Serra entrega vicinais recuperadas em Ribeirão Preto

Governador: Nós viemos aqui hoje para, simbolicamente, inaugurar duas obras numa mesma estrada: a duplicação e a recuperação da rodovia Abrão Assed, SP-333, no trecho que une Ribeirão Preto a […]

sex, 27/03/2009 - 23h00 | Do Portal do Governo

Governador: Nós viemos aqui hoje para, simbolicamente, inaugurar duas obras numa mesma estrada: a duplicação e a recuperação da rodovia Abrão Assed, SP-333, no trecho que une Ribeirão Preto a Serrana. Isso significa, em termos de dinheiro, 71 milhões de reais. É uma duplicação cara, mas que se justifica do ponto de vista econômico, pelo transporte de mercadorias; do ponto de vista social, pelo transporte das pessoas; e, do ponto de vista da segurança porque, essa era uma estrada com grande número de acidentes, que esperamos diminuir drasticamente agora.

Ainda hoje vou a Taquaritinga, para inaugurar outra duplicação, de 19 quilômetros, entre aquela cidade e Jaboticabal, e em toda esta região temos mais dez vicinais refeitas – seis aqui, e quatro em Taquaritinga. As daqui são de Brodowski-Jardinópolis; Serrana-Altinópolis; Sertãozinho-Barrinha; Santa Rosa do Viterbo-Cajuru, São Simão-Serra Azul e Jardinópolis. Na verdade, nós estamos refazendo essas estradas: elas ficam como novas em folha. O custo é metade do de uma estrada nova – isso dá uma idéia da grandeza do que se faz, porque não tem desapropriação, e a terraplanagem é menor. Estamos fazendo um programa em quatro etapas, para até o final do governo arrumar os 12 mil quilômetros de estradas vicinais de São Paulo. Mais ainda: aquelas que ficam próximas das estradas nas últimas concessões que nós fizemos, vão ser mantidas pelas concessionárias – o que vai significar, pelo menos, mil quilômetros de vicinais porque vão ser permanentemente mantidas pelas concessionárias.

O que nós estamos conseguindo fazer nessa crise? É reforçar todo o sistema de formação profissional através das Fatecs, das Etecs, do Programa da Secretaria do Trabalho para emprego, para melhora da qualificação daqueles que têm seguro-desemprego – este ano vamos ter 60 mil da Secretaria da Educação, que está fazendo convênios com o próprio Estado, através do Paula Souza, e mais o SENAI e mais o SENAC, para treinar o pessoal do ensino médio… Muita ação nessa área… Mas, acima de tudo, nós estamos mantendo os investimentos programados para este ano, apesar da crise, e apesar de que são os maiores investimentos da história do Estado de São Paulo: 20 bi… mais de R$ 20 bilhões que nós estamos mantendo durante a crise. E, portanto, estamos dando uma contribuição enorme à defesa do nível de emprego em São Paulo. Não vai dar para contrabalançar, não. O problema do emprego está relacionado com a crise internacional e com o fato de que o Governo Federal não tomou as providências para melhorar o sistema de crédito do Brasil, porque manteve as taxas de juros do país as mais altas do mundo, ainda agora, quando o mundo inteiro foi em outra direção. Isso maximizou, ampliou o efeito da crise em relação à qual o Brasil tinha todas as condições para ser melhor defendido.

Agora, aqui na região, eu queria só apenas citar algumas coisas. Na área da Saúde outro dia nós fizemos uma pesquisa com 60 mil usuários. Nós mandamos correspondência para o pessoal atendido pelo SUS. Mandamos assim, perguntando: “o senhor ou a senhora foi atendido nesse procedimento, nisso, naquilo, custa tanto, não pagou, não tem que ter pago nada, qualquer irregularidade avise, porque tem porte pago para devolver”. Além disso, tem a apreciação sobre as unidades de saúde existentes, sobre a qualidade do atendimento. Então, pegamos aí dois meses e avaliamos os hospitais de São Paulo.

Sessenta mil pessoas… As melhores maternidades, cinco, e os melhores hospitais, em geral 10. O hospital… o HC de Ribeirão Preto – que é 2/3 recursos do orçamento do Estado e 1/3 do SUS – que é de toda a população – o hospital pegou em segundo, o HC. Na verdade, foi o primeiro, como hospital geral. Porque o primeiro que pegou foi o Hospital do Rim, em São Paulo, porque é um hospital pequeno, relativamente – e que faz transplante de rim. Quer dizer: a pessoa que sai com um rim novo dá nota 10 na hora. Está certo, botou um rim novo. Mas aqui é um hospital geral – e é muito mais difícil de ter uma boa qualificação, está certo? Porque tem muita coisa. Isso mostra o nível que aqui tem. Ribeirão Preto é uma cidade da saúde – e nesse sentido não é estranho que tenha problema de saúde. Por quê? Porque ela atrai muito, atrai bastante, efetivamente não serve à cidade, e nem é para servir, é para servir ao conjunto da região. Na saúde é tudo interligado. O que serve à cidade são as UBS. Em geral, o resto atende à região. Isso acontece em todo o Estado. Portanto, é normal que esses problemas aconteçam, como é normal também que a gente enfrente – e eu disse à prefeita que pode contar com a nossa cooperação nesse enfrentamento. Inclusive, eu tenho, pessoalmente, uma experiência com prefeitura, porque fui prefeito da capital e encontramos o sistema de saúde da capital no chão… no chão…

E promovemos uma recuperação significativa, inclusive inovando em algumas coisas. Bem… mas aqui, de toda maneira, é importante dizer: nós inauguramos um hospital regional, um hospital estadual aqui, já na minha gestão. Nós estamos fazendo o Hospital da Criança. Nós encampamos, passou a ser estadual, o Hospital Mater que, inclusive, vai aumentar o seu atendimento em oito mil pessoas, porque são dois setores desativados: ultrassonografia e algum outro que não me recordo agora, que vão atender oito mil pessoas mais. E vamos fazer um Centro de Saúde da Mulher. Está em andamento o Hospital da Criança. Com relação a UTIs, nós vamos inaugurar em maio cerca de 14 novos leitos de UTIs, de terapia intensiva, aqui na cidade de Ribeirão Preto, que naturalmente também servirão à região. Enfim, estamos aí fazendo um grande empenho nessa direção – e tem o Hospital de Serrana, que desafogaria muito aqui. O Hospital de Serrana tem o dinheiro, tem tudo pronto. Só um detalhe: a Santa Casa não passou o bendito prédio. Enquanto ela não passar o prédio, nós não podemos pegar o prédio pra prepará-lo como hospital estadual. O Baleia me dizia há pouco que parece que resolveu. Resolveu esse negócio?

Deputado Baleia Rossi (difícil audição): …Cessão por 30 anos…

Governador: O importante… Ainda está na Procuradoria. Então vai lá na Procuradoria pra terminar. Porque a gente não pode pegar a chave, e ocupar um prédio, sem que o prédio tenha sido cedido. Por isso é que atrasou, em relação à nossa expectativa. Não, a culpa não é do prefeito, não. Não fique preocupado. A Santa Casa não entregou, essa é que é a realidade.

Agora, na área viária, eu quero lembrar também aquilo que os outros mencionaram antes. Esses dois viadutos aqui na Castelo, obras tipicamente urbanas, mas que nós entramos pra fazer, inclusive no dia em que eu vi o engarrafamento que aquilo lá provoca. Esta é uma batalha antiga. Foi uma batalha dos deputados estaduais daqui, foi uma batalha dos vereadores, inclusive da Silvana Rezende – que sempre falou desse assunto – foi uma batalha do então prefeito, Welson Gasparini, e é uma batalha da Darcy (Darcy Veras, prefeita de Ribeirão Preto), que vai ter o prazer, junto comigo, de inaugurar essas obras.

Voz não identificada (provavelmente da prefeita): Está programada para a primeira quinzena…

Governador: Para a primeira quinzena de agosto. Bem… estamos investindo em muitas outras coisas na área da Saúde. E quero dizer uma coisa: nós respeitamos as emendas parlamentares. No meu governo, deputados não nomeiam diretores de empresa ou secretários de Estado. Isso não significa que estejamos diminuindo o papel deles. Mas nós evitamos o loteamento político, porque quando a gente aceita um, porque é um pessoal bom… – fala não, não, tal deputado é bom, porque está indicando alguém bom etc. – mas tem um vizinho. Eu fui parlamentar 16 anos. Para o político, importa o que ele tem e importa o que o vizinho tem. Está certo? Quando o vizinho tem, e ele não tem, é um inferno. Então, nós temos que prestar atenção nessa questão do vizinho. Agora, mas em compensação, a Assembleia participa efetivamente do orçamento. Ou não? Quer dizer: tem emenda? Nós cumprimos a emenda. E há o folclore de que os parlamentares fazem emendas ruins. Não é verdade. O grosso das emendas, a grande maioria, são emendas importantes para a comunidade de cada lugar. Uma ou outra que não é, a gente conversa e o deputado muda a emenda, porque ele tem o direito de fazê-la – e nós cumprimos. Vocês vejam: aqui no caso da região, foram perto de 12 milhões de reais no ano passado. Quarenta e três delas beneficiaram Ribeirão Preto. Isso tem uma importância na margem, assim, no detalhe, bastante grande. E a gente tem cumprido isso à risca. E a Assembleia tem sido nossa parceira. Todos os projetos importantes que nós mandamos para a Assembleia Legislativa foram aprovados. No mais das vezes, com modificações. Modificações positivas, porque ninguém é dono da verdade. Quando fica lá, examinando, sempre aparece um buraco, uma falha, sempre tem um aperfeiçoamento para fazer. Mas nós sancionamos com prazer, porque foram melhoras objetivas. Inclusive, coisas na área da Habitação.

Eu não sei, Dárcy, qual é… ou Sidnei… o número de famílias que vivem em propriedades regulares, em Franca ou em Ribeirão Preto. Mas nós criamos um programa, Cidade Legal, pra legalizar tudo isso. São 800 mil famílias, em São Paulo, que estão em imóveis irregulares. Começamos por uma coisa complicadíssima, que foi baixar o preço dos emolumentos dos cartórios, que chegam a passar 2 mil reais. Então, a pessoa que tem que fazer o primeiro registro, não faz.

Nós abaixamos, nos casos das moradias da CDHU, para menos de R$ 100 – e das outras, menos de R$ 200. Tanto que o governo federal pegou essa idéia para aplicar no Brasil, e vão ter que fazer um projeto de lei no Congresso Nacional. Não é coisa para já. Não vejo… quero dizer isso… estou dizendo isso… não para cobrar porque nós apresentamos e insistimos para que o governo federal adotasse. Em matéria de vida pública, a cópia é uma coisa saudável. Eu acho que a gente sempre tem que trocar experiência e pegar o que o outro está fazendo. Isso não é patenteado… que puder ser benéfico. Mesmo em São Paulo, por exemplo, eu fiz um programa que você devia fazer aqui, Dárcy, que é o Mãe Paulistana, quando eu era prefeito.

O Mãe Paulistana – a maternidade dentro da cidade. Não foi construído nada novo, não. Foi organizado. A mulher grávida, a partir já do primeiro mês, já sabe quem é o médico que vai fazer o parto dela, se for necessário – porque as vezes tem caso de parto que são as enfermeiras que fazem, quando o parto não tem problema nenhum. Nós criamos, quando eu era ministro, uma experiência interessante das casas de parto. Mas é um programa todo organizado, que culmina com a entrega, inclusive, quando a criança nasce, do enxoval para a criança. E depois, o acompanhamento pós-natal.

Eu peguei esse programa de Curitiba, que tinha o Mãe Curitibana. Eu peguei e copiei na hora. Eu avisei: “olha, eu vou copiar”. E copiei. Quem tinha feito era o secretário da Saúde de Curitiba, que era próximo a mim, inclusive, quando eu era ministro da Saúde. Então, pegamos e não pagamos nada pela utilização dos direitos. Eu estou dizendo por que nem sempre a gente é original, não é? Mas, o importante é fazer acontecer. Aliás, tem uma coisa que nós somos originais. Duas, que nós fizemos… começou quando eu era prefeito e depois concluímos como governador… que vocês deviam ir visitar: que é o Museu do Futebol, um espetáculo, lá no Pacaembu. O Palmeiras não é o privilegiado, está inteiramente isento nessa matéria…

Voz não identificada: …O Pelé…

Governador: O museu… Hein?

Voz não identificada: …O Pelé…

Governador: O Museu… O Pelé, mas o Pelé não é… O Pelé é acima do bem e do mal. E ontem inauguramos o Catavento, que é um museu de ciência e tecnologia para a garotada de dois até 17 anos. É um negócio para milhares de crianças completarem a sua educação. E Ribeirão Preto devia se organizar para ir lá visitar. É espetacular. Essas realmente foram idéias originais. O que nós estamos fazendo agora? Os Estados que quiserem, a gente ajuda a organizar, porque tem todos aqueles equipamentos que são produzidos por universidades, aqueles programas interativos, tudo. E nós provamos que o Brasil podia fazer tudo isso.

Porque nós fizemos tudo no Brasil e, principalmente, com as universidades estaduais. Gastamos pouco, inclusive, com relação ao governo. Eu nunca falei isso, antes de terminar, porque senão ele iam querer gastar mais. Mas nós gastamos cerca de R$ 20 milhões numa coisa inacreditável em matéria de importância para o sistema de ensino. Agora, o importante é trocar experiências e usar as coisas boas. Isso é realmente fundamental.

Bem… não vou me alongar mais… queria ficar por aqui dizendo que vocês podem contar conosco. Eu quero contar com Ribeirão Preto, com toda a região, que é a mais rica do Estado. Eu me lembro… Há alguns anos eu fiz um cálculo de renda por habitante. A da região de Ribeirão Preto era semelhante à do Japão, para vocês terem uma idéia. Não deve estar hoje muito diferente, até porque o Japão parou a economia nos anos 90, e não recuperou até agora. Junto com a região de Campinas, e umas partes da Grande São Paulo, são as regiões mais desenvolvidas do Brasil. Então, nós contamos muito com Ribeirão Preto e todos os municípios aqui vizinhos. E quero que vocês saibam que podem contar com o governo do Estado, com a nossa equipe… E podem contar comigo pessoalmente. Por Ribeirão, por São Paulo e pelo Brasil.

Muito obrigado!