Até o final do segundo semestre serão inauguradas mais oito unidades do programa Acessa São Paulo, que tem como objetivo a inclusão digital da população periférica da capital e do interior.
Serão criados dois infocentros comunitários na zona sul (um no Jardim Irene e outro em Heliópolis) e quatro postos públicos, sendo dois no centro da cidade e dois na Grande São Paulo (Osasco e Francisco Morato). Para o interior estão previstos mais dois: São Carlos e Sumaré.
Mais de 3 milhões de atendimento
A Imprensa Oficial do Estado executa o projeto, uma iniciativa do governo, por meio da Casa Civil, com apoio da Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp), prefeituras, empresas privadas e entidades comunitárias.
O primeiro posto começou a funcionar em julho de 2001, numa entidade comunitária do Jardim São Luís, zona sul. Hoje existem 131 postos, que focalizam todas as regiões do governo do Estado. São 61 infocentros no interior, 58 comunitários na capital e 12 postos públicos. De julho de 2001 a junho deste ano foram quase 3,7 milhões de atendimentos.
População carente
O coordenador do Programa Acessa São Paulo, Fernando Guarnieri, explica que há uma série de outros projetos sociais. “Há um mês lançamos a Rede de Projetos nos infocentros comunitários. Podem participar pessoas e instituições interessadas em executar ações, com a utilização dos micros dos infocentros, que beneficiem à população carente.”
Curso à distância
Pelo site www.acessasaopaulo.sp.gov.br, interessados acessam curso de informática à distância (Web Aula) e cadernos eletrônicos (apostilas ensinam noções básicas de uso do computador). Há também o link para o Dicionário Digital da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Com ele, o deficiente auditivo aprende verbetes e sinônimos de palavras, por meio de vídeos que mostram a correta comunicação de sinais.
O coordenador avalia que o programa cumpre o objetivo de possibilitar a inclusão digital, mas que é “uma gotinha d’água no oceano”. “Precisamos aumentar em 10 vezes o número atual de unidades até 2006 para atingirmos a meta de 100% de inclusão digital da população periférica, que atualmente é de 2,5 milhões.”
Há dois meses, o coordenador do programa e sua equipe trabalham na Imprensa Oficial e fazem parte do Núcleo de Projetos Institucionais.
Comunitários, municipais e públicos
Infocentros comunitários são instalados na capital em parceria com entidades de atendimento público. Cada unidade possui dois monitores, que auxiliam os usuários na utilização dos 10 microcomputadores para acesso à Internet e software.
Os funcionários, indicados pela comunidade e contratados pelo Estado, recebem treinamento de educadores da Escola do Futuro da USP.
Os infocentros municipais resultam de convênios com municípios do interior e do litoral. A infra-estrutura e a contratação de monitores são da responsabilidade das prefeituras, enquanto a Imprensa Oficial e o governo arcam com os equipamentos e a tecnologia. Cada unidade é dotada de três a dez micros, dependendo da extensão e demanda da cidade. A capacitação é feita com a assistência da equipe do Acessa São Paulo.
Os postos públicos são instalados em espaços físicos onde existam serviços do governo para a comunidade, como unidades do Poupatempo e do Bom Prato. O usuário pode utilizar um dos dez computadores dos postos durante 20 minutos.
Viviane Santos – Da Agência Imprensa Oficial
