Programa Pintando a Liberdade permite aos participantes a redução da pena, além do aprendizado do ofício
A Secretaria da Juventude, Esporte e Lazer entregou em 22 municípios do interior kits de material esportivo produzidos por detentos do regime fechado, em São Paulo, que participam do Projeto Pintando a Liberdade. Eles fabricam bolas (futebol, futsal, vôlei e basquete), redes, bolsas e agasalhos esportivos, produtos que são distribuídos gratuitamente a creches, escolas, quartéis da Polícia Militar, escolas técnicas, prefeituras e entidades sociais.
O projeto, criado em 1999 pelo governo federal, é uma parceria entre o Ministério do Esporte e as secretarias estaduais de São Paulo da Juventude, Esporte e Lazer e da Administração Penitenciária. Foi adotado no Estado em junho de 2004, na Penitenciária Nilton Silva, em Franco da Rocha, oeste da Grande São Paulo.
Os detentos que confeccionam os materiais esportivos recebem benefícios legais: remissão de pena, profissionalização no ramo e ressocialização. A cada três dias trabalhados, o interno consegue a redução de um dia em sua sentença. Além disso, o trabalho diminui a ocorrência de fugas e rebeliões nos presídios e melhora a convivência. No primeiro ano do Pintando a Liberdade, produziram-se 33.576 bolas, 22 mil camisetas, 22 mil calções e 1.397 redes para futebol de campo, futsal e voleibol. No período, cerca de 700 internos receberam treinamento para trabalhar nas oficinas de produção. Os materiais foram destinados a 280 municípios paulistas e a 149 entidades governamentais e não-governamentais.
No primeiro ano do projeto, o investimento somou R$ 1 milhão, sendo 75% oriundos da União e o restante, dos cofres do Estado. Em junho, os parceiros assinaram a segunda versão do projeto, para a produção de 145 mil itens. Em agosto, foram fabricadas 4.681 bolas, recorde mensal.
Otávio Nunes
Da Agência Imprensa Oficial
