade paulista de Cordeirópolis – terminaram em janeiro de assentar as últimas mudas que compõem um conjunto de 12 mil plantas muito especiais.

Nesses pomares experimentais, localizados em terras pertencentes a quatro municípios paulistas (Araraquara, Botucatu, Itapetininga e Cordeirópolis), um de Minas Gerais (Comendador Gomes) e um do Paraná (Maringá), há amostras de 751 híbridos desenvolvidos recentemente pelos pesquisadores do centro.

Cada nova variedade carrega alguma característica que aparentemente lhe confere mais resistência ou até mesmo imunidade a doenças como a leprose, a gomose, o cancro cítrico e a clorose variegada dos citros (CVC), esta última popularmente conhecida como amarelinho.

Quase 65% das plantas são híbridas de copa, da parte superior da árvore, responsável pela aparência e características gustativas do fruto. Nos outros 35%, o caráter de hibridismo está presente em seu sistema de raízes, no chamado porta-enxerto.

“As copas e os porta-enxertos mais usados em nossos laranjais apresentam baixa diversidade genética”, diz Marcos Machado, do centro de citricultura, coordenador das pesquisas com os híbridos, feitas no âmbito do Projeto Genoma Citros, um dos Institutos do Milênio financiados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Da Revista Pesquisa FAPESP

(LRK)