Serra inaugura obra viária na Baixada Santista

São Vicente, 8 de junho de 2009

seg, 08/06/2009 - 23h00 | Do Portal do Governo

Governador José Serra: Queria dar o meu boa tarde a todos e a todas. Cumprimentar o prefeito (de São Vicente), Tércio (Garcia); o vereador Paulo Lacerda, presidente da Câmara (Municipal de São Vicente); o vice-prefeito (de São Vicente), Rogério (Barreto); os deputados federais Beto Mansur e Márcio França; os deputados estaduais Cássio Navarro e Luciano Batista. Queria cumprimentar também os secretários Mauro Arce (de Transporte, do Estado); Aloysio Nunes Ferreira (da Casa Civil, do Estado) e coronel (Luiz Massao) Kita, da Casa Militar (do Estado). O nosso Edmur Mesquita, diretor-executivo da Agência Metropolitana da Baixada (Santista). Queria saudar também aqui o presidente da EcoRodovias, Marcelino de Seras, que tem sido nossa parceira nesse trabalho; saudar o coronel Airton Araújo, comandante da PM aqui da região; e o coronel José Carlos Marcondes, comandante do 1° Batalhão (de Polícia Militar). Demais secretários, presidentes de associações de moradores, comunidade, a todos e a todas.

Esta obra tem uma utilidade concreta. Seja para os moradores do (bairro) Humaitá, seja para os usuários da (rodovia Padre) Manoel da Nóbrega. É uma obra que custou cerca de 28 milhões de reais, (paga) com dinheiro público que vem, inclusive, dos pedágios. É uma obra que foi feita, até concluída, três meses antes do prazo. E ela é acompanhada de outras que nós inauguramos há relativamente pouco tempo, aqui na região, lá em Cubatão. Mas, concretamente, também precede outras obras que nós faremos aqui, inclusive em convênios com a Prefeitura.

Nós estamos investindo, de fato, em acessos viários, aqui na Baixada, cerca de 284 milhões de reais. Eu sei que hoje o tema de grande interesse é o da Ponte Estaiada, que vai ligar Santos a Guarujá, cujo projeto básico encontra-se em contratação. É uma ponte que será feita com parceria, com a área privada, e deve envolver algo próximo a 500 milhões de reais. Terá, além do mais, um papel turístico importante, pela beleza arquitetônica, e eliminará um gargalo eterno, que é o gargalo da balsa. E nós podemos envolver, no caso, como eu disse, a iniciativa privada.

Na área de saneamento – esse é outro investimento importantíssimo aqui na região, e é o maior do Brasil – entre a Baixada e o Litoral Norte nós estamos tocando investimentos de 1 bilhão e 600 milhões de reais. Fundamentalmente, tratamento de esgoto, além dos emissários (submarinos). Isso vai significar menos mortalidade infantil, praias melhores, mais turismo, mais empregos e, ao mesmo tempo, uma melhor condição de meio ambiente para todo mundo. Isso está em pleno andamento, e já em outubro teremos novos resultados.

Outra obra digna de menção é a recuperação da Serra do Mar, que o nosso Edmur Mesquita e o coronel (Eliseu) Ecler (comandante geral da Polícia Militar no Estado) estão acompanhando no dia-a-dia. É uma obra complexa, cara, porque pressupõe realmente eliminar a ocupação da Serra do Mar, no Município de Cubatão, uma das regiões mais perigosas e problemáticas, mas eliminar oferecendo moradia para os atuais ocupantes das encostas da Serra.

Eu queria destacar… até perguntava para o (João Paulo) Papa (prefeito de Santos) sobre a construção de três AMEs (Ambulatórios Médicos de Especialidades), porque em Santos nós já instalamos, não é, Papa? O serviço é muito bom. Em média, esses Ambulatórios Médicos de Especialidades têm atendido quinze mil pessoas por mês, e (realizado) cinco mil exames médicos. Isso, em um serviço de muito boa qualidade, alivia os hospitais, alivia a pressão sobre as Prefeituras. E nós vamos fazer um AME aqui em São Vicente, e vamos fazer outro na Praia Grande, porque são obras regionais para serem, digamos, utilizadas por moradores de diferentes Municípios.

Aqui em São Vicente nós estamos pendentes do terreno, que a Prefeitura deve dar. As Prefeituras não participam do custeio, mas ajudam no caso da instalação que, devo dizer, é muito estratégica, muito importante. Mas de todo o modo é a parte menor, porque o gasto – na área de saúde a gente gasta por ano aquilo que custa para construir um hospital. O investimento que a gente faz na obra física é consumido em um ano com o custeio do hospital. Parece que (a localização do AME de São Vicente) é no Jardim Rio Branco – é o que a Prefeitura diz, mas a Secretaria da Saúde ainda não confirmou, e seria importante que esse assunto andasse depressa.

A unidade da Praia Grande vai ser inaugurada, eu creio que ainda neste mês, na Vila Mirim. Só na Praia Grande vão ser vinte e seis especialidades médicas. E, olha aqui, 18,7 mil pessoas por mês vão ser atendidas em consultas – e vão ser feitas (mensalmente) cerca de quarenta mil exames. Esse número que eu dei é o número médio para o Estado, mas em algumas circunstâncias o atendimento, é inclusive, bem maior. E a Praia Grande vai atender todos os Municípios vizinhos, Mongaguá, Itanhaém, Peruíbe, enfim, e até franja daqui de São Vicente, até que esteja pronta a nova AME aqui do Município.

Nós também ampliamos o número de leitos em Santos, Itanhaém e Praia Grande. São leitos que não estavam ativados, inertes, são cento e cinco leitos novos – e mais cem poderão ser abertos. Aqui, entramos principalmente em Itanhaém e na Praia Grande. O Hospital Regional de Itanhaém ganhou, além do mais, cinco novos leitos de UTI Neonatal no ano passado, e nós investimos cerca de 600 mil reais no hospital que nós pegamos.

Portanto, estamos trabalhando em muitas áreas. Eu queria só destacar mais uma, que é a área do ensino técnico. São Vicente ganhou uma Etec, uma Escola Técnica, no semestre passado. Só na Baixada, são cinco novas Escolas Técnicas, mais a ampliação do número de vagas na Etec, na Escola Técnica de Santos. Portanto, estamos investindo naquele ensino que gera emprego. Eu sempre fico muito triste quando vejo famílias pagando uma faculdade para o jovem, uma faculdade de Direito. Aí, chega na hora H o pessoal tem dificuldade de passar no exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Quase 90% (são reprovados)… perdendo cinco anos de dinheiro, de anualidade, de mensalidades. E no final não conseguem trabalho, pelo menos como advogados.

O ensino técnico proporciona uma profissão. Quatro de cada cinco formados têm emprego, no nível médio, o que não exclui depois a universidade. O garoto ou a garota com rendimento, com emprego. E nós estamos fazendo um programa muito vasto em São Paulo. Estamos aumentando em mais de cem mil vagas o ensino técnico no nosso Estado e o ensino tecnológico. As Fatecs (Faculdades de Tecnologia), que eu encontrei no número de 26, nós vamos levar para mais de 52, inclusive aqui na região. Eu não vou detalhar cada lugar, cada coisa, mas quero apenas fazer referência ao espírito e preocupação que nós temos tido com essa área. Inclusive, tem um programa que é muito pouco sabido – não o nome do programa, Emprega São Paulo – mas nunca se diz que o Emprega São Paulo é um programa do Governo do Estado, organizado pela Secretaria do Trabalho, que arranja empregos pela internet e que está funcionando muito bem. Vire e mexe vêm as notícias a cada semana, gente que está procurando, gente que está precisando.Esse é um programa que está deslizando, realmente indo muito bem. Inclusive com torpedos pelo telefone celular. É uma coisa rápida, que poupa tempo, que agiliza o mercado de trabalho.

Estamos fazendo – este ano vão ser 40 mil pessoas – treinamento para quem está sob o seguro desemprego. Estamos ampliando também os cursos diretamente técnicos, com estudantes de ensino médio em convênios com SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), com SENAC (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) e com o próprio Centro Paula Souza, que é do Governo do Estado. E também os cursos à distância, como o Teletec, feito pela Fundação Paula Souza em parceria com a Fundação Roberto Marinho.

Este ensino todo aqui na Baixada está voltado ao futuro aproveitamento das reservas de gás e de petróleo do litoral. Nós estamos nos preparando para isso, não apenas aqui na região da Baixada, como também na região do Vale do Paraíba, cobrindo todo o litoral. São Paulo está à frente em matéria de treinamento, de qualificação de pessoas para assumirem as novas responsabilidades do nosso desenvolvimento.

Portanto, é um dia de satisfação pra mim vir aqui. Quero dizer que já vim a São Vicente… estava olhando, por curiosidade, no mapa que me deram… cinco vezes – esta é a sexta vez. Em Santos, (vim) onze vezes… No Guarujá, apesar de que eu estou devendo uma visita à prefeita (Maria Antonieta de Brito), quatro vezes. Em Praia Grande, (já estive por) três vezes. Itanhaém foram duas vezes. Em Peruíbe eu (também) já estive.

Nós fazemos um trabalho voltado para a população. Não é um trabalho partidário. É um trabalho voltado para as pessoas. No Governo, a gente não pode fazer um trabalho partidário. Aqui é um Município governado por partido que, no plano nacional, é oposição, inclusive a mim, trabalhando contra a hipótese de eu poder vir a ser candidato. Mesmo assim, nós trabalhamos pelo Município e trabalhamos pelos outros, qualquer que seja a origem partidária. A nossa responsabilidade é com a população, não é com partidos. Nós não governamos para partidos, como outros fazem. Nós governamos para as pessoas que nos elegeram, e também para aquelas que não nos elegeram, porque o Governo do Estado é de todos os paulistas – e é assim que a gente tem trabalhado, e é assim que nós vamos continuar trabalhando.

Queria agradecer a presença de todos e parabenizar a Baixada e, muito especialmente, este Município de São Vicente, pelo qual eu tenho um carinho especial. Na época do governo (Franco) Montoro, eu fui aquele que, no governo… isso já faz mais de vinte e cinco anos… deu os recursos para aquela famosa Ponte dos Barreiros, que hoje já deve estar velhinha. Naquela ocasião, quem era o prefeito? Era o Sebastião (Ribeiro da Silva), um homem emocional, explosivo. E desde aquela época, na vida pública – eu não me refiro a quando era criança, e aqui vinha com os meus pais – tenho uma vinculação muito próxima com as questões de investimentos, com as questões que afetam a população mais carente deste Município e desta região.

Portanto, podem continuar contando conosco e podem continuar contando comigo.

Muito obrigado!