Serra participa de homenagem ao vice-presidente José Alencar

São Paulo, 9 de novembro de 2009

seg, 09/11/2009 - 23h00 | Do Portal do Governo

Governador José Serra: Queria dar o meu boa noite a todos e a todas. Saudar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva; a dona Marisa Letícia; o vice-presidente José Alencar; dona Marisa Campos Gomes da Silva; o deputado Michel Temer, presidente da Câmara (dos Deputados); o prefeito (de São Paulo) Gilberto Kassab; o presidente da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf; a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, em nome de quem cumprimento todos os ministros aqui presentes; o deputado Barros Munhoz, presidente da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo. Meus colegas governadores de Santa Catarina, Luiz Henrique; do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius; do Amazonas, Eduardo Braga; do Tocantins, Carlos Henrique Amorim. Queria saudar também os senhores senadores Romeu Tuma e Eduardo Suplicy, e os parlamentares federais, estaduais e municipais aqui presentes, além dos prefeitos, membros da diretoria da FIESP, presidentes de federações, associações e entidades de classe, e familiares e amigos do José Alencar.

Quero dizer com toda a sinceridade que para mim é um motivo de muita satisfação participar desta solenidade de entrega do título de Presidente Emérito da FIESP a um homem que ao longo da vida, aliás, já reuniu várias outras presidências. Presidência da Coteminas, empresa que ele criou e que tornou uma das maiores do Brasil no setor têxtil, e do mundo. Presidência da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, uma das mais destacadas entidades brasileiras do setor. E presidência da República, quando das viagens do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao exterior.

É uma grande satisfação para mim, porque se trata de uma homenagem prestada a uma pessoa profundamente marcada pela fé. Fé em Deus como homem religioso que ele é. Fé no trabalho no qual – como mostrou aqui o Paulo Skaf no seu admirável discurso – se iniciou ainda criança, aos 7 anos, atrás do balcão do pequeno comércio do seu pai. Fé no papel da iniciativa privada como um dos motores essenciais para o desenvolvimento do Brasil. Fé em suas próprias convicções a respeito da importância da produção e do emprego como finalidade última do desenvolvimento da economia. Fé na democracia como valor fundamental para a sociedade.

A tudo isso, o vice-presidente José Alencar associa também um admirável traço de personalidade: a tenacidade em enfrentar dificuldades sem esmorecer, em particular no que diz respeito à sua saúde, o que muito impressiona os brasileiros e fortalece todos aqueles que enfrentam experiência similar. A sua trajetória é rara, mas não é incomum. Há outros exemplos em nossa história de empresários que nasceram no seio de famílias modestas e que ainda muito jovens se empenharam no trabalho. Empresários que começaram a vida morando na própria loja, atrás da prateleira, como ele fez. Mas raros e incomuns, mesmo, são a coragem pessoal do José Alencar, seu espírito público, sua postura humilde, sua simpatia, sua permanente alegria de viver. Vários são os aspectos que aproximam o vice-presidente do Brasil dos brasileiros de São Paulo: o seu dinamismo, a ânimo empreendedor, a consideração e a importância que atribui à produção, o entusiasmo pelos avanços da tecnologia e a confiança no futuro. São traços que nos são comuns e que aumentam ainda mais a nossa admiração por ele.

Pessoalmente, eu o conheci como presidente da FIEMG (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), quando me convidou para uma palestra sobre economia brasileira. Era eu líder do PSDB na Câmara de Deputados. Depois, (também) numa viagem que fizemos a Muriaé (MG), juntos, para a inauguração de obras na área da Saúde, e compartilhando também a condição de colegas no Senado da República. Esta afinidade do José Alencar com São Paulo parece até um caso de predestinação, pois o Município mineiro ao qual pertence o distrito de Itamuri, onde ele nasceu, denominava-se originalmente São Paulo de Muriaé. Hoje a denominação foi encurtada – é apenas Muriaé. Mas talvez para que o apóstolo não ficasse magoado, São Paulo foi mantido como padroeiro da cidade, e também como o nome de um dos colégios mais tradicionais, a Escola São Paulo, que nós vimos aqui num relance do filme, onde o vice-presidente estudou.

Então, de alguma forma, José Alencar e São Paulo sempre estiveram juntos, o que é mais uma razão para a FIESP e todos nós homenagearmos este homem que honra a sua cidade, que honra o seu Estado de Minas Gerais, como honra ao Brasil, como nos honra a nós todos. A importância e o valor de uma entidade não se mede apenas pela qualidade daqueles que a dirigem, mas também pela qualidade daqueles a quem ela homenageia. Neste sentido eu quero dar aqui meus parabéns à FIESP, pela iniciativa adotada. E sublinho ainda um aspecto singular: a FIESP homenageou como Presidentes Eméritos o Mario Amato, o Carlos Eduardo (Moreira Ferreira), o Antonio Ermírio (de Moraes) e o Luis Eulálio (de Bueno Vidigal). Quatro Presidentes Eméritos, sendo três que foram presidentes da FIESP. Não foi o caso do Antonio Ermírio. Mas todos eles paulistas. É a primeira vez que a FIESP entrega o título de Presidente Emérito a um não-paulista. A um mineiro e a um homem da qualidade do José Alencar. Meus parabéns, Paulo (Skaf), pela iniciativa. A você, à sua diretoria e a todos nós.

Muito obrigado!