Virada Cultural Paulista

O governador José Serra e o secretário estadual da Cultura João Sayad lançaram nesta quarta-feira, 7, a segunda edição da Virada Cultural Paulista, com a presença de prefeitos e secretários […]

qua, 07/05/2008 - 19h41 | Do Portal do Governo

O governador José Serra e o secretário estadual da Cultura João Sayad lançaram nesta quarta-feira, 7, a segunda edição da Virada Cultural Paulista, com a presença de prefeitos e secretários de cultura das 19 cidades que participarão do evento. Na ocasião, Serra fez o seguinte pronunciamento.

Governador: Boa tarde a todos e a todas. O Ed Tomas, além de deputado experiente, é comunicador de rádio, como vocês devem ter percebido. Eu queria, a todas as cerimônias do Interior, levá-lo junto, para ele falando em nome dos deputados. Claro! Tudo mais está presente, mas também é comunicador.

Queria cumprimentar a equipe, aqui, da Cultura, o Secretário Sayad, o André Sturm e o superintendente do Sesc de São Paulo. Se tem um fator que fez a Virada Cultural aqui na Capital dar certo, foi o Sesc. Realmente, a participação do Sesc tem sido essencial.

Queria cumprimentar também os prefeitos aqui presentes. O prefeito de Jundiaí, o Ari. De Sorocaba é o Vitor Lippi. De Indaiatuba, o José Onério da Silva. De São João, o Nelson Nicolau, que nos falou. E de São José do Rio Preto, o Edinho Araújo. Está também aqui o deputado Corauci Sobrinho, que foi meu colega em Brasília durante tantos anos. Os secretários municipais de Cultura, presidentes de fundações, diretores de departamentos. Enfim, a todos e a todas.

Fazemos agora mais uma rodada da Virada Cultural no Interior. Nós começamos aqui na Capital, quando eu era prefeito. Conseguimos, realmente, criar um novo tipo de programação cultural em São Paulo e – por que não dizer – no Brasil, uma vez que uma ação como essa, no plano cultural, nunca tinha acontecido. Nem nada parecido: vinte e horas de arte, teatro, música, dança.

Mobilizando a população nas ruas, ocupando o espaço da cidade, se entretendo, porque é um entretenimento muito bom, de boa qualidade. Também virando a noite, porque é feito a noite inteira. O programa atravessa toda a madrugada. Eu sempre fiz questão, também, quando estava na Prefeitura, de que assim fosse: realmente uma virada durante vinte e quatro horas.

Muita gente achava que não teria população, mas tem. Aliás, as igrejas evangélicas mostram isso. Fazem cultos de madrugada. Ou mesmo o Padre Marcelo, lá nas suas missas. Às vezes começa às seis horas, e o pessoal começa a chegar meia noite, para ter os lugares, e tudo.

Enfim, esse ingrediente da virada também é muito importante, que são vinte e quatro horas seguidas de programação. Não é só por que eu gosto de ficar acordado à noite, mas eu acho que a população, de vez em quando – não como eu que, é todos os dias – a população gosta de ter uma oportunidade desse tipo.

O que nós queremos, de fato, é que a virada pegue e vá ficando, ao longo dos anos, por conta dos municípios. Com a ajuda do Estado, mas que os municípios promovam. Fizemos descoincidir.

Num primeiro momento, se poderia pensar: Vamos fazer no Interior e na Capital junto com as Prefeituras. Mas fazer ao mesmo tempo tira o foco, por um lado, e, por outro lado, tira os artistas, porque boa parte deles se apresentou aqui, e vai se apresentar no Interior.

Então a descoincidência, neste sentido, foi deliberada. É algo que pegou, e nossa expectativa é que pegue por todo o Interior. Não há capacidade operacional. No ano passado, começamos com dez, agora praticamente 20, e não há capacidade operacional para expandir muito rapidamente, porque é um trabalho complexo, desta coordenação, de fazer ao mesmo tempo, ter todo o esquema de comunicação, fazer os contratos com os artistas.

Enfim, há muita coisa complexa por trás de uma programação que resulta até simples. Mas a nossa idéia é que isso vá pegando, que já entre na rotina dos municípios de São Paulo. Eu acho que o que aconteceu na Capital mostra que a idéia pegou. Aliás, sem que se identifique a origem, porque pegou como uma programação assim. Eu vi, muitas vezes, citações. Nem se fala que é a Prefeitura, no caso aqui da Capital.

Isto, do ponto de vista político-eleitoral, não é uma coisa boa. Mas, do ponto de vista da programação, em si, é, porque virou uma programação da cidade. Não é uma programação de um partido ou de um governo. Tem esse aspecto positivo também. Se bem que não custa lembrar de vez em quando que… Eu fiquei andando na madrugada da Virada Cultural de São Paulo. Ninguém lembrou que fui eu que comecei, que tive a idéia. Dá uma certa frustração, mas por outro lado tem esse aspecto positivo, de que parece algo natural que seja feito.

Bem, é isso. Eu desejo que as coisas andem bem. Vamos estar presentes em alguns lugares. No ano passado, eu só pude ir a São José dos Campos porque choveu e limitou o deslocamento entre diferentes cidades de uma região, que era o que a gente pretendia. Espero que este ano isso não aconteça. Que o tempo coopere. Como cooperou com a Virada Cultural paulistana.

Muito obrigado.