Ação: Metrô implanta nova forma de manutenção para aumentar a produtividade

Esse novo método considera o grau de importância de um equipamento, por exemplo em uma estação

sex, 08/08/2003 - 16h01 | Do Portal do Governo

A Manutenção Centrada em Confiabilidade (Reliability Centered Maintenance – RCM) é a nova metodologia que a Companhia do Metrô buscou, por meio de seus técnicos da Gerência de Manutenção, para implantar em seus planos de manutenção.

Objetivo é incorporar tecnologias modernas, para otimizar seus custos e aumentar a produtividade, mantendo-se o padrão atual de qualidade e confiabilidade dos processos de manutenção do Metrô.

Priorizando sempre as necessidades operacionais e a disponibilidade do sistema metroviário para a população, essa nova forma de atuação altera o conceito de manutenção do equipamento para manutenção da função do sistema, com vistas ao atendimento ao usuário.

Esse novo método considera o grau de importância de um equipamento, por exemplo em uma estação, e auxilia na definição exata do momento e do tipo de intervenção de manutenção que deve ser utilizada para garantir a confiabilidade e disponibilidade do sistema.

Um bloqueio (catraca) da estação Sé, por exemplo, tem uma utilização maior do que um bloqueio da estação Praça da Árvore. A RCM define que a atuação da manutenção no bloqueio de Sé deve ser diferenciada e qual é o melhor tipo de ação a ser tomada para solucionar um eventual problema no bloqueio, face à sua função no sistema.

Desde o início de sua operação comercial, o Metrô é o responsável pelas suas manutenções, realizadas nos moldes da manutenção utilizada pela aviação, para manter o padrão de confiabilidade em seus trens e equipamentos.

Atualmente, as manutenções no Metrô são baseadas em Planos de Manutenção definidos com rigorosos critérios de desempenho, resultando em atividades preventivas, em períodos específicos, e atividades corretivas, quando necessário. Também é utilizada a manutenção preditiva, que faz o monitoramento do estado do equipamento, otimizando a utilização dos seus componentes, de forma a possibilitar uma intervenção antes da sua quebra.

Esses processos de manutenção consideram quatro premissas básicas:

  • Confiabilidade: quanto se pode confiar no equipamento sem que ele quebre;
  • Disponibilidade: quanto ele demora para ficar indisponível;
  • Manutenabilidade: quão fácil é consertá-lo;
  • Segurança: riscos provocados pelo equipamento com falha.

    Quanto melhor for o processo de manutenção, que já teve evolução ao longo do tempo de aplicação na Companhia, menos ele tem a se beneficiar com a RCM. Por outro lado, se aplicável, a RCM otimiza o processo de manutenção, uma vez que possibilita a utilização de ferramentas para reavaliar as atividades de manutenção atuais, de forma a obter o menor custo possível ou fazer mais atividades com o custo ou efetivo atual.

    A implantação da RCM no Metrô de São Paulo será direcionada, inicialmente, para os equipamentos das estações, em particular sua rede de subestações elétricas da linha 3 – Vermelha e sistemas de bombas da linha 2 – Verde , e na seqüência será estudada a sua implantação nos demais sistemas das estações e nos trens. O Metrô de Madrid também vem aplicando a RCM, com bons resultados, na sua frota de trens.

    Departamento de imprensa da Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô
    C,AM