Serra inaugura 1ª rede de diagnóstico por imagem da AL

São Paulo, 13 de outubro de 2009

ter, 13/10/2009 - 15h58 | Do Portal do Governo

Governador José Serra: Queria dar o meu boa tarde a todos e a todas. Cumprimentar o Dr. (Luiz Roberto) Barradas, nosso secretário (de Estado da Saúde); o Euler de Paula Baumgratz, que é superintendente da Associação Congregação Santa Catarina; a Miriam (Blom), diretora executiva do Serviço Estadual de Diagnósticos por Imagem; os diretores das unidades usuárias, médicos e funcionários.

Em primeiro lugar eu queria agradecer aos nossos parceiros do (Hospital) Santa Catarina. Eles tocam aqui o Hospital de Pedreira, que para nós é um motivo de orgulho em matéria de hospital público em São Paulo. Atendimento gratuito, universal, de muito boa qualidade. E a gente sabe que tem muita gente que quer acabar com isso, embora o atendimento seja gratuito, universal e, economicamente, seja mais produtivo – porque atende mais gente com menos gastos. Agora o pessoal do Santa Catarina está dando um outro passo nessa nossa parceria, que é esse Serviço Estadual de Diagnóstico por Imagem, o primeiro da América Latina.

Eu sempre defendi a tese, principalmente a partir da minha gestão no Ministério da Saúde, de que nós temos que, em matéria de Saúde no Brasil, caminhar com duas pernas: a perna do atendimento básico, da prevenção, e a (perna) do atendimento de maior complexidade, mais sofisticado. Temos que cuidar do agente comunitário de saúde até o diagnóstico por imagens. Essa é a área da Medicina que tem experimentado a taxa mais elevada de progresso técnico, progresso tecnológico. É onde mais tem avanços. Outro dia eu fiz uma ressonância magnética no pé e quem fez havia duas biomédicas que são especializadas em diagnóstico por imagem. Eu até disse: vocês devem estar ganhando bem porque o mercado está bom para quem entende de imagens, para quem sabe fazer os exames e sabe analisar.

Agora, qual é a inovação aqui? A inovação é que nós vamos ter uma central que tem capacidade para analisar os exames de imagens feitos em outras cidades. Isso traz algumas vantagens. A primeira, óbvia, é que nessas unidades que vão mandar os exames para cá não se necessita ter um especialista, um radiologista para analisar – basta fazer a imagem, vem tudo para cá. No futuro vai ser tudo centralizado. Nós estamos começando isso agora. Começando no Brasil e, como diz o Barradas, na América Latina. Ou seja: nos Municípios mais distantes basta ter um aparelho para uma radiografia, uma ressonância magnética, uma tomografia… O que mais tem?

Luiz Roberto Barradas, secretário estadual da Saúde: Raio-X…
Governador José Serra: …Raio-X… Basta ter o aparelho, faz-se o exame e vem para cá (para a central) para analisar. Mais ainda: o especialista daqui pode até orientar a respeito do exame, em certas circunstâncias. Tudo isso por internet. E internet não por cabo, mas por rádio, para oferecer mais segurança de não interrupção, de continuidade dos serviços. E começa com uma capacidade elevada. Em potencial, uma capacidade de 1.500 exames por dia, 45 mil por mês, porque isso inclui também fim-de-semana.

Hoje… são quantos hospitais que vão estar ligados aqui? 3. Nosso plano é elevar para 50 no Estado de São Paulo. E no futuro isso poderá ser feito em escala nacional. Portanto, é um avanço enorme, tem um simbolismo incrível – e realmente eu dou aqui meus parabéns, tanto à nossa Secretaria (da Saúde), ao Barradas (secretário), quanto aos nossos parceiros que estão assumindo este encargo.

Por outro lado, tem também uma outra vantagem extra. Vai melhorar a qualidade dos exames, a precisão dos exames, porque nós vamos ter uma concentração de especialistas, como se estivessem no lugar (onde é captada a imagem), porque a transmissão é feita com qualidade perfeita. E a gente sabe ainda das outras possibilidades que existem fora da área de imagem, até de cirurgias, de serem acompanhadas e tocadas em parte à distância.

Estamos inaugurando aqui um caminho, e eu tenho certeza que esse é o caminho do futuro. E, como eu disse, isto combinado com o atendimento básico, que em São Paulo vai indo muito bem. A prevenção. A vacinação, que (também) é prevenção. O atendimento básico primário, inclusive com unidades que a Prefeitura toca aqui em São Paulo, fora as UBSs (Unidades Básicas de Saúde). Os AMEs (Ambulatórios Médicos de Especialidades, mantidos pelo Governo estadual), que nós estamos disseminando no Estado de São Paulo, que são de consultas de especialidades. E vai se avançando na escada, degrau por degrau de um atendimento completo, que vai do básico até aquilo que tem de mais sofisticado em matéria de Medicina. E o Brasil, aliás, tem conseguido fazer essa combinação razoavelmente, porque nós temos uma Medicina de ponta, que não deve nada ou deve muito pouco àquela dos países desenvolvidos. E aqui em São Paulo nós procuramos colaborar para esse processo, para que o nosso País esteja sempre à frente.

Queria, de novo aqui, agradecer aos nossos parceiros. Avisar… já que aqui na Capital, ainda neste ano, até o fim do ano, vão entrar dentro do esquema o Hospital do Mandaqui, Hospital Estadual de Carapicuíba e até um Ambulatório Médico de Especialidades – porque agora nós vamos poder ter equipamentos nos AMEs sem ter lá um especialista, o que sai muito mais barato, basta fazer, manda para cá e já tem a resposta. Imaginem… resposta essa… na média, no máximo… 30 minutos. Na média pode, alguns casos serem mais demorados, mas o paciente pode até ficar esperando no local. Eu me lembro de ter feito exames desses. No final te dão um envelopão, você leva debaixo do braço e fica levando para todo o lado, para ser analisado. Isso vai acabar, se é que já não acabou. Realmente nós vamos ter todo esse sistema interligado, à prova de esquecimento e à prova de imprecisões.

Portanto, quero dizer que poucas vezes eu venho a um lançamento que me deixa tão satisfeito, tão realizado e tão orgulhoso de poder estar dando este impulso inicial nessa nova tecnologia.

Muito obrigado!