Achados e Perdidos do Metrô completa 30 anos e ganha exposição

Central recebe em média 1.500 novos itens todos os meses

qua, 15/06/2005 - 11h45 | Do Portal do Governo

Nesta quarta-feira, dia 15, a Central de Achados e Perdidos do Metrô completa 30 anos de existência. Durante esse período, o setor foi responsável pelo recolhimento, armazenamento, controle e devolução de milhares de objetos, valores e documentos de usuários encontrados diariamente nas estações e trens do Metrô.

Para comemorar a data, o Metrô preparou uma exposição que contará com alguns objetos pitorescos já encontrados nas estações e trens, que não foram reclamados no prazo estipulado, e agora pertencem ao Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo.

Nessa exposição, aberta ao público de 15 a 30 de junho, na estação Sé, também poderão ser conferidos painéis com várias fotos, relatos importantes e curiosos, depoimentos de funcionários e dados numéricos impressionantes dos itens encontrados nesses 30 anos de atividade do setor.

Inaugurado em 1975, na estação São Judas, quando os trens do Metrô circulavam somente pela Linha 1-Azul, do Jabaquara até a Vila Mariana, o Achados e Perdidos do Metrô, em 2 de fevereiro de 1981, foi transferido para a estação Sé, com a entrada em operação da Linha 3 – Vermelha. Atualmente, para facilitar ainda mais o acesso a este serviço, o Metrô conta com um segundo posto de atendimento, instalado na estação Largo Treze, da Linha 5-Lilás (Capão Redondo – Largo Treze, em Santo Amaro).

Desde a implantação do setor de Achados e Perdidos, o número de objetos encontrados no Metrô vem aumentando, acompanhando o ritmo de expansão da rede metroviária. A Central recebe em média 1.500 novos itens todos os meses. Desse total, 70% são documentos e os 30% restantes são objetos, na maioria das vezes sem identificação, como óculos, guarda-chuvas, bolsas, sacolas, pastas e aparelhos celulares.

Anualmente, a Central de Achados e Perdidos atende cerca de 130 mil usuários. Cerca de seis mil devoluções são efetuadas e 20 mil novos itens, entre objetos e documentos, dão entrada no setor. As estações em que mais se perdem objetos são a Sé, Barra Funda, Corinthians-Itaquera, Jabaquara e Santana.

Todos os objetos e documentos encontrados no sistema metroviário permanecem à disposição dos proprietários por um período de 60 dias. Os itens não procurados são encaminhados ao Fundo Social de Solidariedade do Governo do Estado. Já os documentos são enviados aos respectivos órgãos emissores. Em 2004, a média mensal de devolução foi de 35%.

Objetos Inusitados

Nestes trinta anos de atividades, muitos objetos inusitados passaram pela Central de Achados e Perdidos. Alguns deles de grandes dimensões e aparentemente difíceis de se esquecer, como fogão, aparelhos de TV, camas, bicicletas, cadeira de rodas, carrinhos de bebê, orelhão, saxofone e muletas. Alguns outros, um pouco menores, mas nem por isso menos importantes, foram motivos para algumas estórias engraçadas contadas no setor.

Certa vez, um senhor esteve procurando uma bolsa na qual estava a sua dentadura. Após minuciosa descrição, a bolsa foi localizada no Achados e Perdidos e entregue. No entanto, após cinco minutos, o senhor voltou ao setor alegando que a dentadura não cabia em sua boca.

Um outro caso curioso envolvendo dentes aconteceu com uma usuária, que perdeu o seu pivô, uma semana após o casamento, entre os bancos de um carro do Metrô. Os assentos tiveram que ser desmontados para que o tal dente fosse resgatado e devolvido a ela.

Nas inúmeras vezes que se perdeu dinheiro no Metrô, após o fato ser divulgado, várias pessoas apareceram alegando serem donos das quantias. Numa dessas vezes, em 1997, US 700 dólares foram encontrados na estação Santa Cruz. Assim que a notícia foi parar na imprensa, 19 pessoas apareceram no setor. Porém só uma delas fez a descrição precisa de como foi encontrado o montante, que estava todo dobrado e envolto num saco plástico.

Nos últimos anos, no entanto, o objeto que causou maior repercussão no Metrô, após ser encontrado dentro de um livro, no interior de um trem, foi uma carta de amor que pertencia a dona Carol, uma senhora viúva, de 85 anos. Na carta, enviada em 1930 por um admirador, que depois se tornaria o marido de dona Carol, havia a sua história de amor e de vida.

A devolução da carta a dona Carol emocionou o país inteiro e motivou o Metrô a realizar, no ano seguinte, o concurso “Apassionata – As mais belas cartas de amor do Metrô de São Paulo”, que reuniu 3.405 cartas, com posterior exposição das vencedoras nas estações.

Procure o Achados e Perdidos do Metrô

No caso de você perder algum objeto no Metrô, procure a Central de Achados e Perdidos. Na estação Sé, o atendimento é realizado de segunda a sexta-feira, das 8 às 18 horas, exceto feriados. Já na estação Largo Treze o setor funciona de segunda a sexta-feira, exceto feriados, das 8 às 17 horas.

No caso de documentos e objetos identificados, a consulta também poderá ser feita na Central de Informações do Metrô, pelo telefone (3286-0111), de segunda a sexta-feira, das 7 às 19 horas, exceto feriados, e aos sábados, das 9 às 15 horas, exceto feriados, ou por meio do endereço eletrônico do Metrô (www.metro.sp.gov.br).

Departamento de Imprensa do Metrô