SP investe R$ 52,5 mi em obras de infraestrutura em Ribeirão Preto

Ribeirão Preto, 1º de outubro de 2009

qui, 01/10/2009 - 17h00 | Do Portal do Governo

Governador José Serra: Queria dar o meu boa tarde a todos e a todas. Cumprimentar a nossa prefeita (de Ribeirão Preto), a Dárcy Vera; o vice-prefeito (de Ribeirão Preto), o Marinho (Sampaio). Queria cumprimentar a todos os vereadores aqui presentes; o deputado federal Duarte Nogueira; o secretário (de Estado dos Transportes) Mauro Arce; o secretário (de Estado de Desenvolvimento) e ex-governador Geraldo Alckmin; o coronel (Luiz Massao) Kita, (chefe) da Casa Militar; os deputados estaduais Baleia Rossi e Rafael Silva, que tanto têm nos ajudado na Assembléia Legislativa (do Estado de São Paulo) a aprovar os projetos de lei, inclusive melhorando, que nós precisamos para impulsionar o desenvolvimento de São Paulo. Queria saudar também os prefeitos de Brodowski, Cássia dos Coqueiros, Santo Antônio da Alegria, Jeriquara, Cristais Paulista, Ribeirão Corrente, São Simão, Guatapará, Jaboticabal, Santa Rosa de Viterbo e Serra Azul. Saudar também os secretários do Município, os engenheiros e colaboradores do DER (Departamento de Estradas de Rodagens do Estado de São Paulo) e das concessionárias. Agradeço os integrantes do clube Faixa Branca, de carros antigos, que vão estrear aqui essa obra viária.

Bem, eu até vou pedir depois para a Darcy (Vera) o resumo das coisas que ela disse que nós estamos fazendo aqui em Ribeirão Preto, porque ela está mais atualizada do que eu. Mas, realmente, essa obra aqui, que é uma obra municipal, é uma obra fundamental para a cidade. E eu de fato tomei a decisão de colocar o Estado à disposição para resolver o problema em um engarrafamento que eu fiquei preso aqui, em um final de tarde. E, inicialmente, nós oferecemos o recurso para o (ex-)prefeito Welson Gasparini, (para) ele fazer o investimento, a própria Prefeitura. Mas o Welson, numa atitude rara, disse: “Não, eu acho que o Estado pode fazer melhor, tem mais traquejo, a concorrência vai andar mais depressa”. E aí, então, deixamos com o DER que, de fato, fez depressa – não é?

Em geral, quando a gente vem inaugurar, as obras já começaram, já foram colocadas à disposição (dos munícipes). Mas aqui não. Pelo que me diziam, ainda não abriu – não é Dárcy? – vai abrir agora, e vai ser um alívio muito grande.  Na verdade, essa obra deve ser encarada como uma obra que reflete uma aspiração e uma ação de todos nós. Todos aqui concorreram com seus esforços para que essa obra fosse viabilizada. É o sistema viário da avenida Castelo Branco. Juntando tudo, porque não é a única (obra), tem também elementos complementares, nós gastamos cerca de 28,6 milhões de reais, que saíram do Tesouro do Estado.

Vamos implantar também, ou já foram executadas… o dispositivo em desnível de acesso à avenida Brasil, no km 317, 318 da via Anhanguera… Foram construídas duas passagens inferiores, canal de drenagem e 300 metros de vias marginais. Aqui são 11,3 milhões de reais. Essa é uma obra que já foi concluída e que foi determinada pelo Estado às concessionárias que a executassem. Porque quando a gente faz concessão tem obras que as concessionárias são obrigadas a fazer. Isso faz parte da concessão E quem decide quais são as obras é o Estado. Portanto, este é um benefício trazido pelo sistema de concessão.

E outra questão importante é a remodelação do chamado dispositivo CEASA (Centrais de Abastecimento de Ribeirão Preto), no km 322,5 da via Anhanguera. Uma obra que envolveu terraplanagem, pavimentação, sinalização, drenagem e segurança. Essa remodelação vai atender o acesso principal ao CEASA e ao Distrito Industrial de Ribeirão Preto. São 4,1 milhões de reais e também é uma obra que já foi concluída.

Ribeirão Preto é uma região muito desenvolvida. Tem muitas demandas, como tem no Brasil inteiro, mas é uma região diferenciada. O interior de São Paulo já é diferenciado, já é bem mais desenvolvido do que a média do Estado e do Brasil. Mas Ribeirão é uma das áreas de ponta nessa matéria. E o que o Estado tem feito é contribuir. Na verdade, o mérito do desenvolvimento do nosso interior e da região de Ribeirão Preto é da própria região. Dos seus trabalhadores, dos seus empresários, dos seus administradores. E eu queria aproveitar aqui para me referir a algumas coisas que a prefeita já tocou no assunto.

Por exemplo, no que se refere ao Ensino Técnico e Tecnológico. Hoje nós vamos inaugurar uma FATEC (Faculdade de Tecnologia) em Sertãozinho. Mas é importante saber que das ETECs, das Escolas Técnicas, nós já caminhamos para duplicar o número de alunos nesta região – porque não é só com ETEC nova, que eu vou anunciar aqui também, mas ampliando a capacidade de alunos das Escolas Técnicas existentes. Habitualmente, as ações são identificadas quando se trata de algo novo. Quando se trata de expansão, do que existe, muitas vezes não é notado – mas custa a mesma coisa porque, tirando o investimento, que escola e saúde é o de menos, o que vale aí é o custeio, praticamente o gasto é parecido.

Além do mais eu quero anunciar aqui: nesta região nós vamos ter 3 novas ETECs, 3 novas Escolas Técnicas. Em Guariba, em Monte Alto e em Santa Rosa de Viterbo. Sem incluir essas, nós vamos chegar a 1.860 alunos. Na verdade, partimos de 720 – e, portanto, é mais ou menos… é perto de duas vezes meia a mais o número de alunos de Escolas Técnicas. E é o ensino que vira emprego, é o ensino que traz desenvolvimento. Eu queria cumprimentar a prefeita pela iniciativa deste novo Centro de Treinamento de Mão-de-Obra, FORTEC, pelo qual nós demos a nossa colaboração e vamos dar assistência através da Secretaria do Desenvolvimento, que cuida do Centro Paula Souza, que é o braço do Estado na área do Ensino Técnico e Tecnológico. O Paula Souza é um órgão do Estado, não é nem uma fundação – é uma espécie de autarquia. E às vezes eu fico achando… já ouvi uma vez as pessoas atribuindo uma FATEC ou uma ETEC à tia Paula, do Paula Souza. Não é nem tia, porque (o Paula Souza) era um engenheiro que foi fundador da Escola Politécnica (da Universidade de São Paulo) e é um órgão do Governo do Estado.

Quero aqui falar de uma área que sempre tem sido foco de atenção e também de tensão. Até o fim do mês nós já ativaremos, já estarão funcionando 10 novos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) no Hospital das Clínicas (de Ribeirão Preto), que é uma questão crítica UTI. As obras do Hospital da Criança prosseguem, ele vai ter 250 leitos. Já abrimos o Hospital Estadual – está consolidado um novo hospital com 50 leitos. Estadualizamos a Maternidade Mater já no ano passado e que, pouco a pouco, vai se adaptando e se expandindo como um hospital estadual. Aqui, é importante levar em conta algo que o Baleia Rossi mencionou: nós estamos criando uma rede em São Paulo de hospitais de reabilitação, para tratar dos deficientes físicos. São mais de 4 milhões (de deficientes físicos) em São Paulo, porque é mais ou menos 10% da população. Criamos uma Secretaria Especial (dos Direitos da Pessoa com Deficiência), com a doutora Linamara (Battistella no comando), que é quem cuidava e cuida ainda no Hospital das Clínicas (de São Paulo), da parte de reabilitação. Já inauguramos um grande hospital de reabilitação, modelo, na cidade de São Paulo. E vamos fazer 9, no total, no Estado, divididos regionalmente. Pois Ribeirão Preto vai ser sede de um desses hospitais de reabilitação. As obras vão ser iniciadas em novembro deste ano e nós esperamos concluí-las no primeiro semestre do ano que vem. O importante é que isso vai virar realidade. É um centro regional.

Raramente a gente faz alguma coisa… Esse viaduto é… Mas é raro que seja local – não é? A gente faz obras regionais, para atender as regiões. É sempre assim, porque a escala dessas obras é o que justifica o fato de não serem só para o Município. Ribeirão Preto já é um centro regional da maior importância, e o hospital de reabilitação vai ser para atender à nossa região. Bem, isso para não falar também do auxílio às Santas Casas, o Pró-Santas Casas e outras iniciativas dessa natureza.

Quero mencionar também que logo nós vamos inaugurar a primeira fase, que será finalizada neste mês, de ampliação do terminal de passageiros do Aeroporto (Estadual Dr.) Leite Lopes. Teremos concluído aí a primeira fase, ampliando muito a capacidade de atendimento dos passageiros. No programa Pró-Vicinais, de recuperação de (estradas) vicinais, a região de Ribeirão Preto é das que tem mais obras nesta área. São cerca de 1.110 quilômetros de vicinais que vão ficar como novas. Nós gastamos, em média, na recuperação de uma vicinal, metade do custo de uma nova. Como não tem terraplanagem, não tem desapropriação, é praticamente fazer a vicinal de novo. E Ribeirão, toda esta aérea da região de Ribeirão Preto, está excepcionalmente bem contemplada.

E nós vamos acabar neste mês 224 unidades habitacionais construídas aqui. E entre os empreendimentos da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano) está também aquele que vai permitir a mudança de famílias que estão no entorno do Aeroporto Leite Lopes, em moradias muito precárias e nós também vamos liberar mais a área do aeroporto. Isso já está em execução, além da Vila Dignidade que a Dárcy mencionou.  Na verdade, são 916 moradias em construção, mais 1.100 em projeto. E, no conjunto da região, são 2.176 em construção. E, já finalizadas, 1.053.

Portanto, nós estamos presentes em múltiplas áreas. Todas elas para apoiar o desenvolvimento econômico e o desenvolvimento social de São Paulo. E a gente sabe que o dinheiro que é investido aqui em Ribeirão Preto, na região, rende – não é? É um dinheiro, que bem aplicado, tem grande retorno econômico e retorno social. Isso nos dá segurança de que as coisas caminham bem, como São Paulo está caminhando bem. Nós conseguimos manter um elevadíssimo nível de investimentos neste ano, cerca de 20 bilhões de reais. É um investimento que chega perto de todo o investimento federal, o nosso orçamentário. Olha, também só conseguimos fazer isso por dois motivos: a imaginação criadora do nosso secretário da Fazenda (Mauro Ricardo Costa) e do secretário de (Economia e) Planejamento (Francisco Vidal Luna) e a colaboração da Assembléia Legislativa (do Estado de São Paulo), que na semana passada, inclusive, aprovou os votos favoráveis dos nossos deputados aqui, do Rafael, do Baleia, e de tantos outros deputados estaduais – eu acho que são os 2 só aqui presentes – aprovou o Projeto dos Recebíveis, que é muito complicado explicar do que se trata, mas que vai significar dinheiro para a gente manter esse nível de investimentos no ano que vem. Nós trabalhamos junto com eles.

E esse trabalho tem dado muito certo junto com as Prefeituras. Trabalhamos com prefeitos e com prefeitas sem olhar a cor da camisa, sem olhar a carteirinha de filiação partidária. Nós trabalhamos para todos e para todas. Nem sabemos fazer diferente. Estamos trabalhando pelo nosso Estado. Tratamos a oposição na Assembléia como parlamentares, eles também têm o acesso aos mesmos recursos orçamentários que têm todos os parlamentares. Devo dizer que nem sempre é fácil para a oposição fazer um discurso em São Paulo. Por isso eles (os opositores) ficam concentrados em atrapalhar a construção de presídios – não porque sejam contra, porque criticam também a falta de vagas em presídios – são 40 mil que estão faltando – ou falando mal das concessões que dão tão certo. Coisas dessa natureza, menores dentro de um debate político mais amplo.

Isso é porque São Paulo vai bem. E é muito bom que São Paulo vá bem, porque é um povo, é uma população, é gente que merece que o Governo atue direito – e pela contribuição que nós fazemos ao Brasil. Em São Paulo são arrecadados de 45(%) a 50% dos tributos que a União recolhe no Brasil, segundo o conceito de medida. Portanto, São Paulo ir bem ajuda o País a ir bem. E é com muito orgulho, às vezes, que eu ouço gente que vem de fora, que vem a São Paulo de carro, e diz: “Puxa vida! Eu nunca vi um sistema de estradas como o que vocês têm aqui, em todo o Brasil. Nunca vi um sistema hospitalar que vocês têm, como tem São Paulo.” Porque nós atendemos é muita gente de outros Estados. A Dárcy estava registrando que muita gente de fora de Ribeirão é atendida aqui em Ribeirão na área médica. Pois isso acontece com o Estado (de São Paulo) em relação a outros Estados.

Vocês pegam, por exemplo, o Hospital Pio XII, de Barretos, comandado pelo Henrique Prata. É um hospital filantrópico excepcional, é do SUS (Sistema Único de Saúde). Segundo dados que ele (Henrique Prata) me deu, 30(%) a 40% dos doentes de câncer vêm de outros Estados, e entram no teto per capita do SUS de São Paulo. Vocês vão lá no INCOR (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas), vão no (Instituto) Dante Pazzanese, que é um grande hospital de cardíacos também, de doenças cardíacas, vocês tropeçam na garotada, nos jovens que vêm de outros Estados se aperfeiçoar em São Paulo. Médicos que vêm fazer estágios e tudo o mais.

Nós (o Estado de São Paulo) temos um papel nacional nessa matéria, da mesma maneira que Ribeirão Preto tem um papel regional. Eu me lembro, quando eu era líder estudantil, que vinha aqui fazer agitação, a principal faculdade que tinha aqui era a de Medicina de Ribeirão Preto, que tinha a mesma qualidade da Medicina de Pinheiros, da USP (Universidade de São Paulo). Na verdade, elas concorrem em matéria de qualidade. Eu estou falando da primeira metade dos anos 60, isso mostra a vocação de liderança que esta cidade e esta região têm em nosso Estado e no Brasil.

Eu queria concluir dizendo que nós contamos com vocês, que vocês podem contar conosco e podem contar comigo pessoalmente. E dando meus parabéns a nós todos por esta obra que vai melhorar a qualidade de vida aqui dentro de Ribeirão Preto.

Muito obrigado!