Ação: Defesa agropecuária intensifica controle ao morcego hematófago na região de Guaratinguetá

O morcego transmite a raiva nos herbívoros, doença que não tem cura

qua, 14/07/2004 - 20h12 | Do Portal do Governo

O Escritório de Defesa Agropecuária (EDA) de Guaratinguetá intensifica as ações de controle ao morcego hematófago, principal responsável pela transmissão da raiva dos herbívoros, uma doença transmitida pelo morcego hematófago, que não tem cura e traz prejuízos econômicos ao produtor.

São 9 equipes que estão rastreando os 18 municípios da região para orientar os produtores e localizar abrigos de morcegos hematófagos com o objetivo de reduzir a incidência da raiva.

Segundo o diretor do EDA de Guaratinguetá, Aluísio Ramos Ferreira, em duas semana de trabalho, foram vistoriadas 751 propriedades nos municípios de Arapeí, Areias. Foram localizados 36 abrigos e capturados 586 morcegos que receberam a aplicação da pasta vampiricida e foram soltos.

De acordo com a literatura, cada morcego tratado poderá eliminar até 10 outros morcegos. Apenas um morcego chega a consumir 30ml de sangue/dia o que debilita e enfraquece os animais, além do risco de transmitir a raiva. Os abrigos localizados estão sendo cadastrados por GPS para acompanhamento.

O trabalho de captura é parte das atividades de defesa agropecuária desenvolvidas no Estado de São Paulo e está condicionado à vacinação obrigatória de bovinos e bubalinos, eqüinos, ovinos e caprinos em 18 regiões do estado, nos meses de maio e novembro. Na etapa de maio o índice de vacinação na região do EDA de Guaratinguetá foi de 99,65%. O
índice do estado foi de 98,41%.

O número de focos em todo o estado vem reduzindo ano a ano. Segundo o médico veterinário Vladimir de Souza Nogueira Filho, responsável pelo Programa de Estadual de Combate á Raiva dos Herbívoros, da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), da
Secretaria de Agricultura e Abastecimento em 2002 foram registrados 207
focos, em 2003 foram 119 e este ano apenas 43.

A vacinação protege os animais quando atacados por morcegos contaminados. O criador deve estar atento sobre a ocorrência de mordedura nos animais. Caso apareçam muitos
animais mordidos, o que indica a presença de grande quantidade de morcegos, informar imediatamente o Escritório de Defesa Agropecuária.

Notando apenas um ataque pequeno, o próprio criador pode fazer a aplicação da pasta vampiricida, ao redor da mordedura. O morcego hematófago tem o hábito de retornar para sugar o sangue no mesmo local. Ao fazer isso, ele entrará em contato com a pasta, que provocará sua morte.

Assessoria de Imprensa da Coordenadoria de Defesa Agropecuária
C.A.