Serra entrega viaturas e computadores para a Polícia Civil

Sorocaba, 4 de setembro de 2009

sex, 04/09/2009 - 23h00 | Do Portal do Governo

Governador José Serra: Eu queria dar o meu boa tarde a todos e a todas. Cumprimentar o prefeito (de Sorocaba, Vitor Lippi), o vice-prefeito (de Sorocaba, José Ailton Ribeiro), o presidente da Câmara (Municipal de Sorocaba, José Francisco Martinez); os deputados aqui presentes, estaduais e federais; os nossos secretários (Antonio) Ferreira Pinto (da Segurança Pública), (Luiz Antonio) Marrey (da Justiça e Defesa da Cidadania); o delegado-geral (da Polícia Civil) Domingos Paulo Neto; o capitão de fragata Antônio Túlio Farias Lima – representante o comandante do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo; o coronel Silvério Leme (Filho), Comandante do Policiamento do Interior 7; os prefeitos de… tem um montão de prefeitos… Lindóia, Tietê, Itapetininga, Pinhalzinho, Alumínio, Águas de Lindóia, São Miguel Arcanjo, Cesário Lange, Itararé, Avaré, Porangaba, Mairinque, Boituva, Tatuí, Araçoiaba (da Serra), Ribeirão Branco, Araçariguama, Pilar do Sul, São Manoel, Alambari, Capela do Alto, Botucatu, Iperó e Salto. Queria também dar aqui o meu abraço a todos e a todas.

É uma solenidade, hoje, interessante. Nós vimos uma (Delegacia) Seccional ser completamente refeita, com um custo não elevado. A Prefeitura (de Sorocaba) também colabora nisso, com os 20% daquilo que foi gasto – mas não gastamos mais do que 600 mil reais com instalações muito boas. Também anunciamos hoje a entrega de 400 veículos novos à Polícia. E uma coisa que eu considero muito importante, que inclusive foi ideia minha há algum tempo – que demorou, porque tudo que é governo demora, por causa de licitação, faz estudo, faz isso, faz aquilo – que é de computadores. Nós vamos reequipar completamente a Polícia Civil em matéria de computadores: são 15 mil.
Estamos entregando o primeiro lote de cinco mil. Esses computadores já têm manutenção acertada por 36 meses, e as impressoras são alugadas. Isso garante o quê? Equipamento de última geração e manutenção – porque o problema de computador é quebrar. Eu mesmo, toda vez que estou escrevendo, dá uma encrenca no computador – e não tem ciência nenhuma. Você pergunta para quem entende, e o sujeito fala: “Desliga e liga de novo”, não é? E aí começa a funcionar. Mas às vezes não. Então, nós temos que melhorar as condições administrativas da Polícia, isso é muito importante. Eu não tenho dúvida, o delegado-geral pode dizer isso, que vai ajudar bastante a agilizar o trabalho das delegacias.

Por outro lado, hoje também, ou neste mês, nós aplicamos mais um reajuste (salarial) na Polícia, de 6,5%. Já tínhamos tido outro no final do ano passado e agora, a partir de setembro, já pagando por agosto, foi 6,5% sobre o salário-base, que se acrescenta àquele que foi dado em novembro (de 2008). Nestes dias, admitimos praticamente 1.600 novos soldados da PM (Polícia Militar), o que é muito importante. Nós vamos tirar os policiais civis das escoltas – 87% das escoltas já são feitas pela PM, vamos completar isso. E não vai faltar PM porque vai ter que fazer escolta, porque faltava Polícia Civil porque estava fazendo escolta. Nós estamos ampliando os quadros permanentemente.

E (adquirimos) mais 400 bafômetros. Esse combate ao alcoolismo na direção está funcionando muito bem aqui em São Paulo. Como funcionou, aliás… E não tem a ver com a segurança, só em último caso, a medida de proteção aos não-fumantes, com esta proibição de fumar em lugares públicos. O prefeito me dizia uma coisa interessante: que tem uma boate nos fundos da casa dele, e que o filho dele esteve na boate e disse que pela primeira vez estava cheirando o perfume das mulheres. É interessante isso, não é? E não houve desemprego, não houve nada. O (secretário) Marrey me informava: não mais de 1% dos estabelecimentos cometeram infração, o que é mínimo, o que mostra que a lei pegou – não por causa da fiscalização, que vai continuar – mas a lei pegou porque é uma lei que os paulistas queriam. Nenhuma lei pega se a população não coopera nesse sentido.

Mas, voltando… Nós enfrentamos condições difíceis na área da Segurança. São condições difíceis. O importante é que vá melhorando, que hoje seja melhor do que ontem, amanhã melhor do que hoje. Depois da crise econômica, houve uma certa piora no Estado de São Paulo, pequena, mas evidentemente merece muito destaque. Num médio e longo prazo, São Paulo é o Estado que teve o desempenho mais espetacular em matéria de Segurança, simbolizado na queda do índice de homicídios por 100 mil habitantes. Nós estamos com uma taxa parecida, já no limite superior, dos países desenvolvidos. A piora que houve, no segundo semestre, foi muito pequena – e no terceiro trimestre houve melhora significativa, inclusive aqui na região, em Jundiaí, e em Sorocaba mesmo. No que se refere, por exemplo, em Jundiaí, aos homicídios dolosos e aos roubos. Isto reflete o empenho da nossa Polícia, reflete a qualidade da gestão da nossa Polícia.

E basta dizer que prisões, neste ano, aumentaram 15% com relação ao ano passado, para que se tenha uma ideia da ação tenaz do empenho da nossa Polícia. Porque infelizmente não se conhece outra maneira melhor do que enfrentar a violência, a curto prazo, do que prender os criminosos que estão na rua. Outra coisa são as políticas de médio e longo prazos, mas a curto prazo tem que fazer isso. E a nossa Polícia tem feito isso com muita competência, comandada pelo nosso competente secretário, Dr. Ferreira Pinto.

Outro motivo da nossa vinda aqui é esta cessão, esta doação de um terreno na Nova Esperança. Eu falei na televisão Vila Barão, mas Vila Barão é uma região mais ampla. São 200 mil metros quadrados que nós estamos doando para mil famílias, o que dá uma média de 200 metros (quadrados) por família. Além disso, como o prefeito sublinhou, logo vamos entregar perto de 500 casas da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano), que vão ter aquecimento solar. Nós estamos melhorando, inclusive, a qualidade das moradias da CDHU – até fazendo um pouco maior, às vezes com investimento mínimo e subsidiando para torná-las viáveis para as famílias de menor renda.

Por outro lado, aqui, hoje, eu fiz um anúncio importante, que é em relação à fábrica da (montadora japonesa de veículos) Toyota. Sorocaba é um Município que se industrializou muito, muito. Sorocaba é um Município que progrediu bastante. Talvez é o que mais tenha expandido a sua produção industrial na última década, nos últimos 15 anos, graças a vários fatores, entre os quais a ação competente das Prefeituras. Está aqui o (deputado federal Antonio Carlos) Pannunzio (ex-prefeito de Sorocaba), está aqui o Renato Amary (deputado federal, ex-prefeito de Sorocaba), está aqui o Vitor (Lippi, atual prefeito de Sorocaba), todos prefeitos competentes, voltados para a industrialização da região.

E Sorocaba conquistou a Fábrica da Toyota… Mas sempre tem um problema ambiental no meio, e hoje de manhã o Xico Graziano, o nosso duro, corretamente duro secretário (de Estado) do Meio Ambiente, me disse que a autorização ambiental já foi dada, de maneira que as obras vão começar. E aqui a Toyota vai ser importante, não só pelos seus empregos diretos, que são 2 mil, 2 mil e 500, mas também pelos indiretos, porque outras empresas virão. Enfim, isso acaba tendo um efeito de encadeamento – para trás e para a frente – no sentido do que a indústria compra, a fábrica compra e também do que ela vende. Isso gera muita atividade econômica e vem em um bom ambiente, com bom sistema de transportes, uma boa infraestrutura que a cidade tem. É outra noticia, a meu ver, bastante positiva.

Nós continuamos com as obras de infraestrutura. Esta é a região que tem mais quilômetros, é uma das duas que mais tem quilômetros de estradas vicinais, aquelas estradas pequenas, mas fundamentais para a produção, para o deslocamento das pessoas no Estado. São perto de 1.500 quilômetros que nós estamos refazendo completamente, sem contar as novas (estradas). Estamos investindo na Educação. São três novas escolas, não é, Vitor (Lippi)? Cinco. Nós estamos dando dinheiro para a Prefeitura fazer – é a Prefeitura que está fazendo, que pode fazer melhor.

Eu anunciei também aqui a construção de AMEs, Ambulatórios Médicos de Especialidades, a que o prefeito também fez referência. São cinco aqui na região: Sorocaba, Salto, Itu, Itapetininga e Itapeva. Esses ambulatórios são fundamentais para a Saúde. Por quê? Porque quando as pessoas não têm para onde ir, vão fazer consulta em hospital. Sobrecarrega o hospital em uma função que não é dele. Então, nós criamos, inventamos uma unidade nova em São Paulo, que são esses AMEs, no Estado inteiro. Só na minha gestão, no meu mandato, vamos fazer 40. A programação é para ter 55, mas não vai dar para fazer tudo esses 55 até o ano que vem. Até o ano que vem vamos ter 40. Varia de um para outro, mas se a gente pegar um AME típico, ele vai fazer 15 mil consultas, cinco mil exames, sem contar fisioterapia e várias outras coisas. Com atendimento rápido e com atendimento regional – porque raramente a gente faz uma coisa que seja local, porque não dá para fazer um AME ou um hospital em uma cidade pequena, porque não tem demanda que justifique – mas as cidades pequenas têm que estar junto com as grandes nesse atendimento regional, organizado pelos prefeitos. Portanto, o atendimento à Saúde vai ter um salto. Nós criamos mais 25 leitos, 16 de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), outro tanto de semi-UTI. Estamos investindo na maternidade para ampliação. Enfim, estamos trabalhando para melhorar essa oferta.

Há pouco, na televisão, me perguntaram: “Mas… e o remédio de alta complexidade?”. É muito satisfatório. Nós gastamos 5 milhões de reais por mês aqui nos remédios de alta complexidade. Atende mais de 20 mil pessoas. Agora, muitas vezes os médicos recomendam remédios que não estão na lista do SUS (Sistema Único de Saúde), do Ministério da Saúde. Muitas vezes esses remédios têm seus equivalentes, são iguais, e o médico faz isso. Muitas vezes – não estou dizendo que é o caso de todos – tem malandragem. Nós já desbaratamos quadrilhas nessa área. Tem o advogado que pede, a Justiça que dá, o laboratório que financia o médico que faz a receita e… montam todo o esquema, gasta-se uma fortuna… e o remédio às vezes nem serve à finalidade existente. Nós temos trabalhado, o Ministério Público, o Judiciário, explicando… Não é fácil, porque às vezes vem lá alguém correndo e fala: “O médico disse que esse remédio vai salvar” – 90% das vezes não é assim. Eu não sou médico, não entendo nada de Saúde, mas fui ministro da Saúde, sei como é que as coisas funcionam – e enfrentei pesadamente muitos laboratórios que faziam essas malandragens, que infelizmente não acabaram no Brasil. Portanto, estamos aqui trabalhando.

Tem um Poupatempo que vai ser feito em Sorocaba. Atrasou por causa da Prefeitura e por causa do Governo. Os dois lados atrasaram, mas não atrasaram por gosto, porque tem que achar o local, depois tem que fazer o projeto adequado. Atrasaram em relação ao que nós dissemos, mas não atrasaram em relação às necessidades. Porque quem inventou o Poupatempo aqui fomos nós mesmos, a Prefeitura e o Estado – não tinha Poupatempo. E o Poupatempo vem para ficar, e vai estar no ano que vem, e poupa tempo de verdade.

Portanto, enfim, tem muita coisa mais para falar. Eu vou me deter por aqui, porque quero dar um pulo, nem que seja rápido, muito rápido, porque estamos atrasados, lá na Nova Esperança. Nós vamos para lá agora. Queria agradecer bastante esta presença aqui. Quero dizer o seguinte: nós contamos muito com Sorocaba, contamos muito com esta região para o progresso de São Paulo e do Brasil. E quero dizer a vocês que contem também com o Governo do Estado, com os nossos secretários e comigo, pessoalmente, por Sorocaba, por toda sua região. Contem conosco, vamos trabalhar juntos pelo bem de todos.

Muito obrigado!