Ação: Defesa Civil implanta Operação Verão 2003/2004 em dezembro

Durante a Operação Verão, são acionados Planos Preventivos e de Contingência de Defesa Civil

sex, 21/11/2003 - 16h40 | Do Portal do Governo

A partir de 1º de dezembro, a Defesa Civil do Estado estará coordenando em todo o Estado de São Paulo, a Operação Verão 2003/ 2004.

Trata-se de um apronto operacional que envolve autoridades e profissionais de Defesa Civil dos municípios, profissionais dos órgãos estaduais e municipais que desenvolvem ações de Defesa Civil (Secretarias, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Guarda Civil, Trânsito e outros), de Institutos Técnicos (Instituto de Pesquisas Tecnológicas – IPT, Instituto Geológico – IG e Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE), dos Coordenadores de Defesa Civil e principalmente, da comunidade das regiões contempladas por Planos de Defesa Civil. Em alguns casos, representantes de órgãos federais também participam das ações, de acordo com a necessidade de acionamento.

Durante a Operação Verão, são acionados Planos Preventivos e de Contingência de Defesa Civil, para problemas específicos das regiões identificadas como mais vulneráveis, no Estado: Baixada Santista e Litoral Norte (deslizamento), Vale do Ribeira (inundações), Serra da Mantiqueira e Vale do Paraíba (deslizamentos e inundações), região de Campinas (deslizamentos e inundações) e experimentalmente, nas regiões do ABCD Paulista e Sorocaba (deslizamentos).

O Centro de Gerenciamento de Emergências – CGE estará a postos, 24 horas, todos os dias, emitindo Boletins meteorológicos para cada uma das regiões do Estado, expedindo alertas quando necessário e monitorando os índices pluviométricos, visando orientar ações de remoção preventiva de moradores das áreas vulneráveis, em casos de risco iminente.

Além disso, a Defesa Civil contará com uma estrutura preparada para subsidiar as equipes municipais nas catástrofes, suplementando as necessidades prementes e orientando as ações.

Na Baixada Santista e Litoral Norte, apesar das fortes chuvas causadoras de deslizamentos, não foi registrado nenhuma morte, nos últimos sete anos. A região é pioneira na criação de um sistema de monitoramento desde 1988, quando foi implantado o Plano Preventivo de Defesa Civil – PPDC específico para escorregamentos de terra na Serra do Mar.

Seu êxito fez com que se tornasse modelo e referência de Planos para outras regiões, com problemas semelhantes. Participam do PPDC 08 municípios: Santos, São Vicente, Guarujá, Cubatão (na Baixada Santista), Ilhabela, Ubatuba, São Sebastião e Caraguatatuba (no Litoral norte).

No Vale do Ribeira, região que historicamente enfrenta sérios problemas com enchentes, foi implantado o PPDC específico para as inundações, que opera durante o verão desde 1997, ano em que ocorreram as maiores enchentes dos últimos anos, afetando mais de 13 municípios e deixando mais de 15.400 moradores da região desabrigados.

Desde então, foi criado um sistema de monitoramento hidrométrico, que passou a subsidiar tecnicamente o PPDC, conseguindo evitar mortes em decorrência das inundações nos últimos 6 anos e beneficiando 16 municípios vulneráveis às inundações: Barra do Turvo, Cajati, Eldorado, Iguape, Jacupiranga, Juquiá, Miracatu, Registro, Sete Barras (na região de Registro) e Apiaí, Barra do Chapeu, Bom Sucesso do Itararé, Iporanga, Itaoca, Itapirapuã Paulista e Ribeira (na região de Sorocaba).

No Vale do Paraíba, a partir do ano 2000, foi criado o Plano de Contingências para inundações e escorregamentos de terra da região, após o desastre que assolou o Vale e a Serra da Mantiqueira em janeiro do ano 2000, causando 11 vítimas fatais e deixando mais de 6.500 pessoas desabrigadas. Abrange 16 municípios: 14 no Vale do Paraíba (Aparecida, Areias, Bananal, Cruzeiro, Cunha, Guaratinguetá, Jacareí, Lavrinhas, Paraibuna, Piquete, Queluz, Santa Branca, São José dos Campos e São Luiz do Paraitinga) e 2 na Serra da Mantiqueira (Campos do Jordão e São Bento do Sapucaí).

Na região de Campinas, a partir do ano 2002, foi criado o Plano de Contingências para inundações e escorregamentos de terra da região, nos mesmos moldes dos Planos de Defesa Civil implantados em outras regiões vulneráveis do Estado.

No último verão, chuvas com intensidade superior a 140 mm acumulados em 90 minutos causaram 12 mortes, 06 feridos e afetaram mais de 3.800 pessoas. Foi a segunda maior média de chuva dos últimos 113 anos: a primeira foi registrada em 2001, atingindo 144,7 mm em no mínimo 16 horas. São índices que indicam a necessidade dos municípios estarem permanentemente preparados para enfrentar situações adversas, de origem natural (como as chuvas) ou tecnológica.

O Plano de Campinas abrange inicialmente 10 municípios: Atibaia, Amparo, Bragança Paulista, Campinas, Campo Limpo, Jundiaí, Limeira, Hortolandia, Pedreira e Socorro. Para este verão, poderá ocorrer a inclusão de novos municípios da região, sendo condição mínima a existência de equipe local de Defesa Civil, capacitada a operar tecnicamente o Plano, por meio de ações específicas.

Os destaques para este verão são 2 novos novos Planos de Contingências específicos para escorregamentos de encostas, que serão operados em caráter experimental, nas regiões de Sorocaba e do ABCD Paulista.

Em Sorocaba, estarão integrando inicialmente o Plano sete municípios: Sorocaba, São Roque, Araçariguama, Votorantim, Mairinque e Ibiúna, locais que apresentaram, após mapeamento de risco preliminar, maior vulnerabilidade aos deslizamentos de terra na região de Sorocaba.
Na região do ABCD paulista, também serão 07 municípios a integrar o Plano: Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.

Todos os planos possuem como parâmetros técnicos o monitoramento meteorológico permanente, monitoramento pluviométrico e vistorias de campo, ações que têm como objetivo identificar situações de risco iminente e promover a remoção preventiva dos moradores antes que ocorra o deslizamento. O maior objetivo é evitar mortes.

Do Departamento de Comunicação da Defesa Civil
C.A.