A área total de pastagem no Estado de São Paulo é de aproximadamente 10,43 milhões de hectares em 2002 (pequeno acréscimo de 0,78% em relação à de 2001), segundo levantamento preliminar do Instituto de Economia Agrícola (IEA) e da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), órgãos da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA).
As pastagens naturais apresentaram crescimento de 1,96%, para cerca de 1,62 milhão de hectares, enquanto as cultivadas cresceram 0,75%, para 8,77 milhões de hectares. No caso da área de capim para produção de semente, estima-se um decréscimo acentuado da ordem de 29,71% em relação à do ano passado.
Em relação à produção animal, o total de bovinos foi estimado em 13,58 milhões de cabeças (acréscimo de 3,27% em relação ao ano anterior), seguindo a tendência de crescimento no novo milênio. Por aptidão, o número de bovinos de corte não seguiu o resultado global, com pequena queda de 0,44%, para 6,89 milhões de cabeças.
O número de bovinos destinados à produção de leite inverteu a tendência dos últimos anos, apresentando evolução de 2,04%, para 1,74 milhão de cabeças no 1º semestre de 2002. A recuperação do preço do leite nos últimos meses deve acentuar ainda mais essa tendência no segundo semestre. Já o grupo de gado misto, apresentou crescimento expressivo de 9,40%, em relação a 2001, com o rebanho situando-se em 4,95 milhões de cabeças.
Do total de bovinos do Estado, cerca de 4,74 milhões de cabeças seriam enviadas para abate em 2002, número 3,30 % superior ao de 2001, o equivalente à oferta de 71,06 milhões de arrobas de carne.
A produção leiteira aponta queda significativa (de 6,95%) este ano, em relação a 2001, para 1,839 milhão de litros. A produção estadual de todos os tipos de leite apresentou decréscimos, quando comparada com a do ano anterior, de 0,67%, 8,22% e 6,80%, respectivamente, para os tipos A, B e C.
A menor produção de leite está associada à venda do plantel de vacas especializadas em muitas regiões importantes. A previsão é de 1,84 bilhão de litros de leite, dos quais 34,11 milhões de litros do tipo A, 324,58 milhões do tipo B e 1,48 bilhão de litros de leite do tipo C.
Já com relação à produção paulista de aves para postura, as estatísticas apontam a existência de um plantel de 44,75 milhões de cabeças. A expectativa da produção de ovos para 2002 é de 968,23 milhões de dúzias (2,83% a mais do que em 2001).
O número atual de aves de corte existentes no Estado está em 149,80 milhões de cabeças (redução de 1,46% em relação ao de 2001). O número de aves enviadas ao abate deverá atingir 511,31 milhões de cabeças (cerca de 17,17% a menos que o de 2001). A previsão de produção de frango em peso vivo apresenta uma queda da ordem de 15,13% em relação a 2001, para 1,06 milhão de toneladas, alterando o comportamento positivo observado no ano anterior.
O plantel atual estimado de suínos atinge 1,37 milhão de cabeças (queda de 18,74% em relação ao de 2001). Desse total, a previsão é de que 1,43 milhão de cabeças seja enviado para o abate (cerca de 14,50% a menos do que em 2001), resultando em produção de 130,21 mil toneladas de carne (12,69% menor do que a do ano passado).
Assim, este ano, as áreas de pastagens mantiveram-se praticamente inalteradas, o número total de bovinos cresceu mais de 3%, puxado pelo crescimento do gado misto, e houve acréscimo na produção de carne (3,30%) e de ovos (2,83%), mas queda na produção de leite (6,95%), frango (15,13%) e suínos (12,69%).
O estudo foi elaborado pelos pesquisadores Carlos Nabil Ghobril, Denise Viani Caser e Ana Maria Pereira Amaral.
Do Instituto de Economia Agrícola
C.A.
