Serra prestigia formatura de 180 delegados da Polícia Civil

São Paulo, 10 de novembro de 2009

ter, 10/11/2009 - 23h00 | Do Portal do Governo

Governador José Serra: Queria dar uma boa tarde a todos e a todas. Cumprimentar os delegados e delegadas, que são muitos. Cumprimentar também os seus familiares. Saudar o Egrégio Conselho da Polícia Civil; os docentes da Academia (da Policial Civil de São Paulo); o deputado federal Ricardo Trípoli, aqui presente; o Said Mourad, deputado estadual; o nosso secretário de Estado da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto. Queria cumprimentar também o nosso secretário de Estado da Fazenda, Mauro Ricardo Costa; o Domingos de Paulo Neto, delegado-geral da Polícia (Civil do Estado); Celso Perioli, superintendente da Polícia Técnico-Científica (do Estado); o Adilson José Vieira Pinto, diretor da Academia de Polícia (Civil do Estado) e patrono da turma de formandos. Queria também saudar o doutor Júlio Gustavo Vieira (Guebert), delegado Divisionário de Polícia e paraninfo da turma; o Augusto Eduardo Rossini, promotor de Justiça, coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Criminal, que representa aqui o procurador-geral Fernando Grella; o Dr. Marcos de Lima Porta, juiz de Direito do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo; o Dr. Romeu Francisco Matos, coordenador estadual dos Conselhos Comunitários de Segurança. Queria saudar também os prefeitos presentes, o vereador Celso Jatene e o orador da turma, André Luiz Jardim Barbosa. Saúdo também a deputada Maria Lúcia Amary. E o meu abraço aqui aos primeiros colocados: a Simone, a Marcela e ao Luiz Ricardo.

Nós consideramos que a atividade policial é uma das mais importantes do Estado. Não é apenas porque enfrenta a violência e promove a segurança da população – embora isso seja fundamental – mas também porque lida com um valor superior aos seres humanos, que é a liberdade, o valor superior da nossa sociedade, que é a democracia. Não há democracia sem segurança. A Polícia possui ainda uma outra função social da maior importância, que é o combate à impunidade. Daí porque, além dos conhecimentos técnicos e jurídicos, além da inteligência pericial, ela exige daqueles que a exercem características muito particulares. No caso dos delegados, além da coragem pessoal e do equilíbrio emocional, do conhecimento e da fidelidade às leis e à ética, ela redunda também, liderança. Liderança dentro da corporação, em relação aos subordinados, e liderança em relação à comunidade onde atua. A conquista, por vocês todos, de uma vaga que, realmente, foi uma proporção incrível – 190 vagas disputadas junto a 22.665 concorrentes. É realmente uma verdadeira proeza o ingresso, o que mostra muito bem o preparo técnico e intelectual desta turma. O preenchimento dos requisitos deste curso, entre os quais está o de ter conduta irrepreensível na vida pública e privada, reafirma a qualidade de todos vocês para o seu exercício.

Assim, esta formatura e este diploma os capacita a assumir efetivamente as suas responsabilidades, cumprindo os seus deveres funcionais, zelando pela legalidade e pelo direito, inclusive pelos direitos humanos. Como disse aqui o delegado Adílson, combinando de maneira muito correta, competente, a ética e a técnica na atuação policial. É muito simbólico que esta turma – que é histórica, pois neste ano a academia completa 85 anos de existência – é muito simbólico que tenham escolhido o auditório tradicional da faculdade de Direito do Largo de São Francisco como o espaço para a solenidade de formatura. São, aqui, mais de 180 anos de história. Nesta casa foram forjados muitos dos ideais da República. Aqui se expandiu a luta abolicionista, aqui como em todo o Brasil.

Aqui, como está escrito no monumento lá fora, no pátio – os estudantes sentiram bater no peito a heróica pancada, deixando dobradas as folhas dos seus livros, foram ao vento nas trincheiras de 1932 e da causa constitucionalista. É muito simbólico que este auditório tenha sido escolhido. Aqui nesta faculdade se formaram grandes lideranças jurídicas no País. Muitos dos seus maiores juristas e advogados, destacados servidores do estado, muitos dos quais notáveis delegados da Polícia Civil. É a partir de todo este legado, e dentro das melhores tradições da Polícia Civil de São Paulo, que vocês ministram agora o cumprimento da sua missão. Trata-se de uma missão dura, incansável, que muitas vezes impõe sacrifícios pessoais, muitas vezes envolve situações perigosas para a integridade física de cada um. É uma tarefa que pressupõe equipamentos, recursos tecnológicos avançados, mas que, sobretudo, exige profissionais qualificados, como vocês demonstraram ser através do vestibular e do curso completado.

Mas, entre as tradições da Polícia Civil, eu queria ressaltar duas que estão se consolidando ano a ano. Uma, é que cerca de 30% dos formandos deste ano têm sido mulheres – são 30%, mais um pouco vai bater na metade. A outra é que elas também têm conquistado o primeiro lugar de suas turmas, como é o caso da Simone Lee Suh, a quem eu tive o prazer de entregar o certificado do curso no dia de hoje. Este é um fenômeno que se repete também na Polícia Militar, onde várias vezes eu entreguei o diploma para oficiais ou soldados mulheres, de primeiro lugar. É uma mudança, sem dúvida, eu diria positiva ter a mulher assumindo um papel de destaque em atividades em relação aos quais no passado elas eram completamente afastadas.

Em seu nome, em nome delas, eu cumprimento todos os formandos, todas as formandas, desejando muito sinceramente que tenham sucesso em suas carreiras. Dureza contra o crime e respeito aos direitos humanos individuais – este é o lema do meu governo.

Muito obrigado!