SP investe em saneamento em Mococa

Serão investidos mais de R$ 3,6 milhões para tratar 100% do esgoto coletado

sex, 30/05/2008 - 20h07 | Do Portal do Governo

O Governo do Estado vai investir mais de R$ 3,6 milhões para tratar 100% do esgoto coletado em Mococa, no nordeste paulista. O anúncio foi feito pelo governador José Serra nesta sexta-feira, 30, em visita a ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) do bairro de José Justi, no município. Na ocasião, Serra fez o seguinte pronunciamento.

Governador: O Aparecido é santista, viu? Mas com o Santos tudo vai se compondo. Bem, queria cumprimentar o prefeito. O vereador Luiz Brás Mariano, presidente da Câmara, por intermédio de quem eu cumprimento todos os vereadores. O deputado federal, nosso amigo, Guilherme Campos. O deputado estadual e nosso secretário Sidney Beraldo.

O Mauro Arce, que é secretário dos Transportes. O Gesner, que é presidente da Sabesp. Os prefeitos de Torrinha, Casa Branca, São José do Rio Pardo, Tapiratiba, Pirassununga e Leme.

Queria cumprimentar também o Padre Celso Abreu de Jesus, da Paróquia Santa Luzia. Os secretários municipais, funcionários e diretores da Sabesp. Os alunos da escola de música do Projeto Guri, da Escola Municipal Professora Vera Sandoval Meirelles. Queria cumprimentar a Rosana, a nossa presidente do Fundo de Solidariedade de Mococa, e o secretário adjunto de Saneamento e Energia, Ricardo Toledo.

Bem, acho que tanto o Heraldo como o prefeito disseram o essencial das ações do Governo do Estado, aqui nesta cidade e na região. A questão do tratamento de esgoto é fundamental do ponto de vista ambiental e do ponto de vista da saúde. É essa a combinação, porque ela diminui a poluição sobre os rios, ela saneia o meio ambiente e também leva mais saúde para a população,  mediante a queda da mortalidade infantil.

Quanto é hoje a mortalidade infantil? 9.43. Bem abaixo da média do Estado, muito mais abaixo da média brasileira e regulada com padrões internacionais. Isto porque já tem 100% de água tratada nas casas, tem 100% de coleta e tem 75% de tratamento de esgoto. Nós vamos levar a 100% com esses investimentos. São cerca de R$ 3,7 milhões de investimentos feitos pela Sabesp.

Nós estamos avançando em todo o Estado, mesmo nas áreas onde a Sabesp não está, municípios pequenos de até 30 mil habitantes. Nós estamos também cooperando com as Prefeituras para levar 100% de tratamento, coleta e água limpa a todos os municípios, a todos os paulistas. Vamos avançar enormemente nessa direção. Não vai dar para resolver 100% de tudo, mas vamos avançar muito até 2010.

Hoje, Gesner, quantos municípios já têm 100% de tudo? Ou seja, nós vamos mais do que duplicar, até o final do governo, o número de municípios que têm 100% de tudo. Isso significa – como eu disse – saúde, meio ambiente, preservação dos nossos recursos hídricos.

Mas tem mais coisas aqui. Entre elas, a que o prefeito citou também da FATEC. Nós vamos ampliar a FATEC, introduzindo cursos bons na área do agronegócio e na área da informática. Aqui já tem uma eletrotécnica, que é considerada de primeira no Estado de São Paulo. Agora vai avançar mais ainda. Como disse também o prefeito, vai vir o Sesi para cá, já tem obras. Nesse sentido, vamos dar outro avanço aqui  em São Paulo na direção de uma mão de obra mais qualificada. Porque um grande problema que tem hoje é que falta emprego, mas às vezes chega uma empresa e não tem gente qualificada para trabalhar.

É um problema que envolve o Brasil inteiro. Nós em São Paulo saímos na frente. Vamos duplicar o número de FATECs até o final do nosso mandato. Duplicar. Encontramos vinte e seis, vamos deixar mais de cinqüenta e duas. E vamos aumentar o número de alunos de escolas técnicas de setenta e poucos mil para cento e setenta mil em São Paulo.

Todos os prefeitos sabem, o pessoal conhece, onde tem ETEC tem FATEC. Estamos ampliando também o número de vagas, que é o caso aqui. Aqui não vai ser criada uma nova FATEC, mas vai aumentar muito o número de alunos. Mais de quinhentos vão ser aumentados. Portanto, nós estamos fazendo essa expansão no Estado inteiro. Isso é muito importante. É das coisas mais importantes que a gente está fazendo no governo.

Na área de vicinais, também foi citado aqui, na região toda tem vicinais sendo refeitas. No Pró-Vicinais I, o Pró-Vicinais II já vai entar em licitação, depois vamos fazer o III e o IV. Não é, Mauro? Nós vamos praticamente remodelar, refazer toda a rede de vicinais de São Paulo de doze mil quilômetros. Sem falar das obras viárias, de estradas que a gente está fazendo e que vamos também acelerar.

As novas concessões, do Rodoanel em São Paulo, do trecho oeste que estava pronto, vão permitir terminar o trecho sul do Rodoanel. Depois nós vamos licitar mais cinco estradas. E essas cinco estradas também, nós vamos receber pela licitação R$ 2 bilhões, que nós recebemos pelo Rodoanel também. Esses R$ 2 bilhões vão ser investidos em estradas. Sem contar os investimentos que as concessionárias vão fazer. Isso não está contabilizado. Se for contar, eram R$ 8 bilhões a mais.

Ou seja, a gente criou um mecanismo que representa um circulo virtuoso em matéria de estradas. Porque a gente vai sempre melhorando, melhorando, ampliando. Isso significa também mais vidas poupadas, mais segurança. A boa estrada serve para a vida das pessoas pela segurança, e para a economia, pela rapidez e pela segurança do transporte de mercadorias.

Nessa questão de estradas, o que eu queria pedir era um pouco de paciência, porque a gente não consegue fazer os doze mil quilômetros de uma vez. Tem que ir uma etapa atrás da outra. Então nenhum prefeito precisa ficar preocupado porque todas as vicinais serão refeitas. É um problema de capacidade para refazer – não é, Mauro? – porque é muito difícil poder executar tudo ao mesmo tempo.

Vamos fazer também um amplo programa de acessos aos municípios das estradas. Vamos fazer um levantamento onde há problema de acesso, e criar um programa para o Estado inteiro nessa matéria. Porque esse é o melhor. Não é fazer um varejinho, uma coisa aqui, outra acolá. Não. Fazer um programa para todos. Um programa que respeite as necessidades de desenvolvimento de todos. É a nossa política. A gente não discrimina, nem favorece. É, nas concessões já estão, mas faltam muitas outras estradas do DER que não estão concedidas que estão faltando.

Aliás, quero dizer que nas concessões agora, daqui em diante, as concessionárias terão que manter as vicinais. Serão mil quilômetros com as novas concessões. Não dá para pegar área onde não está se fazendo a concessão. Mas nós vamos, depois disso, procurar renegociar os contratos para incluir as vicinais. É uma dor de cabeça permanente. Vocês sabem, as vicinais  são estradas municipais, mas a Prefeitura não tem bala, não tem capacidade de mantê-las bem. E aí o Estado tem que entrar. Ah, mas não é obrigação minha, entra depois etc. e tal.

O que a gente tem que fazer é criar um mecanismo permanente para evitar que esses problemas apareçam. Mesmo porque a manutenção é muito mais barata que a reconstrução da estrada. Mantendo bem, é muito mais econômico. É mais difícil para governo fazer isso, mas é muito mais econômico. Por isso, a gente tem que montar um mecanismo, ligado às concessões, porque aí há garantia de uma assistência permanente às estradas.

Bem, era isso que eu queria dizer aqui. Agradecendo a presença, cumprimentando a todos e a todas, e dizer que nós vamos continuar trabalhando.

O que eu quero é pressionar os prefeitos para que façam coisas. Em outras épocas, os prefeitos pressionavam os governos para o governo fazer coisas. Hoje, nós estamos pressionando os prefeitos para eles andarem depressa com os programas.

Trabalhamos em parceria com a Assembléia Legislativa. Não que seja fácil. Tem sempre que estar negociando, fazendo, tal, mas tem andado, tem dado certo essa parceria. Nós vamos continuar desenvolvendo, e, como eu disse, sem distinguir coloração partidária. Eleição é uma coisa, tem briga, tem disputa, é natural, antagonismos e tudo mais.

Outra coisa é governar. Governar a gente governa para todos. É o nosso dever fazer isso. Cooperar administrativamente Município, Estado, União e o Governo Federal. Sempre do ponto de vista administrativo, ter a melhor integração possível. Porque a população não elege um prefeito para ele fazer oposição ou ser situação, nem elege um governador para ele comandar uma oposição ou ser situação. Nem elege o Presidente da República para ele comandar um partido. A população elege um governante e quer que ele governe, e trabalhe em seu beneficio. Essa é a linha que nós seguimos à risca no Governo do Estado, e vamos levar assim até o final.

Muito obrigado. Conto com vocês, conto com os municípios, conto com os prefeitos. E contem também conosco. Pessoalmente, podem contar muito comigo.

Aliás, eu tenho aqui um agradecimento muito especial a Mococa, porque aqui eu tive praticamente 80% dos votos no primeiro turno. Dado realmente inusitado.

Muito obrigado.      

Prefeito: Quebrando um pouquinho o protocolo, para eu agilizar, estou entregando um pedido do povo mocoquense de obras contra enchentes, cujo projeto está pronto. Desculpe, mas é a oportunidade. Obrigado.

Governador: Muito obrigado.