Serra inaugura primeiro viaduto do Complexo Viário Jaraguá

São Paulo, 16 de junho de 2009

ter, 16/06/2009 - 23h00 | Do Portal do Governo

Governador José Serra: O meu bom dia a todos e a todas. Quero saudar os deputados (estaduais) Celino (Cardoso) e o Marcos Zerbini, que é um grande batalhador aqui; o Marcelo Cardinalle Branco (secretário municipal de Infraestrutura Urbana e Obras de São Paulo); o Alexandre (de Moraes), que é o secretário (municipal) de Transportes (de São Paulo); o Roberto Hamamoto, que é o nosso querido prefeito de Caieiras, aqui pertinho; os vereadores a quem o (Gilberto) Kassab (prefeito de São Paulo) fez as menções justas aqui: o Claudinho (Roberto Barbosa de Souza), o Paulo Frange e o Eliseu Gabriel. Queria também saudar os subprefeitos: de Pirituba (e Jaraguá), a Andrea (Catharina Pelizari Pinto), de quem eu já falei; o Ary Fossen, de Perus; o nosso querido Antonio Perosa. da Vila Maria e Vila Guilherme; e o Milton Persoli, do Ipiranga. Queira também saudar essas pessoas todas, um abração.

Eu estava uma vez num programa de rádio, quando era candidato (ao Governo do Estado), quando alguém daqui falou sobre o que acontecia com a porteira. Acho que eu estava com (o deputado estadual) Celino, e aí nós viemos para cá na hora. E eu vi o suplício que esta porteira representava para a população. Também tive uma porteira na minha vida, que era a porteira da rua da Mooca. Eu morava na parte de baixo e não passava pela porteira, mas depois mudamos para cima e todo dia tinha aquela porteira. Meu pai tinha úlcera, da qual veio a morrer depois, por causa da porteira. Porque ele era italiano, calabrês, impaciente, não aguentava ficar meia hora, 40 minutos esperando o ônibus, e o trânsito parado. Até porque muitas vezes vinha um sinalzinho, fechava a porteira e o trem não passava, ficava demorando, um suplício.

Esta obra começou na gestão do (ex-prefeito Celso) Pitta, em (19)99, há 10 anos. Na gestão seguinte, do PT, não fizeram essa obra. Nós pegamos a obra encalacrada, porque uma empreiteira tinha ganhado e tinha falido… E quando ela faliu, como é que passa para outra? Como é que paga? Como é que avalia aquilo que foi feito? E tinha problema no projeto também. Tivemos que refazer o projeto, nova concorrência… uma dor de cabeça infinita para poder resolver problema social tão importante. Antes tarde do que nunca, conseguimos fazer e ainda concluir no primeiro semestre da gestão nova do Kassab.

Eu ainda não estou satisfeito, porque quero a outra pista. Mas isso aqui já é um avanço enorme. Quantas pessoas passam por aqui? Oitenta mil pessoas de carro, fora a pé, que deve ser outro tanto. Portanto, isso vai melhorar… Eu acho, viu Gilberto, que poucas obras, pelo que custam, têm um valor tão grande para as pessoas… poucas obras. Às vezes, a gente faz uma obra enorme, gasta uma fortuna… tem benefícios, mas é relativo. Neste caso aqui é direto na veia das pessoas, para melhorar a sua vida. Agora, aqui, nos horários de pico, um carro chegava a esperar 50 minutos para passar 400 metros. É o cúmulo. Imagine o sujeito que vem do trabalho, quer chegar em casa, mora pertinho e tem que ficar 40 minutos… ambulância, tudo.

Portanto, é uma obra muito importante. Eu estava falando aqui com o Alexandre e o Marcelo, secretários da Prefeitura, e eles garantem que o segundo viaduto… O segundo viaduto não tinha no projeto original, era mal feito… porque quando começa a fazer mal uma coisa errada – pau que nasce torto cresce torto… Teve que refazer inclusive o projeto, porque não cabia… Se abrisse para duas pistas, ia abrir com engarrafamento, todo mundo xingando aqui…

Agora, boa parte de São Paulo tem engarrafamento sem porteira. Então, tinha que ter uma passagem mais decente, e eles fizeram muito bem de fazer duas – a outra já está em pleno andamento, pelo que eu vi aqui. Isso daqui tudo vai custar… O primeiro viaduto tem 240 metros de comprimento, é enorme. Às vezes a gente pensa: “ah não, é só dar um pulinho”. Não é não. Porque tem que começar antes, tem que remover ,arrumar todo o lugar, vai ser um negócio iluminadinho, todo arrumado… E nós também vamos fazer aqui obras da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), que estão em andamento.

A CPTM depende do Governo do Estado… E na estação tem uma disputa de trens, carros, pedestres e tudo mais. Por isso, a subprefeitura agora ocupada pela Andrea, uma mulher valorosa… Ela realizou obras de melhorias na passagem de nível na estação Jaraguá que são importantes e completam o que é necessário fazer aqui. O local ganhou calçamento nos dois lados da via pública, pavimentação e sinalização apropriada.

Eu quero dizer também – isso é a última coisa que eu vou dizer, mas não é a menos importante – é que a modernização da linha sete da CPTM, que passa por aqui, está em pleno andamento. Além da passagem para acesso à estação, a linha vai ser ampliada com 20 novos trens, 20 novos trens que já estão sendo fabricados. Cada trem deve custar mais que o viaduto, o trem custa uma fortuna. Mas isso vai permitir aumentar o conforto, a rapidez e a capacidade de transporte aqui na região. Essa, para nós, é uma prioridade. Nós estamos gastando muito dinheiro em São Paulo, e é uma época difícil de ter dinheiro, nos trens e no metrô, que são obras que só aparecem no dia seguinte em que foram inauguradas. Não adianta ter antes, não produz efeito na população.

Muitas delas nós não vamos conseguir terminar. Mas se eu não começasse, elas não terminariam nunca. Eu prefiro fazer coisas que não tenham um rendimento eleitoral, mas que garantam o futuro para as pessoas.

Enfim, é isso o que eu tinha a dizer. Eu estou realizado aqui e quero que o Alexandre, que é o secretário de Transportes, e o Marcelo Branco, que é secretário de Obras Públicas, saibam que eu vou continuar cobrando o segundo viaduto da Estação Jaraguá.

Muito obrigado!