Serra visita Araçatuba com a Caravana do Empreendedorismo

Governador: Eu queria dar o meu boa tarde a todos e a todas. Dizer da minha alegria de vir aqui a Araçatuba, que é uma cidade, e uma região, que […]

sex, 08/05/2009 - 23h00 | Do Portal do Governo

Governador: Eu queria dar o meu boa tarde a todos e a todas. Dizer da minha alegria de vir aqui a Araçatuba, que é uma cidade, e uma região, que eu gosto muito. Esta região tem se desenvolvido bastante recentemente, se destacando inclusive na geração de empregos dentro dessa verdadeira devastação de empregos que o país tem sofrido nos últimos meses, desde que a crise se agravou, a partir de setembro do ano passado.

Eu queria cumprimentar o prefeito Cido Sério (Aparecido Sério da Silva) e a sua esposa Aparecida; o vice-prefeito (de Araçatuba, José Carlos) Sanches Hernandes. Queria saudar também o nosso secretário do Emprego e Relações do Trabalho, Guilherme Afif Domingos. Saúdo o nosso secretário da Saúde, Luiz Roberto Barradas. Por causa da gripe (suína / vírus H1N1), hoje em dia eu tenho que levá-lo comigo para todo lugar, para poder falar desse assunto. Queria saudar também o deputado (federal) Jorginho Maluly, que tem nos apoiado muito. Ele é muito batalhador aqui pela cidade e pela região. E (quero saudar também) o nosso deputado Julio Semeghini, que é qualificadíssimo na Câmara Federal.

Queria saudar o deputado Roque Barbieri, estadual, vice-presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e aqui da vizinha Birigui. Queria cumprimentar a Tieza (Marques de Oliveira), vereadora de Araçatuba, que representa a Câmara Municipal. Queria saudar os prefeitos de Guararapes, Gusolândia, Itapura, Salmourão, Avanhandava, Bilac, Castilho, Gastão Vidigal, Glicério, Lourdes, Auriflama, Gabriel Monteiro, Mirandópolis, Pereira Barreto, Rubiácea, Santópolis do Aguapeí, Suzanópolis, Andradina, Bento de Abreu, Braúna, Brejo Alegre, Valparaíso. E quero também saudar aqui a minha amiga Maria de Lourdes (Marques de Melo), que eu vejo aqui com muita alegria, já se recuperando bastante e fazendo política de novo. É a nossa vice-prefeita (de Valparaíso), meu abraço, meu beijo muito especial para você.

Queria cumprimentar também os prefeitos de Lavínia, Birigui, Ilha Solteira, Oswaldo Cruz, Santo Antônio do Aracanguá, Penápolis, Nova Luzitânia, Sud Menucci, Nova Independência, Barbosa, Buritama, Coroados. Queria saudar também o ex-prefeito e ex-colega meu na Câmara Federal, Jorge Maluly Neto e a Therezinha (esposa); o Antônio Mendonça, que é o coordenador de Políticas de Empreendedorismo e o diretor executivo do Banco do Povo Paulista; o Carlos Leony Fonseca da Cunha, coordenador do Programa Estadual de Desburocratização e o Marcelo Melo, que coordena o Programa Emprega São Paulo.

Bem…, eu queria aqui inicialmente sublinhar algumas coisas a respeito das quais o Guilherme (Afif Domingos) fez exposição mais detalhada. Nós estamos fazendo uma grande ofensiva na questão do empreendedorismo e do emprego aqui em São Paulo. E temos quatro áreas que exigem uma colaboração estreita com as Prefeituras.

Em primeiro lugar, o Banco do Povo. Como disse o Guilherme, nós reservamos 120 milhões (de reais) para este ano. Para vocês terem em uma idéia, desde que foi criado, em (19)98, o Banco do Povo emprestou uns 600 milhões (de reais). Pois bem… em um ano, agora, nós vamos pôr 120 milhões, e para isso precisamos da colaboração da comunidade e das Prefeituras.

O Banco do Povo, como o Afif sublinhou, é um banco que funciona. O grau de inadimplência, de não pagamento, é mínimo. E são empréstimos pequenos – na média, talvez, de uns 3.500 reais, com juros de 1% ao mês. No Brasil não é juros de pai para filho, é juros de mãe para filho.

Nós continuamos com a maior taxa de juros do mundo, que agora vai começar a castigar a agricultura. Porque esta taxa de juros está atraindo dinheiro de fora. Imagina: nos Estados Unidos o sujeito tem 0% (de juros). Vem aqui (ao Brasil) e encontra o maná dos juros mais altos do mundo. Começa a trazer dinheiro e isso vai valorizando de novo a nossa moeda.

Quero dizer, Cido (prefeito de Araçatuba), que o Governo Federal está jogando fora um efeito importante da crise, que era colocar o dólar num lugar mais razoável, de dois (reais) e trinta (centavos), dois (reais) e quarenta (centavos). Está de novo revalorizando (o dólar), o que vai castigar de maneira cruel a nossa economia. E o Banco Central não é independente. O Banco Central depende do Governo Federal. Este é um problema grave, que se manifestou nesta semana.

Mas, eu dizia, (juros de) 1% ao mês (no Banco do Povo). Em qualquer país é uma taxa escorchante. No Brasil é uma taxa de pai para filho, de mãe para filho. Portanto, esse é um esquema que funciona. E funciona para apoiar o pequeno empreendedor individual. Funciona para o emprego.

Um segundo aspecto, é o (Programa) Emprega São Paulo, que vem dando muito certo. É um encontro entre demanda e oferta de força de trabalho. Realmente foi uma ideia que nós tivemos e que funcionou muito bem. Quantas dezenas de milhares (de pessoas) já foram (beneficiadas) pelo Emprega São Paulo no Estado? Colocados (em postos de trabalho foram) 50.000 mil (pessoas). Para (preencher as vagas do Emprega São Paulo) se usa até o torpedo por celular.

O terceiro aspecto é o Microempreendedor Individual (MEI). É uma lei federal para a qual nós colaboramos muito e, particularmente, o secretário Afif, que eu considero o principal idealizador dessa medida. (O objetivo) é eliminar a informalidade, gente que ganha, vejam só vocês, até trinta e seis mil (reais) por ano. Quer dizer… empresinhas informais que estão aí, à margem de tudo. Vamos integrá-las dentro do sistema da formalidade, que é uma vantagem para todo mundo, para a economia, para a pessoa, porque na medida em que (a empresa) está formal, pode fazer mais negócios. Nós temos a meta de chegar a 320 mil os empreendedores individuais a serem formalizados. E nisto as Prefeituras também têm um papel fundamental.

E, por último, temos o Programa de Qualificação. Nós estamos oferecendo bolsas de 280 reais, para trabalhadores desempregados terem cursos de qualificação. O programa para este ano prevê 40.000 vagas. Eu já fui à abertura desses cursos, e é realmente admirável. Eu fui num que tinha gente que era zelador de prédio, com profissões simples. O sujeito está desempregado e vai lá, faz um curso de qualificação e melhora tudo para ele: a chance de emprego, a dignidade, a esperança, porque o aprendizado é um valor em si. A gente, quando aprende, se sente melhor, não é? Porque sente que tem mais liberdade, tem mais possibilidade de aproveitar as oportunidades que possam aparecer.

Este programa de qualificação está inscrito dentro de um programa maior do Governo do Estado, que é o da expansão do ensino técnico e tecnológico. Aqui mesmo, em Araçatuba, nós fizemos uma ETEC nova, uma Escola Técnica, e fizemos outras dezenas pelo interior. E, mais do que isso, estamos aumentando o número de vagas (nessas escolas), para o jovem secundarista que está no Ensino Médio. De cada cinco formados num curso de um ano e meio, quatro conseguem trabalho. E nós temos feito isso também em colaboração com as Prefeituras. O custeio é do Estado, que é o que pesa, mas as Prefeituras arranjam o local – e isto tem funcionado muito bem São Paulo afora.

Bem… são estas as quatro áreas de cooperação, com vistas ao emprego, com vistas ao desenvolvimento de São Paulo. Mas eu tenho três outras coisas que eu queria expor aqui aos prefeitos, já que são dezenas presentes. Três programas do Governo do Estado que só vão dar certo se forem feitos em parceria com as Prefeituras.

Primeiro, o Cidade Legal. É o maior programa do Brasil de regularização de propriedade. Eu não estou disputando com ninguém, mas é um programa para beneficiar as condições de moradia como não houve outro no nosso País. São Paulo tem 800.000 famílias que ocupam lotes e residências irregulares que não podem deixar como herança, não podem servir para crédito e não podem vender diretamente.

Nós organizamos o programa com a cooperação da Assembleia Legislativa, que tem sido parceira do Governo do Estado. Tem sido muito parceira – quero fazer esse reconhecimento aqui – inclusive melhorando os projetos que a gente envia. Uma medida simples foi diminuir muito, mas muito, o pagamento dos emolumentos para o primeiro registro do imóvel. Muitas vezes eles ultrapassavam 2.000 reais, e agora, no caso das residências da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), estão a menos de 100 reais – e de outras (moradias) até a menos de 200 reais. Mas o programa é muito mais do que isso. Ele precisa da participação das Prefeituras, porque são os prefeitos os agentes. Eu não sei como é em todas as cidades do interior, mas eu presumo que em boa parte delas, cujos prefeitos estão aqui, existem problemas de irregularidades nos imóveis. E eu não sei também quantos (prefeitos) que estão aqui já aderiram ao programa.

Araçatuba é uma cidade maior, mas é muito importante que as menores também cheguem ao nosso secretário (da Habitação) Lair (Krähenbühl) para fazer esse trabalho. Se a gente conseguir avançar nisso, nós estaremos dando um passo enorme nas condições de moradia. Porque quando o sujeito tem a sua casa regularizada é outra coisa. Ele faz uma reforma, ele pode vender para comprar outra, não é? Convencemos os cartórios, inclusive com esse argumento, porque é o primeiro registro. No momento em que a casa está registrada, fica muito mais fácil depois ter uma movimentação que recai em benefício dos próprios serviços dos cartórios.

O segundo programa importante é o do fumo, o do cigarro. É uma notícia bastante divulgada. Eu assinei ontem a lei que resultou do projeto aprovado pela Assembléia, que nós enviamos, proibindo o fumo em lugares públicos fechados, em lugares sem ventilação. Isso não é para perseguir os fumantes, é para proteger os não-fumantes – porque o noticiário de ontem para hoje está meio enviesado, parece que a gente está querendo fazer diminuir o fumo daqueles que já fumam.

Bem… a lei é para proteger o não-fumante. Olha, tem um estudo muito bem feito, da Universidade de Harvard, que o (médico e escritor) Drauzio Varella publicou num artigo muito bem feito, na Folha (de São Paulo). Pegou 70.000 mulheres – 35.000 casadas com fumantes e 35.000 com não-fumantes, durante vários anos. Uma coisa incrível! Eu sou fanático por pesquisas e essa aí, então, é uma maravilha. Pois bem… depois de uns 10 anos, verificaram o seguinte: as mulheres casadas com fumantes tiveram duas vezes mais problemas coronarianos que as não casadas com fumantes. Isso é um exemplo, mas é definitivo. Não foi uma pequena amostragem, ou uma reportagem. Não, é uma coisa científica. Então, nós estamos protegendo os não-fumantes, os garçons, inclusive. Gente que fica trabalhando no local (um bar, por exemplo) durante muito tempo. E o Drauzio escreveu também uma coisa que eu confesso que não sabia: a pior coisa que tem não é a fumaça que o fumante expira; a pior coisa que tem é a fumacinha que sai da ponta do cigarro aceso. Ela é cinco vezes pior, em substâncias tóxicas, em tudo. Não me pergunte por quê. Essa é uma constatação.

Então, nós temos que fazer essa lei funcionar no Estado de São Paulo. O PROCON (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor) e a Vigilância Sanitária vão ter 500 pessoas (para fiscalizar). Esse negócio de que é multa de três milhões (de reais)… é sempre assim quando a gente fala que a multa é de setecentos reais a três milhões (de reais)… a manchete é multa de até três milhões. No dia seguinte sai multa de três milhões, e aí a coisa vai indo, vai se perdendo. Não acredito que vai haver dono de estabelecimento tão teimoso que vai ficar sofrendo multas crescentes. Só se for maluco. E a mesma coisa quanto à PM prender. Não se trata disso. Imagina que alguém começa a fumar do lado de crianças e não quer parar. Se não cumpriu a lei, tem que ser removido do local. Eu não acredito que isso vai acontecer. Um ou outro exibido, para ter seus 15 segundos de glória, pode querer fazer isso para aparecer na mídia, mas eu não acho que esse vai ser um comportamento freqüente.

Em outras cidades que aplicaram (essa lei), como Nova York e Buenos Aires, o programa tem dado muito certo. Em Nova York, inclusive, tem estudos que mostram, eu acho até exagero, que aumentou a freqüência em bares e restaurantes. Da mesma maneira que ninguém deixa de ir ao cinema… nunca me lembro de alguém que diz: “Não fui ao cinema porque não posso fumar.?”. Ou (deixou de ir) ao Teatro Municipal ou em qualquer teatro, não é assim? Então, por derivação, vai acabar diminuindo o (vício do) fumo nas pessoas. Porque largar o cigarro é a coisa mais difícil que tem. É mais fácil largar álcool e mais fácil largar cocaína do que o cigarro, por incrível que pareça. Por isso, a indústria de cigarro está voltada para que público? Para os adolescentes. Porque é o primeiro cigarro que importa. É o vício adquirido sempre na adolescência.

Quando eu era Ministro da Saúde, nós proibimos primeiro a propaganda, porque a propaganda era enganosa. Eu me lembro, todo mundo aqui lembra, pelo menos as pessoas que já passam dos 20, 30 anos, daquele cowboy do Marlboro, machão. Pois bem… aquele cowboy morreu de câncer no pulmão, por causa do cigarro. É incrível isso! Eu, quando era Ministro, trouxe o irmão dele aqui no Brasil para dar esse testemunho. Porque a indústria tenta associar cigarro a vigor físico, quando é o contrário. (A indústria) tenta associar cigarro a virilidade.

Por isso, quando nós resolvemos botar aquelas fotos nos maços de cigarro, a primeira que pusemos – e fui eu, modéstia à parte, o editor de arte daquela foto – (aparece o) sujeito na cama… a mulher chateada e o cara lá, paradão, porque fuma. Então, estamos mostrando: olha, você quer ser viril? Não fuma!

Mas, enfim, agora nós precisamos da colaboração dos prefeitos. O que a gente quer, Cido (prefeito de Araçatuba), é que você… aqui deve ter PROCON… assine um convênio com o nosso PROCON e também faça a fiscalização aqui. Nós precisamos disso. Tem que ter propaganda, as pessoas denunciando, os donos dos estabelecimentos cuidando e também a Prefeitura ajudando. Nós vamos precisar da ajuda das Prefeituras.

E uma terceira parceria importante: a questão dos deficientes físicos. Nós estamos dando em São Paulo um peso como nunca nenhum governo deu, no Brasil, em nenhuma esfera, à questão dos deficientes. Estão em andamento projetos, obras e seis hospitais de reabilitação, para tratar de gente que nasce com problemas, ou que tem derrame, ou que anda de motocicleta… que é um candidato sempre a virar deficiente físico, porque é a coisa mais perigosa que existe… pessoas que têm problema de cegueira… Enfim, todo mundo que tem problema de mobilidade.

São mais de 4 milhões (de pessoas com deficiência) aqui em São Paulo. Nós criamos uma Secretaria (dos Direitos da Pessoa com Deficiência), criei outra (quando era prefeito) na Capital (Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida). Nós estamos investindo, no Metrô, (em adaptações para os deficientes) mais de 80 milhões de reais, correndo atrás do prejuízo. Se (as adaptações) tivessem sido feitas na origem, não custariam quase nada. As novas estações a gente está fazendo assim. Agora, enfiar um elevador numa estação de Metrô, na Avenida Paulista, custa hoje muito dinheiro.

Eu não sei se vocês já conhecem o Museu do Futebol, é uma maravilha. É o melhor museu de futebol do mundo. Isso quem está dizendo são os estrangeiros que vêm aqui, chefes de Estado, presidente da FIFA (Joseph Blatter)… Não há nada de igual. Pois bem… nós fizemos no Pacaembu, que é um lugar antigo, embaixo das arquibancadas. A acessibilidade é 100%.

Fizemos um outro museu que também é um espetáculo, que é de ciência e tecnologia, para crianças de dois até adolescentes de 17 anos. Tem de tudo, biologia, ecologia, história, corpo humano, física, química. É na antiga sede da Prefeitura da Capital, o chamado Catavento. Lá era um prédio até mais antigo que o do Pacaembu, mas as escadas têm até um aparelho onde a cadeira de roda engata e as pessoas podem subir. Quer dizer, acessibilidade 100%. Nenhuma dificuldade para quem tenha qualquer tipo de problema.

O que que nós queremos das Prefeituras? Onde não tem, se for Prefeitura grande, criar uma Secretaria, ou então um Departamento. Em uma Prefeitura pequena, ter uma pessoa dedicada ao deficiente físico, com a acessibilidade, com o tratamento e com a articulação com a nossa Secretaria. A nossa secretária (dos Direitos da Pessoa com Deficiência), Linamara (Rizzo Battistella) é a médica que cuida de reabilitação no HC (Hospital das Clínicas) de São Paulo e está pronta para fazer todo o tipo de cooperação com as Prefeituras.

Eu queria insistir nesse ponto porque, por mais hospitais que a gente faça, nós não vamos cobrir o problema todo. É preciso que a sociedade tenha consciência desse problema, porque nós temos que dar plenas condições de cidadania (aos deficientes), para poderem exercer o seu papel de cidadãos e de cidadãs… para todos aqueles que tenham algum tipo de deficiência e têm muitas outras eficiências que não podem ser aproveitadas, muitas vezes por causa de um problema motor. Então, a gente queria que isso se generalizasse em todos os Municípios do Estado.

Bem… queria também aproveitar a oportunidade para citar algumas coisas a respeito da região. Queria fazer um anúncio também. É que nós resolvemos uma antiga demanda local, aqui de Araçatuba, que era uma demanda muito forte, do (deputado Jorginho) Maluly, quando ele era prefeito, que é uma demanda do Cido que é prefeito, que é uma demanda dos parlamentares: a instalação do novo anexo do Fórum no prédio do antigo Hospital Modelo. A obra, que é estimada em cinco milhões (de reais), agora tem o aval do Estado e a Assembléia Legislativa vota na semana que vem. Esta é uma antiga demanda que fica, assim, equacionada.

Uma outra questão é do acelerador linear para a Santa Casa. O (Luiz Roberto) Barradas (secretário da Saúde do Estado) já me disse que tem um milhão de reais para auxiliar a Santa Casa a construir a casamata (edificação com estrutura especial, que impede o vazamento de raios de cobalto emitidos pelo acelerador linear). Agora, por alguma disposição legal… eu confesso que não entendo do assunto… a casamata só pode ser feita depois que já tiver autorização para instalar o acelerador. E essa autorização depende do CNEN, Conselho Nacional de Energia Nuclear. Não depende do governo do Estado. Nós estamos em cima para que o CNEN possa aprovar no próximo mês.

Luiz Roberto Barradas Barata: Até o final do mês, governador, o CNEN deve aprovar a instalação da casamata. A casamata será construída até o final do ano. O dinheiro, um milhão de reais, já foi liberado em um empréstimo bancário da Caixa. O governo do Estado vai ajudar a Santa Casa e a gente acredita que, no início do próximo ano (2010), o acelerador vai estar aqui, para atender toda a região de Araçatuba.

Governador: Eu sei que essa é uma demanda importante aqui. Outra coisa é que nesta área (da Saúde) tanto a cidade de Andradina, como a cidade de Araçatuba, vão ter Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs), previstos para começar a funcionar entre o fim deste ano e começo do ano que vem. Este ambulatório é uma maravilha.

Lá em Votuporanga (por exemplo) são 15 mil consultas por mês. Tem 30 especialidades. Eu até aproveitei lá e fiz um exame de audiometria, porque eu aproveito. Outro dia, em São Paulo, eu fiz um de oftalmologia. Depende do lugar, a gente vai aproveitando para fazer. Mas, cinco mil exames por mês (são realizados em Votuporanga)… Isso desafoga hospital, desafoga o serviço da Prefeitura, melhora e tira filas – porque uma consulta de ortopedia é uma raridade para se conseguir (marcar) em um Estado como São Paulo, que é o que tem o sistema de saúde mais avançado (do País).

Então, os AMEs foram concebidos para isso. Nós estamos fazendo 40 no Estado de São Paulo. Estamos usando o critério de densidade demográfica e geográfica. E vamos fazer aqui nesta região, nessas duas cidades (Araçatuba e Andradina), que são as duas cidades com prefeitos do PT. O que mostra o jeito como a gente governa. Nós governamos para o povo, governamos segundo as necessidades existentes – e não para este ou para aquele partido.

Outra questão importante é na área viária. Nós temos um investimento previsto, aqui na região, de 370 milhões de reais. Há um projeto em elaboração, eu queria dar essa notícia aqui, para duplicar mais oito quilômetros do trecho urbano da Rodovia Eliezer Montenegro Magalhães, que é a SP-463. Ela já teve um trecho inaugurado por mim mesmo, aqui em Araçatuba. É uma obra para 234 milhões de reais que o DER (Departamento de Estradas de Rodagem) promete licitar até dezembro, porque está sendo feito o projeto.

Mas tem mais: neste mês sai o edital para duplicação de 1,2 quilômetro da Rodovia Teotônio Vilela, que liga Araçatuba a Birigui. Em Birigui, a Rodovia Roberto Rollemberg terá obras ao longo de 5 quilômetros, orçadas em 50 milhões (de reais). Só estamos aguardando a licença ambiental para ser iniciada.

Pelo (Programa) Pró-Vicinais, aqui na região, são 146 trechos perfazendo 1.130 quilômetros a serem reformados. É um investimento de 260 milhões de reais nesta região. Só Araçatuba teve 13 vicinais atendidas, o Município provavelmente melhor contemplado no Estado dentro desse programa. Eu não tenho certeza, mas pelo número eu acho que é. E não é um tapa buraco. É fazer a estrada de novo. Basta dizer que o preço médio, por quilômetro, equivale à metade do preço de uma vicinal nova, que tem que fazer terraplanagem, desapropriação etc. Realmente, a estrada é feita de novo. E nós estamos também desenvolvendo uma outra modalidade, que é a seguinte: nas novas concessões que estamos fazendo de estradas, o concessionário tem que manter as vicinais. Então, neste pacote de agora, já foram mil quilômetros que vão sendo mantidos pelos concessionários. E nós começamos a negociar a revisão dos contratos de concessão anteriores, para incluir as vicinais retroativamente – e aí eliminar uma das grandes amolações, que é a deterioração das vicinais, acelerada pela cana de açúcar. É uma coisa incrível para arrebentar vicinal! Então tem que ter a colaboração dos produtores e uma manutenção bem feita, porque a vicinal é do Município. A gente, para mexer numa vicinal, tem até que fazer um convênio. O Estado sempre vem remendando, mas o ideal é fazer a manutenção permanente.

Mais ainda: cerca de 170 quilômetros de estradas vão ser pavimentadas. Essas vão ser vicinais novas na região, três delas em Araçatuba. Araçatuba, além do mais, já ganhou uma FATEC, uma Faculdade de Tecnologia, que são essas faculdades de 3 anos. Nove de cada dez formados têm emprego. E prepara-se para receber também um Poupatempo do Governo do Estado.

Estas são as questões mais Importantes que eu queria aproveitar a oportunidade de estar aqui nesta cidade para apresentar. Questões na área do emprego, do trabalho e do empreendedorismo. Também as parcerias com as Prefeituras e as ações do Governo do Estado. Eu não estou aqui citando cada Município em particular, mas tenho certeza que poderia fazê lo.

Graças a Deus no nosso Governo, quando eu vou para um lugar – qualquer um no Estado, pode tapar os olhos – está cheio de coisa para dizer a esse respeito. Aliás, tem uma nova, que é a Virada Cultural, que vai ser feita no final de semana que vem, aqui em Araçatuba e em 20 cidades do interior. Virada Cultural é algo que eu mesmo criei quando prefeito da capital de São Paulo. Hoje, recebe três, quatro milhões de pessoas, virou um evento nacional e internacional. E nós queremos estimular para que se faça no interior.

O Governo não pode fazer nos 600 Municípios. Então, estamos fazendo nos 20 maiores, onde também os prefeitos se dispuseram a ser parceiros, porque é uma iniciativa típica da Prefeitura. Mas o Governo do Estado está ajudando e vai ter aqui em Araçatuba também no final da semana que vem. Aliás, por coincidência, para cá vem um conjunto de chorinho, Choro das Três, que eu quero recomendar muito especialmente, até porque foi idéia minha que elas participassem da Virada Cultural – e eu espero que a cidade curta, o Município curta. E que os outros prefeitos das cidades menores bolem também maneiras de fazer as suas viradas. (A programação tem) 24 horas, das seis da tarde de sábado até as seis da tarde de domingo. Não dormir no sábado à noite é uma moleza, tranqüilo, e dá perfeitamente para varar a noite e curtir bastante música, teatro, dança e tudo aquilo que houver no terreno das artes.

Isto é realmente uma coisa importante, porque a cultura é algo que agrega. Não é apenas o prazer, mas a gente enriquece cada vez que vê uma boa obra cultural, uma boa iniciativa cultural sendo apresentada.
Queria dizer que nós contamos muito com vocês, contamos muito com a região. E quero que vocês saibam que podem contar conosco e podem contar comigo a qualquer momento.

Muito obrigado!